Vereador em SC chama colega de 'baba ovo', que corre atrás para agredi-lo

Política
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A sessão desta segunda-feira, 28, da Câmara Municipal de Coronel Martins, no oeste de Santa Catarina, a cerca de 580 quilômetros de Florianópolis, foi encerrada após um vereador correr atrás de um colega no plenário. Na reunião, Arlenio Cecatto (PT), mais conhecido como "Chico", foi para cima de Luiz Carlos Savi (PSD), o Luizinho, após ser chamado de "baba ovo" e "louco".

Antes da confusão, Savi debochou da derrota de Cecatto, que perdeu a eleição para a prefeitura de Coronel Martins para Moacir Bressolin (PSD). Segundo o vereador do PSD, correligionário do prefeito eleito, o petista não conseguiu vencer o pleito por ter um temperamento agressivo.

"Ofendeu muita gente, mas o nosso povo não merece escutar baixaria como ele disse na eleição. Agora, ele vai ter quatro anos para esfriar a cabeça. A gente ia fazer campanha e o pessoal falava 'eu não voto em um louco'. As nossas unidades de saúde tem psicóloga e psiquiatra. Então, é só ir lá. Para louco tem tratamento", disse Savi. Após a declaração, Cecatto protestou e o vereador do PSD respondeu no microfone: "Cala a boca, baba ovo", o que desencadeou a confusão.

Na eleição para prefeito de Coronel Martins, Cecatto obteve 679 votos (36,4% dos votos válidos) enquanto Moacir recebeu 1.185 votos (63,6% dos votos válidos).

O vídeo da sessão mostra a presidente da Casa, Rosa Camargo (PT), pedindo calma, enquanto o colega de partido pulava pela mesa tentando alcançar o outro vereador. "Para Chico, pelo amor de Deus. Gente, pelo amor de Deus, aqui não é o momento. Não é assim. Somos adultos, então vamos manter a ordem na Casa", disse a petista. Com a continuidade da confusão, a sessão foi suspensa.

Em nota, a Câmara Municipal afirmou que "estão sendo tomadas as medidas cabíveis em consonância com o Regimento Interno", sem detalhar quais são essas providências.

Segundo o Regimento Interno da Casa, cabe à presidência estabelecer a punição a vereadores que cometerem excessos dentro do Legislativo. Essas sanções vão desde advertência pessoal até formalização de uma denúncia que pode cassar o mandato do parlamentar por falta de decoro. Para um vereador de Coronel Martins perder o mandato, é necessário que seis dos nove parlamentares votem pela cassação.

Arlenio Cecatto afirmou ter sido alvo de "ofensas graves e injustas" de Luiz Carlos Savi e admitiu ter agido sob "forte emoção". "Diante dessas palavras que ferem minha honra e ultrapassam qualquer limite do decoro parlamentar, admito que, tomado por forte emoção, reagi de forma imediata", disse por nota. "Sou humano, e não pude aceitar calado a tentativa de desqualificar minha integridade e a confiança que recebi dos eleitores", acrescentou. O Estadão procurou Luiz Carlos Savi, mas não obteve retorno.

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Incêndios devastadores estão assolando a área de Los Angeles, alimentados pelos fortes ventos e fazendo com que os moradores fujam das casas em chamas. Milhares de bombeiros estão lutando contra pelo menos três incêndios separados nesta quarta-feira, 8, desde a costa do Pacífico até Pasadena.

Com um número estimado de 1.000 estruturas destruídas e as chamas ainda se espalhando, o incêndio é o mais destrutivo da história de Los Angeles, de acordo com as estatísticas mantidas pela Wildfire Alliance, uma parceria entre o corpo de bombeiros da cidade e a MySafe:LA.

Através da rede social Truth, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse que o governador Gavin Newscum se recusou a assinar a declaração de restauração da água apresentada a ele, que teria permitido que milhões de galões de água, provenientes do excesso de chuva e do derretimento da neve do Norte, fluíssem diariamente para muitas partes da Califórnia.

"Agora o preço final está sendo pago. Exigirei que esse governador incompetente permita que a água doce, limpa e bonita flua para a Califórnia!", escreveu Trump.

*Com informações da Associated Press

A Dinamarca está "aberta ao diálogo" com os Estados Unidos para salvaguardar seus interesses no Ártico, afirmou nesta quarta-feira, 8, o chanceler do país nórdico, após Donald Trump ter dito que não descartava o uso da força para tomar o território autônomo dinamarquês.

O reino da Dinamarca, que inclui a Dinamarca continental, a Groenlândia e as Ilhas Faroé, está "aberto a um diálogo com os americanos sobre como podemos cooperar, talvez até mais de perto do que já fazemos", afirmou Lars Løkke Rasmussen.

O ministro das Relações Exteriores dinamarquês afirmou, durante uma coletiva de imprensa, que o derretimento do gelo e a abertura de novas rotas marítimas no Ártico estão provocando uma "rivalidade crescente entre as grandes potências" na região, com a presença tanto da China quanto da Rússia. É "legítimo que os Estados Unidos e a Otan, e portanto também o Reino da Dinamarca, estejam cientes disso", acrescentou.

Trump disse antes do Natal que o controle da Groenlândia era "uma necessidade absoluta" para "a segurança nacional e a liberdade em todo o mundo". Em uma coletiva em Mar-a-Lago, ele não descartou o uso da força para anexá-la, o que provocou preocupação e surpresa em Copenhague, assim como em outras capitais europeias.

No entanto, Løkke Rasmussen pediu calma. "Não é necessário dizer em voz alta tudo o que você pensa", disse o ministro. "Eu tento trabalhar com base nas realidades e acredito que todos deveríamos nos fazer um favor, diminuindo um pouco nosso ritmo cardíaco", acrescentou.

Também abordando os comentários de Trump em uma entrevista à emissora dinamarquesa TV2, a primeira-ministra Mette Frederiksen disse que não acreditava que os Estados Unidos usariam poder militar ou econômico para garantir o controle sobre a Groenlândia.

Frederiksen repetiu que acolheu com satisfação os EUA demonstrando maior interesse na região do Ártico, mas que isso teria que ser feito de uma forma que fosse "respeitosa" com a população da Groenlândia.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, sugeriu em tom sarcástico que a América do Norte, incluindo os Estados Unidos, poderia ser chamada de "América Mexicana", em resposta a fala do presidente eleito americano, Donald Trump, que demonstrou desejo de renomear o Golfo do México como "Golfo da América".

"Por que não chamamos a América do Norte de América Mexicana? Isso soa bonito, não é verdade?", defendeu Sheinbaum em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, enquanto mostrava um mapa com um desenho de 1607 da América do Norte e dizia que o Golfo do México é reconhecido internacionalmente desde então.

A presidente disse acreditar que o republicano é "mal informado" por também dizer que o país é governado por grupos criminosos e não pelo povo.