Casa de autor de atentado pega fogo em SC

Política
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A casa em Rio do Sul (SC) de Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado a bomba na Praça dos Três Poderes, na semana passada, pegou fogo na manhã de ontem. Segundo informações do 15.º Batalhão de Bombeiros Militar de Santa Catarina, a ocorrência foi registrada por volta das 7h. A residência, de 50 metros quadrados, foi parcialmente destruída.

Ex-mulher de Francisco Wanderley, Daiane Dias, de 41 anos, estava na casa no momento do incêndio e, de acordo com os bombeiros, sofreu queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau em 100% do corpo. Ela foi retirada do local por vizinhos e encaminhada para o hospital. A assessoria do Hospital Regional Alto Vale afirmou ontem que ela seguia em atendimento.

O Batalhão de Bombeiros disse que a causa do incêndio só será confirmada após o trabalho da perícia. A Polícia Federal vai assumir a investigação sobre o caso. Em nota, a Polícia Civil informou que a principal hipótese é de tentativa de suicídio. "Segundo o que foi até então apurado, a ofendida (Daiane Dias) adquiriu produto inflamável no amanhecer de hoje (ontem) em um estabelecimento comercial da cidade, em seguida se deslocou até sua residência, local dos fatos, e provocou o incêndio, tendo permanecido no interior do imóvel", afirmou a polícia. "A principal hipótese até então verificada é a de tentativa de suicídio por parte de Daiane Dias."

Na esquina do terreno onde houve o incêndio há um outdoor anunciando os serviços do "Chaveiro França", que era o nome usado por Francisco Wanderley em Rio do Sul. Conhecido também como Tiü França, ele foi candidato a vereador nas eleições de 2020, pelo PL, mas não se elegeu.

Plano

Na quarta-feira da semana passada, Francisco Wanderley foi encontrado morto após uma sequência de explosões na Praça dos Três Poderes. O catarinense tinha 59 anos e estava na capital federal havia três meses. Ele alugava uma casa em Ceilândia, no entorno de Brasília, onde também foram encontrados explosivos por policiais.

Uma hora antes do ataque, Francisco Wanderley fez uma publicação nas redes sociais com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes da Câmara e do Senado. Em seu perfil no Facebook, reproduzia teorias conspiratórias anticomunistas populares na extrema direita americana.

Um dia depois do atentado, Daiane relatou, em depoimento à PF, que o plano de Francisco Wanderley era matar o ministro do Supremo Alexandre de Moraes. Em entrevista à GloboNews, ela declarou ainda que o ex-companheiro realizou pesquisas no Google para planejar o ataque.

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Israel anunciou que enviará uma delegação ao Catar na segunda-feira, 10, "em um esforço para avançar nas negociações" sobre o cessar-fogo em Gaza. Já o Hamas relatou "sinais positivos" nas conversas com mediadores egípcios e do Catar sobre o início das negociações para a segunda fase do cessar-fogo, que foi adiada.

A declaração do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não forneceu detalhes, mas disse que o país "aceitou o convite dos mediadores apoiados pelos Estados Unidos".

O porta-voz do Hamas, Abdel-Latif al-Qanoua, também não divulgou detalhes.

As negociações sobre a segunda fase deveriam ter começado há um mês.

Não houve comentário imediato da Casa Branca, que na quarta-feira confirmou as negociações diretas dos Estados Unidos com o Hamas.

Na última semana, Israel pressionou o Hamas para liberar metade dos reféns restantes em troca de uma extensão da primeira fase, que terminou no último fim de semana, e uma promessa de negociar um cessar-fogo duradouro.

Acredita-se que o Hamas tenha 24 reféns vivos e os corpos de outros 34.

Com o fim da primeira fase, Israel cortou todos os suprimentos para Gaza e seus mais de 2 milhões de habitantes, enquanto pressionava o Hamas para aceitar o acordo.

O grupo militante afirmou que a medida também afetaria os reféns restantes. Fonte: Associates Press

O provável próximo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, anunciou neste sábado, 8, que as negociações para uma coalizão entre os partidos União Democrata-Cristã (CDU), União Social-Cristã (CSU) e Partido Social-Democrata (SPD), de Olaf Scholz, foram concluídas. "O resultado: uma agenda clara para estabilidade, força econômica e coesão social", escreveu Merz em seu perfil no X.

"Apostamos em investimentos em infraestrutura, uma economia competitiva, uma política fiscal sólida e uma imigração controlada. A Alemanha precisa de uma liderança clara e ações decididas - exatamente isso é o que vamos entregar", acrescentou o político.

Na semana passada, representantes dos três partidos realizaram as primeiras conversas sobre um governo conjunto no país.

Merz já descartou qualquer possibilidade de aliança com o partido de extrema-direita AfD, mesmo com a segunda colocação do grupo nas últimas eleições.

Anteriormente, o Commerzbank indicou que uma coalizão entre essas legendas poderia resultar em mais investimentos em infraestrutura, o que teria um impacto positivo nos negócios.

Ministros das Relações Exteriores de nações muçulmanas rejeitaram neste sábado, 8, a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para esvaziar a Faixa de Gaza, deslocando sua população palestina. Eles também apoiaram um plano para criar um comitê administrativo para governar o território.

Enquanto isso, o Hamas relatou "sinais positivos" nas conversas com mediadores egípcios e catarianos para as negociações da segunda fase do acordo de cessar-fogo com Israel.

Os ministros se reuniram na Arábia Saudita para uma sessão especial da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) para tratar da situação em Gaza, ao mesmo tempo em que o cessar-fogo de sete semanas gera dúvidas.

A segunda fase deve resultar na liberação dos reféns restantes, uma trégua duradoura e a retirada completa de Israel da Faixa de Gaza.

Os presentes ao encontro apoiaram um plano para reconstruir Gaza apresentado pelo Egito e que tem o aval de países árabes, entre eles Arábia Saudita e Jordânia. A OCI conta com 57 países de maioria muçulmana.

Sem mencionar Trump, o comunicado dos ministros disse que eles rejeitaram "planos destinados a deslocar o povo palestino individual ou coletivamente... como uma limpeza étnica, uma grave violação do direito internacional e um crime contra a humanidade".

Eles também condenaram a ação de Israel que, na semana passada cortou os suprimentos para Gaza com objetivo de pressionar o Hamas a estender o cessar-fogo e chamaram a medida de "políticas de fome".

Os ministros presentes na reunião apoiaram uma proposta para um comitê administrativo substituir o Hamas no governo de Gaza.

O comitê trabalharia "sob a proteção" da Autoridade Palestina, com sede na Cisjordânia ocupada. Israel rejeitou a ideia de a Autoridade Palestina ter qualquer papel em Gaza, mas não apresentou uma alternativa para o governo pós-guerra.

Em comunicado conjunto, os ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha, Itália e Reino Unido disseram que apoiam a iniciativa árabe para um plano de reconstrução de Gaza, considerando-o "um caminho realista".

Eles acrescentaram que "o Hamas não deve mais governar Gaza nem ser uma ameaça para Israel" e que apoiam o papel central da Autoridade Palestina. /Associated Press