Direita se Une para garantir vitória de Bruno Engler em Belo Horizonte

Política
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Atrás nas pesquisas de intenção de voto na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte, o candidato do PL na capital mineira, deputado estadual Bruno Engler, recebeu e vai explorar o apoio das principais lideranças da direita em nível nacional e estadual e de candidaturas adversárias derrotadas no primeiro turno das eleições municipais. O bolsonarista tenta superar o favoritismo do atual prefeito Fuad Noman (PSD), que lidera o segundo turno da corrida eleitoral.

Engler faz parte do grupo mais próximo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro no Estado, ao lado do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). O deputado estadual mineiro construiu carreira política ao se associar a Bolsonaro, estratégia replicada durante a campanha municipal.

Bolsonaro declarou apoio público ao candidato do PL e se empenha pessoalmente na eleição do correligionário. O ex-presidente desembarcou em Belo Horizonte na manhã de sábado, 19, para participar de uma motocarreata, em ato de campanha de Engler pelo segundo turno.

Antes do ato, Bolsonaro se reuniu em um almoço com Engler, Nikolas Ferreira, outros deputados federais e estaduais bolsonaristas e com o vereador eleito na capital paulista Lucas Pavanato (PL), o candidato mais votado em São Paulo.

E veio também de São Paulo o apoio de peso mais recente da direita à candidatura de Engler. O governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou estar ao lado do deputado em vídeo publicado nas redes sociais do candidato nesta terça-feira, 22. O governador disse que vai "compartilhar experiências" com Engler para ajudá-lo no eventual comando do Executivo municipal.

Segundo Tarcísio, Belo Horizonte precisa de renovação e "sangue novo". O governador ainda se colocou como fiador de Engler, garantindo que candidato do PL tem políticas públicas de qualidade para a capital mineira.

O Republicanos, partido de Tarcísio, teve candidato em Belo Horizonte, Mauro Tramonte. Terceiro colocado no primeiro turno, Tramonte optou pela neutralidade na segunda etapa das eleições, mas o diretório do partido divulgou apoio ao ex-adversário. O presidente da sigla em Minas, Euclydes Pettersen, se encontrou com lideranças do PL, nesta terça-feira, para bater o martelo sobre o anúncio oficial.

"O Republicanos Minas confirma, nesta terça-feira (22/8), por meio do seu presidente, deputado federal Euclydes Pettersen, o apoio ao candidato à Prefeitura de Belo Horizonte Bruno Engler (PL) no segundo turno. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também declarou apoio ao liberal na disputa na capital mineira. De acordo com Euclydes, o acordo foi acertado pelo diretório estadual do Republicanos, com participação também do diretório nacional. A legenda entrará na campanha de Engler por meio do empenho de aliados, vereadores eleitos e correligionários", diz o diretório estadual do partido em nota.

Zema declara apoio a Engler

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também declarou apoio ao candidato a prefeito de Belo Horizonte e deputado estadual Bruno Engler (PL). O anúncio foi realizado na quinta-feira, 17, durante uma agenda do chefe do Executivo mineiro em Sete Lagoas (MG).

Segundo o governador, o apoio ao candidato do PL ocorre por Engler ter uma proposta "mais semelhante" à dele. "Apoio político é algo que você sempre tem de fazer com muito critério para ter um alinhamento", disse Zema.

As principais pesquisas eleitorais em Belo Horizonte apontam uma pequena vantagem para Noman ante Engler, que pode chegar até a um empate técnico no segundo turno das eleições 2024 na cidade. Esse é o cenário que apontam os levantamentos do Datafolha, da Quaest e do Paraná Pesquisas feitas na capital mineira e divulgados pouco após o resultado da primeira rodada de votação.

Engler terminou o primeiro turno na frente de Fuad Noman. O candidato do PL recebeu 435.853 votos, o que representa 34,38% dos votos válidos. Já Noman conquistou 336.442 dos votos - 26,54% dos votos válidos da cidade.

O cientista político Adriano Cerqueira, professor do Ibmec e da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), explica que cerca de um terço do eleitorado em Belo Horizonte é mais conservador e apoia candidatos como o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados. Essa parcela da população garantiu a Engler a vaga no segundo turno, enquanto Fuad se tornou uma opção capaz de derrotar o candidato do PL na reta final da campanha.

"Bruno Engler é muito ligado a Bolsonaro e associado ao conservadorismo em Belo Horizonte. Bolsonaro tem um eleitorado tem um eleitorado importante em Belo Horizonte. Pelo menos um terço. Ao mesmo tempo, gera uma rejeição. Em uma eleição polarizada, dá chance para quem chega contra ele no segundo turno. A medida que o eleitorado foi conhecendo melhor os candidatos, eles perceberam que o candidato do Bolsonaro não era o Mauro Tramonte, que estava na frente das pesquisas, e que o atual prefeito estava na disputa. Isso impulsionou os dois candidatos a chegarem ao segundo turno", explicou.

Segundo Cerqueira, no segundo turno, Engler acumula uma taxa maior de rejeição, o que freia o crescimento do candidato do PL. Apesar disso, de acordo com o cientista político, as pesquisas indicam uma margem de vantagem de Fuad pequena, o que deixa a disputa em aberto.

"Outro ponto importante é a abstenção, com votos brancos e nulos, em Belo Horizonte. Algo em torno de 31%. Na última eleição normal, desconsiderando 2020 por conta da covid, a taxa de abstenção no segundo turno, em 2016, foi de 38%. Acredito que a abstenção deve aumentar no segundo turno, o que diminui os eleitores que vão votar no Bruno ou no Fuad. Isso dá uma chance ao candidato do PL", diz.

