Justiça do PR confirma 251 anos de prisão para ex-diretor geral da Alep

Política
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O ex-diretor geral da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) Miguel Abib, o Bibinho, foi condenado a 251 anos, 6 meses e 21 dias de reclusão, além do pagamento de 1.250 dias-multa (o equivalente a R$ 1,5 milhão). Ele foi denunciado pelos crimes de formação de organização criminosa, desvio e lavagem de dinheiro pelo Ministério Público do Paraná em 2015, no âmbito da Operação Argonautas - do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Além de Bibinho, outros sete denunciados foram condenados, entre eles, um irmão, a mulher e três filhos do ex-diretor da Casa legislativa. Todos também apresentaram recursos, mas tiveram os pedidos negados. A decisão é da 2ª Câmara Criminal, do Tribunal de Justiça do Paraná.

A Operação Argonautas foi realizada em novembro de 2014 e culminou com a prisão de Bibinho no aeroporto de Brasília no momento em que ele recebia cerca de R$ 70 mil, em dinheiro vivo, do administrador de uma de suas propriedades em Goiás.

Atualmente, ele está em prisão domiciliar em Curitiba.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná, o ex-diretor foi responsável por um esquema de contratação de servidores 'fantasmas', que resultou em um desvio de mais de R$ 216 milhões de recursos públicos da Assembleia Legislativa entre 1997 e 2010.

O MP sustenta que esse dinheiro era 'lavado' com a compra de imóveis urbanos e rurais colocados em nome de Abib e de seus familiares.

Ao todo, 60 imóveis teriam sido utilizados no esquema. Eles estão localizados em sete Estados: Paraná, Goiás, Tocantins, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Santa Catarina e São Paulo.

Bibinho havia entrado com dois recursos: um solicitando o desbloqueio de seus bens embargados pela Justiça e outro que rogava por sua absolvição. No primeiro, ele afirmava que estava passando por constrangimento financeiro, uma vez que não conseguia honrar com seus compromissos por conta do impedimento judicial. Relatava que os inquilinos que vivem em apartamentos de sua propriedade é que estavam pagando o condomínio dos imóveis, que suas terras, localizadas em Goiás, haviam sido invadidas por movimentos sociais e que não estava sendo possível dar prosseguimento ao tratamento de saúde de sua mulher.

No segundo recurso, o ex-diretor do Parlamento paranaense afirmava que a acusação fornecida pelo Ministério Público do Paraná não era bem embasada e que não conseguiu comprovar a sua ligação com a organização criminosa, a qual ele era apontado como líder. À Justiça, ele argumentou que o seu patrimônio é fruto de seu trabalho e que muitas de suas posses têm origem anterior ao início de seu trabalho na Casa legislativa.

A 2ª Câmara Criminal, do Tribunal de Justiça do Paraná, também determinou que os imóveis citados na denúncia devem ter a sua propriedade desvinculada dos acusados. Os réus terão que pagar R$ 216.842.372,53 "para reparação dos danos causados ao erário, tendo por base os relatórios e elementos documentais já amplamente mencionados", valor a ser dividido solidariamente por todos os requeridos.

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Pentágono, Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) e outras agências americanas estão orientando seus funcionários a não responderem o e-mail enviado pelo Escritório de Gestão de Pessoal (OPM). A mensagem pede que os servidores federais do país detalhem as tarefas realizadas em seus postos de trabalho na última semana.

Em nota publicada neste domingo, 23, o Departamento de Defesa dos EUA pediu que seus funcionários interrompessem "qualquer resposta ao e-mail do OPM intitulado 'O que você fez semana passada?'"

"O Departamento de Defesa é responsável por revisar a performance do seu próprio pessoal e a conduzirá a qualquer revisão de acordo com seus próprios procedimentos", publicou a agência no X, antigo Twitter.

Ainda no sábado, 22, o novo diretor do FBI, Kash Patel, enviou um e-mail aos funcionários do departamento afirmando que "o FBI está a cargo de todos os processos de revisão", e pediu que os trabalhadores devem "por agora, interromper quaisquer respostas".

Mídias locais relataram que funcionários indicados pela administração Trump no FBI, no Departamento de Estado e no Escritório Nacional de Inteligência também instruíram seus membros a não responder diretamente.

Os sindicatos reagiram rapidamente. A Federação Americana de Empregados Governamentais (AFGE), o maior sindicato de funcionários federais do país, prometeu contestar qualquer demissão ilegal.

