Exército não comenta prisão de militares por plano de matar Lula e nega atuação deles no G20

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O Exército informou, no fim da manhã desta terça-feira, 19, que não vai se manifestar sobre a operação da Polícia Federal que investiga um plano de militares da ativa para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022, o vice, Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

"A Força não se manifesta sobre processos em curso, conduzidos por outros órgãos, procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República", disse.

O Centro de Comunicação Social do Exército somente assinalou que os três militares da ativa que foram alvos da PF não integravam equipes que atuam na segurança da Cúpula do G20, no Rio de Janeiro.

Segundo o comunicado, o general da reserva Mário Fernandes e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima estavam no Rio para cerimônias de conclusão de cursos de familiares e amigos.

Já o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo "deslocou-se para a guarnição, a serviço, para participar de outras atividades" e não fez parte do efetivo empregado na operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) realizada para o G20. E o tenente-coronel Rafael Martins De Oliveira já estava afastado do serviço ativo por decisão da Justiça.

Entre os alvos está ainda o policial federal Wladimir Matos Soares. Todos foram presos nesta terça-feira por ordem do ministro Alexandre de Moraes.

A investigação encontrou documentos que apontam a elaboração do plano "Punhal Verde e Amarelo". Os achados descreviam a possibilidade de assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022, por envenenamento ou "uso de químicos para causar um colapso orgânico", e o então vice eleito, Geraldo Alckmin (PSB).

Com relação ao ministro Moraes, o plano citava a possibilidade de envenenamento em evento oficial público e também o uso de "artefato explosivo".

Em outra categoria

O Irã aumentou drasticamente seu estoque de urânio de qualidade quase militar em meio ao confronto contra Israel, de acordo com a agência de energia atômica das Nações Unidas. A decisão iraniana de expandir seus estoques de combustível nuclear, em um desafio ao novo governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, deve desencadear nova pressão diplomática da Europa.

O Ocidente demonstra preocupação de que o Irã possa desenvolver uma arma nuclear, após comentários de altos funcionários iranianos de que Teerã domina a maioria das técnicas para isso. O Irã já alegou que seu esforço nuclear é puramente para fins civis pacíficos.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta terça-feira, 19, que o país tem capacidades balísticas de longo alcance, que conta com os chamados Netunos "longos", e que agora tem Atacms americanos. Em coletiva de imprensa, a declaração veio após a alegação russa de que Kiev lançou seis mísseis Atacms em um ataque na região russa de Bryansk. No entanto, Zelensky não confirmou que as armas usadas na ação tenham sido os mísseis de origem americana.

O Alto Representante da União Europeia (UE), Josep Borrell, disse que a Europa deve preparar todas as capacidades nacionais para tornar o continente um lugar mais seguro. Em coletiva de imprensa após reunião do conselho de Defesa nesta terça-feira, 19, ele disse que é preciso discutir "com profundidade" sobre o que se pode fazer para melhorar a segurança europeia.

"Segurança e defesa ainda são de competência nacional, mas as instituições da Europa podem fornecer apoio para seus desenvolvimentos", ressaltou Borrell.