Caso Marielle: Anielle Franco conta resposta 'inusitada' que recebeu de PM no local do crime

Política
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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) assassinada há mais de seis anos em um atentado político que marcou o País, falou em entrevista ao podcast O Assunto, do G1, sobre o momento em que chegou ao local do crime.

Nesta quarta-feira, 30 de outubro, teve início o júri popular dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados de assassinar a vereadora e o motorista Anderson Gomes em 2018. Os dois, que já admitiram participação no crime e estão presos desde 2019, participam de forma remota do julgamento do 4º Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

Anielle disse na entrevista que, ao chegar ao bairro Estácio, zona central do Rio, naquela noite de 18 de março, viu a irmã "para o lado de fora do carro, com o rosto e a cabeça bem desconfigurados". A ministra afirmou que recebeu uma resposta "inusitada" de um policial militar ao questionar sobre se a irmã havia sido vítima de um assalto.

"Recebi uma resposta muito inusitada que, naquele momento, foi um choque de realidade: 'Não, não está com cara de ter sido um assalto. Também, ela estava falando mal de um monte de gente no Twitter', inclusive da PM", disse Anielle.

Concluída em março deste ano, a investigação da Polícia Federal (PF) sobre o crime apontou que os mandantes foram o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). O relatório da apuração aponta ainda o envolvimento de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, tanto no planejamento como atuando para proteger os irmãos.

Ao longo do julgamento que começa nesta quarta, serão ouvidas nove testemunhas - sete indicadas pelo Ministério Público estadual e duas pela defesa de Lessa.

A investigação apontou que a atuação da vereadora contrariava interesses do crime organizado na grilagem de terras na zona oeste do Rio, o que teria motivado o mando do crime. Enquanto o grupo sobre o qual os irmãos Brazão tinha influência atuava para regularizar as terras para fins comerciais, a vereadora e seu grupo política queriam usar os terrenos para fins sociais, de moradia popular.

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, respondeu neste domingo, 19, às acusações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que havia chamado o colombiano de "líder de drogas ilegais" e anunciado o fim dos subsídios norte-americanos ao país. Em publicação no X, Petro disse que "jamais a Colômbia foi grosseira com os EUA", mas que Trump é "grosseiro e ignorante" com os colombianos.

Petro afirmou ainda que, diferentemente de Trump, ele "não faz negócios", pois é socialista e acredita "na ajuda, no bem comum e nos bens comuns da humanidade - o maior de todos: a vida, colocada em perigo por seu petróleo".

O presidente colombiano negou qualquer vínculo com o narcotráfico e disse não compreender "a ganância" que, segundo ele, define o capitalismo.

"Um mafioso é um ser humano que condensa o melhor do capitalismo: a ganância. Eu sou o contrário, um amante da vida", escreveu. "Leia Cem Anos de Solidão, como fez seu encarregado de negócios em Bogotá, e talvez aprenda algo sobre a solidão", publicou o líder colombiano, em referência à obra de Gabriel García Márquez.

A reação de Petro ocorre após Trump anunciar, pela Truth Social, que os EUA cortarão subsídios à Colômbia e ameaçar "fechar os campos de morte" ligados à produção de drogas no país caso o governo colombiano não o faça.

As seções eleitorais começaram a ser fechadas no período da tarde deste domingo, 19, na Bolívia, dando início à contagem de votos para a eleição do novo presidente, em uma jornada eleitoral tranquila e marcada por ampla participação da população. No inédito segundo turno, disputam o cargo o senador centrista Rodrigo Paz e o ex-presidente conservador Jorge "Tuto" Quiroga, os dois candidatos mais votados no primeiro turno, realizado em 17 de agosto.

O Tribunal Supremo Eleitoral informou que os primeiros resultados preliminares devem estar disponíveis a partir das 21 horas (de Brasília).

A eleição ocorre em meio a uma crise caracterizada pela escassez de combustíveis, pela alta nos preços dos alimentos e pelo desemprego.

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*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) anunciaram neste domingo, 19, que vão retomar a aplicação do cessar-fogo na Faixa de Gaza, conforme os termos do acordo assinado por israelenses e pelo Hamas, seguindo a "orientação do escalão político" do país.

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