No sábado, funcionários federais receberam um e-mail do OPM que dizia: "Por favor, responda a este e-mail com aproximadamente 5 tópicos do que você realizou na semana passada e copie seu gerente".

As respostas devem ser enviadas até a próxima segunda-feira, 24, às 23h59 (horário local) sem incluir "informações confidenciais, links ou anexos". O e-mail, no entanto, não cita a possibilidade de desligamento do cargo como uma consequência da não resposta à solicitação.

A possível retaliação foi divulgada por Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge) do país, em sua conta no X. O tecnocrata afirma estar seguindo ordens diretas do presidente Donald Trump. (Com agências internacionais).

O papa Francisco apresenta um quadro de "insuficiência renal leve", de acordo com boletim do Vaticano divulgado na tarde de ontem. Segundo o informe, o pontífice não teve nenhuma outra crise respiratória (como a que o acometeu na manhã de sábado), mas ele segue recebendo oxigênio por cateter nasal de alto fluxo e seu estado de saúde ainda é "crítico".

De acordo com o novo boletim médico, o papa recebeu duas unidades de concentrado de hemácias com objetivo de aumentar a concentração de hemoglobina e elevar a oferta de oxigênio nos tecidos. A concentração do número plaquetas no sangue, uma condição chamada de plaquetopenia, segue baixa, embora estável.

No entanto, um exame de sangue realizado no domingo revelou uma "inicial, leve, insuficiência renal", que, segundo o boletim estaria sob controle.

"O Santo Padre continua vigilante e bem orientado. A complexidade do quadro clínico e a espera necessária para que as terapias farmacológicas deem algum retorno fazem com que o prognóstico permaneça reservado", afirma o boletim médico divulgado ontem. "Nesta manhã, no apartamento do 10º andar, ele participou da Santa Missa na companhia de quem cuida dele nesses dias de hospitalização."

Oração do Angelus

Pelo segundo domingo consecutivo o papa não pôde conduzir a tradicional benção dominical, conhecida como a oração do Angelus, mas uma mensagem escrita por ele foi lida ao público. "Por minha parte, continuo minha hospitalização com confiança (...) seguindo os tratamentos necessários; e o descanso também faz parte da terapia!", escreveu.

Francisco agradeceu aos médicos e à equipe de saúde do Hospital Gemelli, em Roma, onde está internado desde 14 de fevereiro, pela "atenção" e "dedicação".

"Nestes dias, tenho recebido muitas mensagens de carinho e fiquei especialmente impressionado com as cartas e desenhos das crianças", acrescentou. "Obrigado por essa proximidade e pelas orações de conforto que recebi de todo o mundo!", escreveu.

Católicos de todo o mundo têm se unido em oração. Em frente ao Hospital Gemelli, diversas pessoas depositaram velas e orações.

Na Argentina, terra natal de Francisco, fiéis se reuniram em Buenos Aires e outras dioceses para rezar pela recuperação do papa.

Católicos por toda Ásia, incluindo a China e Gaza (onde o apoio do papa tem sido crucial por conta do atual conflito), também se uniram em orações. Apesar da grave condição de saúde, o papa chegou a telefonar para o padre Gabriel Romanelli, da paróquia da Sagrada Família, em Gaza, para oferecer suas bênçãos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comunicou a demissão de ao menos 1,6 mil funcionários da Agência para Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês) no final da noite do domingo, 23. Outra parte dos funcionários da agência espalhados pelo mundo será colocada em licença administrativa.

"A partir das 23h59 de domingo, 23 de fevereiro de 2025, todo o pessoal contratado diretamente pela Usaid, com exceção do pessoal designado responsável por funções críticas a missões, liderança central e/ou programas especialmente designados, será colocado em licença administrativa globalmente", diz um dos avisos enviados aos trabalhadores da USAID.

A agência também mencionou nos comunicados que estava iniciando um processo de "redução de força" para eliminar 2 mil vagas nos Estados Unidos. Uma versão do aviso postada mais tarde no site da Usaid colocou o número de posições a serem eliminadas em 1,6 mil. Não houve explicações sobre a mudança no número de postos de trabalho cortados.

A medida ocorre depois que um juiz permitiu, na sexta-feira, 21, que o governo prosseguisse com o plano de desmantelamento da Usaid. O juiz distrital Carl Nichols rejeitou os apelos em um processo dos empregados para continuar bloqueando temporariamente o plano do governo. Fonte: Associated Press.