STF manda Fátima de Tubarão cumprir pena por envolvimento nos atos golpistas

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na última quarta-feira, 30, que a bolsonarista Maria de Fátima Mendonça Jacinto de Souza, conhecida como Fátima de Tubarão, presa por envolvimento na tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023, comece a cumprir pena, inicialmente em regime fechado.

Fátima foi condenada em agosto deste ano a 17 anos de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.

Por ter sido julgada no STF, a ação penal contra a idosa de 69 anos não tem mais possibilidade de recurso. Moraes determinou que a bolsonarista passe por exames médicos antes do início da execução da pena e que o período que esteve presa preventivamente seja descontado da pena final.

A idosa, de Tubarão, no sul catarinense, foi detida em 27 de janeiro de 2023, durante a terceira fase da Operação Lesa Pátria, que investiga responsáveis por financiar, fomentar e promover os ataques golpistas em Brasília, e está presa preventivamente desde então em Criciúma (SC).

Ela apareceu em um vídeo dizendo que está "quebrando tudo", que "pegaria o Xandão" e que defecou em um dos banheiros do prédio da Suprema Corte. Em juízo, a idosa confirmou o ato, alegando não saber de quem era a sala, apenas que os banheiros do andar de baixo estavam ocupados.

No vídeo, ela também grita "vamos para a guerra! É guerra!", mas justificou no interrogatório que apenas repetiu o que a multidão gritava em meio à confusão, motivada, segundo ela, pelo medo da situação, e negou qualquer intenção de incitar ações violentas com a frase.

Em outra categoria

Um navio comercial da China nomeado Yi Peng 3 e que carregava fertilizantes da Rússia está sendo investigado por sabotagem após arrastar sua âncora pelo leito marinho do Mar Báltico por mais de 160 quilômetros. A ação fez com que dois cabos submarinos de dados fossem cortados em águas suecas na semana passada. A situação ameaça testar os limites do direito marítimo e aumentar as tensões entre Pequim e capitais da Europa.

A investigação se concentra em saber se o capitão do navio que partiu de um porto na Rússia foi induzido pela inteligência do próprio país a realizar toda a situação. Se confirmado, esse seria o mais recente ataque russo, de uma série, à infraestrutura da Europa.

Um alto investigador europeu envolvido no caso disse que é "extremamente improvável" que o capitão não tenha notado que o navio tenha se soltado e arrastado a âncora. O proprietário chinês do navio, Ningbo Yipeng Shipping, está cooperando com a investigação e permitiu que o navio fosse parado em águas internacionais. No entanto, a empresa se recusou a comentar sobre o caso. .

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta, 27, que nomeará o general Keith Kellogg para servir como assistente do presidente e enviado especial para a Ucrânia e a Rússia.

Em publicação na rede social Truth Social, o republicano escreveu que o nomeado liderou uma distinta carreira militar e empresarial, inclusive servindo em funções altamente sensíveis de Segurança Nacional em sua primeira administração. Trump disse que juntos, eles garantirão a "paz através da força", e tornarão o "mundo e a América seguros novamente".

Kellogg foi chefe de gabinete do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca durante o mandato de Trump de 2017-2021 e conselheiro de segurança nacional do então vice-presidente Mike Pence.

Os gastos com defesa da União Europeia (UE) precisam aumentar para "preparar o bloco para o que vem adiante", afirmou nesta quarta, 27, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen. "Não temos tempo a perder. Devemos ser tão ambiciosos como as ameaças são sérias", disse a autoridade, em referência a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Von der Leyen destacou que a Rússia está gastando até 9% do seu Produto Interno Bruto (PIB) com defesa, enquanto a Europa gasta em média 1,9% do PIB. "Há algo errado nessa equação, precisamos aumentar nossos investimentos", afirmou, acrescentando que outras medidas também são necessárias.

Entre elas, von der Leyen citou o fortalecimento da base industrial de defesa, a criação de um "mercado único" de defesa e o aprimoramento da mobilidade militar do bloco.

A autoridade europeia ressaltou que alcançar esses objetivos deve exigir "quantidades massivas de investimentos em segurança e prosperidade", principalmente do setor privado. "Nossa liberdade e soberania dependem mais do que nunca de nossa força econômica. Nossa segurança depende de nossa capacidade de competir, inovar e produzir", afirmou von der Leyen.

As declarações fizeram parte de um discurso realizado nesta manhã, após o segundo mandato de von der Leyen e sua nova equipe da Comissão receberem aprovação do Parlamento Europeu, com 370 votos a favor, 282 contra e 36 abstenções.