Quem são os políticos financiados pelo BRB em camarote milionário no GP de F1 em SP?

Política
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O Banco de Brasília (BRB), que pertence ao governo do Distrito Federal, comprou 110 ingressos Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, realizado em São Paulo (SP) no dia 3 deste mês. O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), e outros políticos de Brasília participaram do evento.

A instituição gastou pelo menos R$ 3,2 milhões para comprar ingressos de camarotes, que foram distribuídos para, além de políticos, empresários e clientes do BRB.

Ao Estadão, o BRB disse que a ação teve por objetivo "fortalecer a marca, fomentar negócios e ampliar relacionamentos com clientes". Procurados pela reportagem, os políticos citados ainda não se manifestaram.

Veja quem são os políticos bancados por banco público:

Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal

Advogado, Ibaneis Rocha é ex-presidente regional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e se tornou uma das maiores surpresas da política nacional em 2018, quando saltou de 2% das intenções de votos, no início da campanha para liderar a preferência do eleitorado com folga no segundo turno.

Ele desbancou, no primeiro turno, adversários conhecidos do eleitorado do DF. Entre eles, Eliana Pedrosa (PROS), eleita três vezes deputada distrital (2002, 2006 e 2010) e que liderava as pesquisas no início da campanha, e também o deputado federal e líder na Câmara da chamada bancada da bala, Alberto Fraga (DEM). Em 2022, Ibaneis foi reeleito com 50,3% dos votos válidos contra Leandro Grass, que atingiu 26,25%.

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) esteve no autódromo de Interlagos e tirou fotos com Ibaneis Rocha, mas não foi ao evento com ingressos do BRB. Ciro Nogueira foi convidado pela montadora Honda - ele é proprietário de uma rede de concessionárias da montadora. O senador postou foto com Ibaneis em suas redes sociais e chamou o governador do DF de "grande amigo (...) e futuro senador".

Embora tenha nascido em Brasília, Ibaneis é de família piauiense, do Estado de Nogueira. Em 2026, Ibaneis termina seu segundo mandato como governador do DF. Concorrer ao Senado é uma das possibilidades para o político emedebista. Ele estava na área VIP do BRB acompanhado da primeira-dama, Mayara Rocha.

Robério Negreiros (PSD), deputado distrital

Natural de Brasília, Robério Bandeira de Negreiros Filho é casado com Flávia Negreiros e pai de três filhas. É bacharel em Direito, com MBA em Gestão Pública. Atualmente, é filiado ao PSD, está em seu quarto mandato como deputado distrital e é o líder do governo do DF na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Antes de se tornar parlamentar, atuou como diretor produtivo em empresas privadas, ocupou os cargos de assessor parlamentar e de assessor especial na Companhia Ambiental de Saneamento do Distrito Federal, foi secretário-geral do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do DF e 1º vice-presidente da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores.

Na Câmara Legislativa, foi presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Turismo; presidente Comissão de Segurança (2012-2014) e vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça (2011-2012). Atuou por três mandatos consecutivos como 2º Secretário da Mesa Diretora (2017-2018, 2019-2020, 2021-2022).

Eduardo Pedrosa (União Brasil), deputado distrital

Eduardo Pedrosa é deputado distrital pelo União Brasil. Foi eleito em 2018 para seu primeiro mandato como parlamentar. De acordo com biografia divulgada por Pedrosa, atuou como empresário desde os 17 anos e é formado em Administração.

Pedrosa é sobrinho de Eliana Pedrosa, ex-deputada distrital e ex-candidata ao governo do Distrito Federal. Foi candidato à Câmara Legislativa do Distrito Federal em 2014 pelo Partido Popular Socialista (PPS), atual Cidadania, mas não foi eleito.

Em 2018, foi candidato pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC), sendo eleito com 12.806 votos. Em 2021, se transferiu para o Democratas (DEM) que, posteriormente, se transformou no União Brasil. É um dos aliados do governador Ibaneis Rocha.

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Um homem abriu fogo nesta segunda-feira, 28, na Park Avenue, uma das avenidas mais movimentadas de Nova York e feriu ao menos duas pessoas, um deles um policial, antes de ser abatido pela polícia. Não há informações ainda sobre as causas do ataque.

O ataque ocorreu em um prédio no centro da cidade que abriga diversas empresas de grande porte e também é sede da NFL, a liga de futebol americano.

Segundo o Corpo de Bombeiros, equipes de emergência foram acionadas por volta das 19h30 (no horário de Brasília). A polícia não forneceu informações adicionais.

O prefeito Eric Adams publicou nas redes sociais que havia uma ocorrência ativa no centro da cidade e pediu que as pessoas permanecessem em casa e tomassem precauções de segurança, se estivessem perto do local de ataque.

O sistema de alerta de gerenciamento de emergências da cidade alertou sobre atrasos no trânsito, fechamento de vias e interrupções no transporte público na área.

O vice-diretor do FBI, Dan Bongino, afirmou em uma publicação nas redes sociais que agentes e outros funcionários do departamento estavam investigando o caso.

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão/Broadcast. Saiba mais em nossa Política de IA.

