Brasil diz encerrar presidência do G20 com avanços em fome, Clima e governança global

Política
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O Brasil conclui sua presidência do G20 com uma agenda robusta voltada para inclusão social, sustentabilidade e reformas na governança global, afirmou o governo federal em balanço sobre o período de um ano em que ficou à frente do fórum internacional que reúne as principais economias do mundo.

Sob o lema "Inclusão, Sustentabilidade e Governança", o Brasil destaca ter liderado esforços que resultaram em acordos amplos e inéditos, com destaque para a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, avanços na mobilização global contra mudanças climáticas e propostas para reformar instituições internacionais.

Entre os resultados mais relevantes, o governo federal cita a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que reúne políticas para combater a fome e a pobreza em países em desenvolvimento, envolvendo transferências de renda, proteção social e alimentação escolar. O lançamento oficial ocorre durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, consolidando o papel do Brasil como articulador dessa frente global.

Meio ambiente

No campo ambiental, a presidência brasileira estabeleceu bases para a COP30, que o País sediará em 2025. A Mobilização Global contra a Mudança do Clima propôs mecanismos financeiros e políticas para uma transição justa rumo a economias de baixo carbono, com foco em países em desenvolvimento, disse o governo federal.

Iniciativas como a criação da Coalizão Global de Planejamento Energético e o compromisso de triplicar a capacidade de energia renovável global até 2030 foram marcos importantes.

A reforma da governança global também avançou com debates sobre modernização do FMI, Banco Mundial e OMC, além de uma reunião classificada como "histórica" do G20 na sede da ONU. O "Chamado à Ação" aprovado reforça a centralidade das Nações Unidas nessas reformas, destacou o governo federal.

No âmbito técnico, o Brasil promoveu 134 reuniões, envolvendo 26 mil participantes de 15 cidades. Essa articulação resultou em declarações ministeriais em áreas como educação, saúde, trabalho e energia, além de iniciativas pioneiras, como o G20 Social e o fortalecimento da bioeconomia.

A presidência brasileira do G20 foi marcada pelo engajamento de 35 ministérios e órgãos federais, parcerias com governos locais e uma ampla participação da sociedade civil, diz o balanço. O impacto foi amplificado pela cobertura midiática, com 18 mil matérias publicadas na imprensa nacional e 2,3 mil no exterior.

O Brasil assumiu a presidência do G20 em dezembro de 2023, que funciona de forma rotativa, e será sucedido pela África do Sul.

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O presidente da Argentina, Javier Milei, se encontrou com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na noite de ontem, 14, durante um evento da conferência conservadora CPAC, em Mar-a-Lago, resort de luxo do americano na Flórida.

Milei e Trump discursaram, trocaram elogios, conversaram e tiraram fotos juntos. O presidente argentino foi o primeiro líder internacional a ser recebido pelo republicano desde a sua vitória nas eleições presidenciais americanas no dia 5 de novembro.

Em seu discurso, Milei descreveu a eleição de Donald Trump como o "maior retorno político da história". O libertário apontou que o republicano desafiou o "establishment político" e arriscou a própria vida, em uma referencia a tentativa de assassinato sofrida por Trump durante um comício em Butler, Pensilvânia, no mês de julho.

"Graças a isto, hoje o mundo é um mundo muito melhor. Hoje, sopram os ventos da liberdade, sopram com muito mais força", acrescentou o presidente argentino, que se emocionou durante o discurso.

Segundo o jornal argentino La Nación, o presidente eleito dos Estados Unidos chegou no final do discurso de Milei e agradeceu a presença do argentino no evento quando subiu ao palco. "Javier, quero parabenizá-lo pelo trabalho que realizou para tornar a Argentina grande novamente. É incrível como você está consertando isso em tão pouco tempo e é uma honra que você esteja aqui", apontou Trump, em seu discurso. "Você realmente é uma pessoa MAGA (Make America Great Again)".

Conversas

Os políticos tiraram várias fotos juntos, que prontamente foram publicadas na rede social X pelo porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni. Nas fotos, o libertário aparece ao lado de Trump, Elon Musk e sua comitiva argentina: a secretária-geral da Presidência, Karina Milei e o chanceler argentino, Gerardo Wertheim.

De acordo com o La Nación, fontes próximas de Milei apontam que o libertário e o republicano têm "uma relação pessoal" e mantiveram uma conversa "informal", sem uma reunião bilateral. O jornal argentino afirmou que existe uma "admiração mútua" entre os dois.