Com 27 anos de idade, Bruno Engler disputa a prefeitura de Belo Horizonte pela segunda vez. Ele ficou na segunda colocação em 2020, com 10% dos votos, em uma campanha baseada no apoio de Bolsonaro e na defesa da gestão dele na pandemia de covid-19.

Quatro anos depois, o deputado estadual se apresenta novamente como o candidato do ex-presidente, que venceu na capital mineira nas eleições presidenciais de 2018 e de 2022, mas ampliou o discurso buscando apresentar propostas concretas para a cidade.

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O número de mortos em dois dias de confrontos entre as forças de segurança sírias e os apoiadores do presidente deposto Bashar Assad subiu para mais de mil, incluindo 745 civis, 125 membros das forças de segurança do governo e 148 militantes de grupos armados ligados a Assad, disse neste sábado, 8, o Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha. Os confrontos, que começaram na quinta-feira, marcaram uma escalada no desafio do novo governo de Damasco, três meses após insurgentes assumirem o controle do país.

A violência se intensificou na sexta-feira, quando atiradores sunitas leais ao governo iniciaram assassinatos de membros da minoria alauita, que tem sido um dos principais grupos de apoio ao regime de Assad.

Testemunhas relatam que homens alauitas foram mortos a tiros e casas saqueadas e incendiadas. Em algumas áreas, corpos de vítimas foram deixados nas ruas ou em telhados, enquanto residentes eram impedidos de removê-los pelos atiradores.

A violência foi interrompida na manhã deste sábado, mas o número de mortos continua subindo, com fontes locais relatando que até 600 pessoas já foram enterradas, enquanto outras vítimas foram encontradas em valas comuns. A violência gerou grandes deslocamentos, com muitos alauitas buscando refúgio nas montanhas e em outras áreas mais seguras.

A agência de notícias estatal da Síria citou um funcionário não identificado do Ministério da Defesa, dizendo que as forças do governo haviam retomado o controle de grande parte das áreas ocupadas pelos apoiadores de Assad. A agência acrescentou que as autoridades fecharam todas as estradas que levavam à região costeira "para evitar violações e restaurar gradualmente a estabilidade".

O governo sírio afirmou que as forças leais a Assad estavam respondendo a ataques de remanescentes do regime anterior, enquanto as autoridades sírias tentavam restaurar a ordem e recapturar áreas de controle.

Enquanto isso, o Ministério da Defesa sírio afirmou que as forças do governo haviam retomado grande parte dos territórios e estavam tentando restaurar a estabilidade, fechando as estradas que levam à região costeira afetada pelos conflitos. Fonte: Associated Press

O trânsito em volta do Palácio de Westminster, em Londres, ficou parado neste sábado, 8, enquanto os serviços de emergência tentavam chegar a um homem que subiu à torre do Big Ben segurando uma bandeira da Palestina. As fotos mostram o homem descalço, em uma espécie de protesto, de pé num parapeito, após subir vários metros da Torre Elizabeth, que abriga o Big Ben.

As autoridades disseram que as visitas às Casas do Parlamento foram canceladas devido ao ocorrido.

A ponte de Westminster e uma rua próxima foram fechadas durante grande parte do dia de sábado e vários veículos dos serviços de emergência estiveram no local enquanto a multidão assistia. A polícia também bloqueou todos os acessos de pedestres à Praça do Parlamento.

A Polícia Metropolitana disse anteriormente que os agentes receberam informações sobre o homem por volta das 7 horas da manhã do horário local e estavam "trabalhando para levar o incidente a uma conclusão segura", juntamente com os bombeiros e os serviços de ambulância.

Os negociadores subiram várias vezes numa plataforma de escada dos bombeiros para falar com o homem e convencê-lo a descer, mas o manifestante permaneceu no alto da torre no final do dia de sábado.

Um pequeno grupo de apoiadores gritou "Palestina Livre" por detrás de um cordão policial nas proximidades. /Associated Press

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

Israel anunciou que enviará uma delegação ao Catar na segunda-feira, 10, "em um esforço para avançar nas negociações" sobre o cessar-fogo em Gaza. Já o Hamas relatou "sinais positivos" nas conversas com mediadores egípcios e do Catar sobre o início das negociações para a segunda fase do cessar-fogo, que foi adiada.

A declaração do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não forneceu detalhes, mas disse que o país "aceitou o convite dos mediadores apoiados pelos Estados Unidos".

O porta-voz do Hamas, Abdel-Latif al-Qanoua, também não divulgou detalhes.

As negociações sobre a segunda fase deveriam ter começado há um mês.

Não houve comentário imediato da Casa Branca, que na quarta-feira confirmou as negociações diretas dos Estados Unidos com o Hamas.

Na última semana, Israel pressionou o Hamas para liberar metade dos reféns restantes em troca de uma extensão da primeira fase, que terminou no último fim de semana, e uma promessa de negociar um cessar-fogo duradouro.

Acredita-se que o Hamas tenha 24 reféns vivos e os corpos de outros 34.

Com o fim da primeira fase, Israel cortou todos os suprimentos para Gaza e seus mais de 2 milhões de habitantes, enquanto pressionava o Hamas para aceitar o acordo.

O grupo militante afirmou que a medida também afetaria os reféns restantes. Fonte: Associates Press