Nunes vota ao lado de Tarcísio em segundo turno e se diz 'otimista'

Política
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O candidato à reeleição em São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), votou ao lado do governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e seu candidato a vice, Mello Araújo (PL), neste domingo de eleição, 27, na Escola Estadual Dom Duarte Leopoldo e Silva, em Socorro, zona sul da capital. O prefeito disse que está 'otimista', descartou influência do apagão nas eleições e alfinetou Guilherme Boulos (PSOL) pela sabatina com Pablo Marçal.

"A expectativa é muito boa. A gente acompanhou nesses últimos dias, principalmente ontem, uma energia muito positiva da população. Estou muito otimista. Mas, lógico, vamos esperar o resultado, esperar as urnas consagrarem o novo prefeito e espero que seja o nosso projeto. Estou bastante otimista, não vou negar", afirmou Nunes à imprensa logo após votar.

Tema principal na capital paulista nos últimos dias, o prefeito descartou que o apagão possa influenciar o resultado da votação deste segundo turno. "Acho que não terá influência. Se houver, será para o candidato do governo federal. A Enel é concessão, regulação e fiscalização do governo federal. Bastava um decreto do presidente da República para ocorrer uma intervenção ou caducidade do contrato."

Paulistanos passaram até quatro dias sem energia elétrica após forte chuva que atingiu a Grande São Paulo no dia 11 de outubro. Ao todo, 3,1 milhões de pessoas tiveram algum problema de falta de luz na região metropolitana, maior apagão desde o início da concessão do serviço para a Enel.

Apesar de ter ficado com vantagem nas pesquisas durante todo o segundo turno, o prefeito não acredita que essa etapa do pleito foi mais fácil que o primeiro turno. "Não tem eleição fácil. Todas as eleições são difíceis. A gente sempre teve um posicionamento de muita tranquilidade e humildade."

No último debate eleitoral exibido na noite de sexta-feira, 25, pela TV Globo, o mdbista buscou reforçar a imagem de apoio que vem recebendo do governador republicano e defendeu concessões e parcerias público-privadas em um gesto à direita.

Nunes também esteve com Jair Bolsonaro (PL) e Tarcísio em um evento realizado na terça-feira, 22, em São Paulo. Na ocasião, a aliança entre o prefeito e o ex-presidente foi tratada pelo advogado Fabio Wajngarten como uma preparação para as eleições de 2026.

Nunes critica Boulos por sabatina com Marçal: 'Enterrou sua dignidade'

Ricardo Nunes também criticou a sabatina do seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL), com Pablo Marçal, ocorrida na sexta-feira, 25. Ele relembrou a fala do candidato do PSOL sobre sua filha ter chorado após o candidato do PRTB ter insinuado que ele usaria drogas.

"Fico imaginando como que ele vai olhar para a filha dele, que ele disse que havia chorado porque Marçal chamou ele de usuário de cocaína e fez laudo falso contra ele. Acho que fica essa mensagem: a gente precisa, em qualquer situação, na vitória ou na derrota, ficar em pé, e não de joelhos", disse o prefeito.

Além disso, Nunes ironizou um trecho da sabatina, onde Marçal afirmou que não votaria em Boulos. "A declaração que ficou marcada foi que Pablo Marçal não votaria nele (Boulos) de jeito nenhum. Não sei qual foi o intuito. Acho que foi o botão de desespero que bateu. Então, ele estava a fim de fazer qualquer tipo de coisa, inclusive, enterrar sua dignidade", alfinetou.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou cortar o financiamento federal a "qualquer faculdade, escola ou universidade que permita protestos ilegais". Em sua conta na Truth Social, Trump afirmou que "agitadores serão presos ou enviados permanentemente de volta ao país de onde vieram. Estudantes americanos serão expulsos permanentemente ou, dependendo do crime, presos."

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs nesta terça-feira, 4, um plano de 800 bilhões de euros, nomeado "REARM Europe", para fortalecer as defesas das nações da União Europeia (UE), visando diminuir o impacto de um possível "desengajamento" dos Estados Unidos e fornecer à Ucrânia força militar para negociar com a Rússia, após a pausa da ajuda americana aos ucranianos.

O pacote ainda será apresentado aos 27 líderes da união. Na quinta-feira, 6, os representantes europeus realizarão uma reunião de emergência em Bruxelas para tratar sobre o assunto. "Não preciso descrever a grave natureza das ameaças que enfrentamos", disse von der Leyen. Fonte: Associated Press.

O Ministério das Relações Exteriores, em nota divulgada nesta segunda-feira (3), lamentou a suspensão da entrada da ajuda humanitária na Faixa de Gaza por Israel. "O governo brasileiro deplora a decisão israelense de suspender a entrada de ajuda humanitária em Gaza, que exacerba a precária situação humanitária e fragiliza o cessar-fogo em vigor", diz o texto do Itamaraty.

Israel interrompeu a entrada de todos os bens e suprimentos na Faixa de Gaza no domingo (2) e advertiu sobre "consequências adicionais" caso o Hamas não aceite uma nova proposta para estender o cessar-fogo.

O Itamaraty diz que o Brasil pede a "imediata reversão da medida", recordando que "Israel tem obrigação - conforme reconhecido pela Corte Internacional de Justiça em suas medidas provisórias de 2024 - de garantir a prestação de serviços básicos essenciais e assistência humanitária à população de Gaza, sem impedimentos". A nota afirma ainda que a obstrução deliberada e o uso político da ajuda humanitária constituem grave violação do direito internacional humanitário.

O governo brasileiro defende que as partes promovam o estrito cumprimento dos termos do acordo de cessar-fogo e o engajamento nas negociações "a fim de garantir cessação permanente das hostilidades, retirada das forças israelenses de Gaza, libertação de todos os reféns e estabelecimento de mecanismos robustos para ingresso de assistência humanitária desimpedida, previsível e na necessária escala."