Nunes relembra episódio de detenção de Boulos em reintegração de posse; entenda o caso

Política
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No último debate antes do segundo turno, promovido pela TV Globo nesta sexta-feira, 25, o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), mencionou a detenção de seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL), pela Polícia Militar em 2017 durante uma reintegração de posse na zona leste. Na ocasião, Boulos foi levado à delegacia e liberado após assinar um Termo Circunstanciado.

Nunes mencionou o episódio de 2017 para acusar Boulos de antipatia pela PM. Na época, Boulos era coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e foi detido, com outro membro do movimento, durante um confronto com a polícia em uma reintegração de posse de um terreno particular em São Mateus, zona leste.

A área, conhecida como Ocupação Colonial, abrigava cerca de 700 famílias. A reintegração, requisitada pelo proprietário em 2015, ocorreu na manhã de 17 de janeiro e envolveu confrontos: manifestantes lançaram pedras e tijolos e montaram barricadas, enquanto a Tropa de Choque respondeu com bombas de efeito moral, spray de pimenta e jato d'água.

Boulos foi detido sob as acusações de desobediência e incitação à violência. Questionado sobre as provas da conduta do líder do MTST, a polícia informou que o delegado José Francisco Rodrigues Filho, do 49º Distrito Policial, justificou a prisão com a teoria do domínio do fato. "Verifica-se que o autor (Boulos), pela sua notoriedade e ativa participação nas ações do movimentos populares (...), possui forte influência nas pessoas que destes participam", escreveu.

Depois de chegar ao 49.º DP, Boulos rebateu as acusações e disse que a prisão foi "eminentemente política". "Não há nenhum motivo razoável. Eu fui lá negociar para evitar que houvesse a reintegração. Foi uma prisão evidentemente política", afirmou à época.

Boulos também ressaltou que pediu ao oficial de Justiça que esperasse o julgamento de uma manifestação do Ministério Público Estadual (MPE), que pediu a revisão da reintegração de posse, uma vez que as famílias, que lá moravam desde 2015, não estariam cadastradas na fila de moradia social da Prefeitura.

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Os candidatos à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump e Kamala Harris, empataram com 49% das intenções de voto cada, em pesquisa nacional do Emerson College, divulgada hoje. O levantamento ainda mostra que 1% dos eleitores prováveis apoiará um candidato independente e outra parcela de 1% está indecisa.

A pesquisa mostra que Trump lidera entre eleitores homens, com vantagem de 13 pontos porcentuais sobre Harris (55% a 42%), enquanto a democrata lidera entre mulheres por 10 ponto (54% a 44%). Os números da vice-presidente indicam uma performance pior do que a obtida pelo presidente Joe Biden em 2020.

Independente de em quem irão votar, o levantamento da Emerson College aponta que 50% dos eleitores veem chance de vitória do republicano contra 49% de chance de vitória de Harris.

A sondagem foi conduzida de 23 a 24 de outubro de 2024, junto a 1.000 eleitores, e tem margem de erro de aproximadamente três pontos porcentuais.

No início deste mês, outra pesquisa do Emerson College mostrava Harris na liderança com 50% das intenções de voto, contra 48% de Trump, mas também sinalizando empate pela margem de erro.

O exército do Irã emitiu uma declaração, neste sábado, sugerindo que um cessar-fogo na Faixa de Gaza e no Líbano é preferível a uma retaliação contra Israel.

No comunicado, as forças armadas iranianas deram mais detalhes sobre o último ataque de Israel, afirmando que os bombardeios israelenses só danificaram "sistemas de radar". "Graças ao desempenho oportuno da defesa aérea do país, os ataques causaram danos limitados e apenas alguns sistemas de radar foram danificados", anunciou o Estado-Maior do exército iraniano em um comunicado citado pela televisão estatal do país.

Israel lançou ataques ao Irã ontem à noite (25), atingindo alvos em Teerã. Os militares israelenses declararam que os ataques foram "precisos" e direcionados a alvos militares.

Após os ataques aéreos, o Ministério das Relações Exteriores do Irã disse que tinha o direito de autodefesa e "se considera com direito e obrigado a se defender contra atos estrangeiros de agressão". O Ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, disse que o Irã não tem "limites" na defesa de seus interesses.

O exército de Israel disse que visou a instalações que o Irã usou para fabricar os mísseis disparados contra Israel, bem como locais de mísseis terra-ar. Não houve indicação imediata de que locais de petróleo ou nucleares foram atingidos, o que teria marcado uma escalada muito mais séria.

O Ministério das Relações Exteriores afirmou que vê com preocupação o ataque de Israel ao Irã, condenando a "escalada do conflito". Ainda em nota, a entidade pediu que todas as partes envolvidas exerçam máxima contenção. "O Brasil reitera sua convicção acerca de necessidade de amplo cessar-fogo em todo o Oriente Médio e volta a conclamar a comunidade internacional para que utilize todos os instrumentos diplomáticos à disposição para conter o aprofundamento do conflito", afirmou Ministério em nota.

Israel lançou ataques ao Irã na manhã deste sábado, horário local, atingindo alvos em Teerã. Os militares israelenses declararam que os ataques foram "precisos" e direcionados a alvos militares.

O Itamaraty informou, ainda, que a embaixada brasileira em Teerã está monitorando a situação dos brasileiros no país, mantendo contato permanente com eles.