O senador americano Lindsey Graham, do Partido Republicano, disse que espera que países como China, Índia e Brasil estejam prestes a pagar um preço há muito merecido por sustentarem, segundo a visão do parlamentar, a "máquina de guerra de (Vladimir) Putin", referindo-se ao presidente russo.

"Entendo perfeitamente a frustração do Presidente (Donald Trump) com os ataques contínuos da Rússia à Ucrânia, o que indica que não há nenhum desejo real de chegar à mesa de negociações de paz", afirmou Graham em registro no X nesta segunda-feira, 28.

"O Congresso está pronto, de forma predominantemente bipartidária, para ajudar o presidente Trump em seus esforços para levar as partes à mesa de negociações de paz", afirmou.

Trump tem criticado o grupo dos Brics, reafirmando que o bloco tenta "acabar com a dominância do dólar". Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou à TV Record, na quinta-feira, 10, que a taxação imposta pelos Estados Unidos ao Brasil se deve à realização da última reunião dos Brics, no Rio de Janeiro, em 6 de julho.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta segunda-feira, dia 28, que os países devem aplicar com determinação a lei internacional diante de "alegações críveis" de genocídio na Faixa de Gaza.

"O calvário que os palestinos enfrentam constitui um teste ao nosso compromisso coletivo com o direito internacional, o direito humanitário e os direitos humanos. Quando confrontados com alegações críveis de genocídio, invocar o direito internacional não é suficiente. Devemos aplicá-lo com determinação", disse o chanceler do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde o início da guerra, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem sendo criticado pela comunidade judaica por sua posição no conflito e sobre Israel. Lula passou a ser considerado uma presença indesejável no país porque chegou a comparar as ações israelenses em Gaza, detonadas pelos atentados de 7 de outubro perpetrados pelo grupo terrorista Hamas, ao nazismo, o que é considerado ofensivo pelos judeus. As rusgas levaram à retirada do embaixador brasileiro em Israel. Não há previsão de substituição.

O ministro falou na mesa redonda "O Caso para a Paz: Avançando a Solução de Dois Estados por meio de Narrativas, Medidas e Direito", na sede das Nações Unidas, em Nova York.

Dias atrás, o chanceler anunciou durante entrevista à TV catari Al-Jazeera que o Brasil decidiu ingressar formalmente no processo aberto contra Israel por genocídio, proposto inicialmente pela África do Sul. O caso corre na Corte Internacional de Justiça (CIJ), vinculada à ONU, em Haia. O País ainda não formalizou a decisão de intervir no processo.

No discurso desta segunda, Vieira lembrou que o tribunal "estabeleceu diretrizes claras" aos países, que incluem "não reconhecer a situação ilegal criada pela presença de Israel no território palestino ocupado, incluindo Jerusalém Oriental; diferenciar em todas as relações com Israel entre seu território e o território palestino ocupado; abster-se de qualquer ação que possa auxiliar ou contribuir para a manutenção da ocupação e garantir o respeito ao direito do povo palestino à autodeterminação e à Quarta Convenção de Genebra".

O encontro de alto nível foi presidido pela Arábia Saudita. O Brasil copresidiu com o Senegal uma mesa de debates sobre Promoção do Respeito Ao Direito Internacional.

O chanceler do governo Lula relatou parte das discussões e enumerou uma série de medidas que os países-membros das Nações Unidas poderiam adotar imediatamente contra o governo de Israel.

Segundo ele, a discussão copresidida pelo Brasil foi orientada a responder às seguintes perguntas: "Que ações os Estados podem adotar para promover e garantir o cumprimento do direito internacional? Quais mecanismos de responsabilização podem ser ativados para abordar ações, políticas e práticas ilegais relevantes e garantir a reparação? Quais medidas preventivas podem ser tomadas contra ações unilaterais ilegais que comprometam a viabilidade da solução de dois Estados?".

Conforme o ministro, houve mais de 50 respostas de diversas "partes interessadas", que por sua vez geraram 96 propostas concretas agrupadas em cinco áreas - diplomática e política; comércio de armas; responsabilização econômica e reparação; e monitoramento. Ele enumerou, então, algumas das sugestões debatidas:

- reconhecimento do Estado da Palestina e apoio à sua admissão como membro pleno da ONU

- manutenção da distinção legal entre Israel e o território palestino ocupado

- oposição à anexação e à expansão dos assentamentos

- garantia de proteção aos trabalhadores humanitários, incluindo funcionários da UNWRA (agência da ONU para refugiados palestinos que foi acusada de ter sido "infiltrada" por terroristas do Hamas e levou à demissão de funcionários por participação nos ataques de 7 de outubro de 2023)

- apoio à sociedade civil e aos defensores dos direitos humanos

- imposição de sanções específicas contra colonos violentos

- medidas legais de retaliação a violações graves

O ministro citou que essas são "ações legais que os Estados podem tomar agora".

"A credibilidade da ordem jurídica internacional depende de sua aplicação não seletiva. O que é necessário agora é vontade política e um processo robusto de acompanhamento desta conferência. Transformemos a lei em ação e a ação em justiça e paz", instou o chanceler.