A conversa entre Trump e Milei durou 10 minutos, segundo o jornal argentino Clarín. O bilionário Elon Musk participou do diálogo, ao lado do empresário e ex-candidato presidencial republicano Vivek Ramaswamy. O republicano parabenizou o trabalho que o libertário vem fazendo no comando da Casa Rosada.

O argentino explicou a Trump como diminuiu o gasto público e eliminou regulações econômicas na Argentina. Os dois também conversaram sobre o trabalho que Musk e Ramaswamy irão realizar à frente do Departamento de Eficiência Governamental, que não é, apesar do nome, uma agência governamental.

Depois disso, Trump foi cumprimentar outros convidados e Milei se dirigiu a sua mesa. Segundo fontes do jornal Clarín, o libertário foi muito aplaudido no evento.

Oportunidade

Para Milei, um relacionamento próximo com Trump é essencial para melhorar a relação com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O presidente argentino destacou antes de viajar a Palm Beach que quer buscar um acordo de livre-comércio com o republicano. "O presidente eleito se sente muito mais cômodo trabalhando comigo do que com outros governos", afirmou o libertário em uma entrevista a uma rádio local.

Durante o evento em Palm Beach, Milei conheceu grande parte dos membros do futuro gabinete de Trump e da família do presidente republicano. Ele conversou com o vice-presidente eleito dos Estados Unidos, J.D Vance, e trocou informações de contato com o escolhido de Trump para ser o próximo conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, segundo informações do jornal argentino Clarín. O libertário também interagiu com a futura chefe de gabinete, Susie Wiles, o futuro procurador-geral dos Estados Unidos , Matt Gaetz, e com o próximo secretário de Saúde, Robert Kennedy Jr.

Milei busca costurar uma proximidade com o entorno de Trump desde antes da vitória do republicano. Após a reeleição de Trump na semana passada, Milei o parabenizou com mensagens no Instagram e na rede X. "Você sabe que pode contar com a Argentina para tornar os Estados Unidos grandes novamente", escreveu.

Após a vitória nas eleições da Argentina em novembro do ano passado, Trump parabenizou Milei com uma versão de seu slogan "Make America Great Again": "Faça a Argentina grande novamente".

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai se reunir com o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, e com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, nesta sexta-feira, 15, em meio a preocupações com a parceria militar da Coreia do Norte com a Rússia e o ritmo crescente de testes de mísseis balísticos por Pyongyang.

A reunião, à margem da cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, no Peru, ocorre paralelamente ao envio, pela Coreia do Norte, de tropas à Rússia para ajudar Moscou na tentativa de recuperar territórios na região de Kursk tomados pela Ucrânia.

Além disso, o líder norte-coreano, Kim Jong Un, ordenou uma série de testes de mísseis balísticos antes das eleições norte-americanas deste mês, e alega progresso no desenvolvimento de capacidade para atacar o território continental dos EUA.

Autoridades dos EUA estão preocupadas que Pyongyang possa realizar ações provocativas antes da posse do presidente eleito, Donald Trump, e nos primeiros dias de seu governo.

"Não acho que podemos contar com um período de silêncio com a RPDC (Coreia do Norte)", disse o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan. "A possibilidade de um sétimo teste nuclear continua sempre presente e estamos vigilantes. As transições de governos são historicamente períodos em que a RPDC toma atitudes provocativas."

Até 12.000 soldados norte-coreanos foram enviados para a Rússia, de acordo com informações de inteligência dos EUA, Coreia do Sul e Ucrânia. Fontes de inteligência dos EUA e da Coreia do Sul dizem também que a Coreia do Norte forneceu à Rússia quantidades significativas de munições.

Sullivan acrescentou que os líderes dos EUA, Japão e Coreia do Sul vão usar a reunião para garantir que os três países atuem de "maneira coordenada".

Sullivan disse ainda que o governo Biden trabalha para garantir que a cooperação entre os três países seja "uma característica duradoura da política americana". Ele espera que isso continue sob Trump, observando o apoio bipartidário à iniciativa, mas reconheceu que isso depende da equipe do novo presidente.

Biden se encontrará também com a presidente peruana, Dina Boluarte, nesta sexta-feira.

A produção industrial do Reino Unido caiu 0,5% em setembro ante agosto, segundo dados publicados hoje pelo ONS, como é conhecido o órgão de estatísticas do país. O resultado frustrou a expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam avanço de 0,2% no período.

Na comparação anual, a produção industrial britânica registrou queda de 1,8% em setembro. Neste caso, o consenso da FactSet era de recuo menor, de 1,2%.