Cármen Lúcia diz que eleição "segue em tranquilidade"

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, fez um breve pronunciamento no início da tarde deste domingo, 27, na sede do TSE. A ministra disse que fez uma reunião com presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais e que recebeu a informação de que o segundo turno das eleições "segue em tranquilidade".

"Conversando com os presidentes dos TREs, a eleição segue com tranquilidade. Não houve intercorrências fora do previsto", afirmou a ministra.

Cármen Lúcia disse que "temíamos pelas dificuldades climáticas, mas [a eleição] continua sem nenhum tipo de problema [nesse sentido]".

A presidente do TSE chamou os eleitores para comparecerem ao segundo turno e disse que o voto se trata de uma "responsabilidade cívica".

"Estamos pedindo para o eleitor comparecer. Geralmente, no segundo turno o eleitor acha que o candidato que ele escolheu no primeiro turno não está nas urnas [e por isso não vai votar]. Isso não altera nada. democracia é saber que o candidato da sua preferência foi eleito e eventualmente não é o seu candidato eleito. Isso não afasta a responsabilidade cívica com cada um de nós e com os outros", declarou.

Questionada sobre a abstenção dos eleitores neste segundo turno, a ministra disse que os números de ausentes não é igual em todas as regiões. Afirmou que pretende apresentar dados regionalizados e apresentando a diferenciação de perfil dos eleitores que não votaram.

"Depois que terminar as eleições, vamos pesquisar os locais, quais eleitores deixaram de votar, se são homens, mulheres, os Estados e os municípios [em que estão registrados]. Em geral, fazemos a apresentação do número pela média nacional, mas a causa é local. Para que eu apresente isso ao Brasil, de forma esmiuçada, até para depois convidar o eleitor que se absteve, é preciso termos os dados específicos", declarou.

Cármen Lúcia disse que fará um novo pronunciamento ao final da votação, depois das 17h.

Em outra categoria

O governo da Venezuela anunciou na sexta-feira, 22, outra investigação contra a líder da oposição María Corina Machado, procurando responsabilizá-la pelas sanções econômicas que os Estados Unidos e outras nações impuseram ao país sul-americano.

Machado será investigada por manifestar apoio a um projeto de lei aprovado esta semana pela Câmara dos Deputados dos EUA que impediria o governo norte-americano de contratar qualquer empresa que faça negócios com o governo venezuelano. Em uma publicação no X, antigo Twitter, a líder da oposição afirmou que o projeto é um "passo crucial para a responsabilização do regime de Maduro".

Um comunicado do Ministério Público da Venezuela anunciando a última investigação diz que os comentários de Machado "constituem a prática de crimes de traição", conspiração com países estrangeiros e outros. O comunicado diz que a lei da Câmara dos Representantes dos EUA é uma tentativa de ampliar o catálogo de sanções contra a Venezuela.

O anúncio foi feito quatro dias depois de o governo dos Estados Unidos reconhecer o candidato da oposição Edmundo González como o "presidente eleito" da Venezuela. O Presidente Nicolás Maduro afirmou ter vencido as eleições de julho, mas ele e o seu governo recusaram-se a mostrar registros de votação que apoiassem a sua suposta vitória.

González deixou a Venezuela em setembro para se exilar na Espanha depois que um mandado de prisão foi emitido contra ele em conexão com uma investigação sobre a publicação dos relatórios de contagem de votos.

O próximo mandato presidencial da Venezuela começa em 10 de janeiro. Fonte: Associated Press

A escolhida do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para chefiar a inteligência nacional do país, Tulsi Gabbard, foi colocada em uma lista do governo norte-americano de vigilância em voos, devido a seus padrões de viagens ao exterior chamarem a atenção do sistema de segurança. A revelação foi feita pela CNN nesta sexta-feira, 22, citando três fontes, que falaram sob condição de anonimato.

Segundo a apuração, Tulsi esteve brevemente em uma lista da Administração de Segurança de Transporte (TSA, na sigla em inglês), chamada "Quiet Skies," que pede uma triagem de segurança extra antes das viagens aéreas. Ela foi removida depois que ganhou repercussão a inclusão de seu nome na "lista de vigilância terrorista" - algo falso, já que o programa "Quiet Skies" não tem relação com a lista de terroristas dos órgãos de segurança americana.

De acordo com o governo dos EUA, por meio da análise dos padrões de viagem, o programa identifica indivíduos que possam representar um risco de segurança elevado. Os passageiros dessa lista não necessariamente são impedidos de embarcar, mas

passam por etapas adicionais de segurança.

Tulsi associou o fato a uma suposta retaliação, afirmando, sem provas, que foi colocada na lista porque criticou a então candidata presidencial Kamala Harris em uma entrevista à Fox News. "O regime Harris-Biden agora me rotulou como uma ameaça terrorista doméstica", disse Tulsi em uma postagem no X em setembro.

Não está claro o porquê de ela ter sido acrescentada à lista. Segundo a CNN, como membro do Congresso em 2017, ela trabalhou fora dos canais oficiais para viajar à Síria para se encontrar com o presidente Bashar al-Assad, em plena guerra civil no país árabe.

Trump nomeou Tulsi como diretora de Inteligência Nacional no último dia 13. Antiga democrata, a ex-congressista havaiana mudou de lado para apoiar Trump no início deste ano, e o ajudou no debate contra Kamala.

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte se encontraram para conversas sobre segurança global, disse a aliança militar neste sábado, 23. "Eles discutiram uma gama de questões de segurança global enfrentadas pela Aliança", destaca o comunicado distribuído pela Otan, sem dar maiores detalhes. O encontro ocorreu na sexta-feira, 22, em Palm Beach, Flórida.

Este parece ser o primeiro encontro de Rutte com Trump desde sua eleição em 5 de novembro. Rutte havia parabenizado Trump anteriormente, afirmando que "sua liderança será novamente essencial para manter a organização forte" e que estava ansioso para trabalhar com o republicano.

Trump expressou ceticismo sobre a aliança ocidental por anos e reclamou dos gastos com defesa de seus países-membros, que ele considerava muito baixos.

O presidente eleito norte-americano descreveu os aliados da Otan como sanguessugas das forças armadas dos EUA e questionou abertamente o valor da aliança que definiu a política externa americana por décadas, ameaçando não defender os membros que não cumprissem as metas de gastos com defesa.

Rutte e sua equipe também se encontraram com a escolha de Trump como conselheiro de segurança nacional, o deputado americano Michael Waltz, e outros membros da equipe de segurança nacional do presidente eleito, disse a declaração da Otan. Fonte: Associated Press