Lula: Lira e Pacheco eram inimigos quando tomei posse, agora são meus amigos

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, 27, que os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foram seus inimigos no começo do governo, mas agora são amigos. Ele deu a declaração em discurso no Encontro Nacional da Indústria, em Brasília.

"As coisas vão acontecendo porque você estabelece capacidade de conversação. Quando eu tomei posse o Lira era meu inimigo, hoje o Lira é meu amigo. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, era meu inimigo, hoje ele é meu amigo", disse o petista.

"O papel do presidente da República é conviver com quem é presidente da Câmara e do Senado e estabelecer conversas para aprovar aquilo que é de interesse do estado brasileiro", declarou ele.

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O presidente recém-empossado dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira, 21, em publicação na plataforma Truth Social, a demissão de quatro funcionários do governo nomeados pela administração de Joe Biden que, segundo ele, não estavam alinhados "com a visão de tornar a América grande novamente".

"Nosso primeiro dia na Casa Branca ainda não acabou! Meu gabinete de Pessoal na presidência está ativo no processo de identificar e remover mais de mil nomeados presidenciais da administração anterior, que não estão alinhados com nossa visão de tornar a América grande novamente", escreveu o novo ocupante da Casa Branca.

Em seguida, Trump anunciou os desligamentos de Jose Andres, do Conselho Presidencial de Esportes, Fitness e Nutrição; Mark Milley, do Conselho Consultivo Nacional de Infraestrutura; Brian Hook, do Wilson Center for Scholars; e Keisha Lance Bottoms, do Conselho de Exportação do Presidente.

"Que isso sirva como aviso oficial de demissão para esses quatro indivíduos, com muitos mais, em breve", concluiu Trump.

Donald Trump tomou posse nesta segunda-feira, 20, em Washington como o 47.º presidente dos EUA. No discurso, prometeu uma "revolução do senso comum". À noite, no Capital One Arena, após desfile festivo, ele assinou os primeiros decretos que pretendem mudar o rumo do país. Seu plano envolve o aumento do controle sobre a fronteira com o México, com a designação dos cartéis como terroristas. O isolamento contrasta com a intenção de expandir o poder americano sobre outros territórios, incluindo o Canal do Panamá.

Segundo ele, seriam 80 medidas para suspender "as políticas radicais" do agora ex-presidente Joe Biden. "Vamos assinar os decretos executivos. Primeiro, revogarei quase 80 ações destrutivas e radicais do governo anterior, um dos piores da história", disse.

Mais cedo, durante o discurso de posse, feito no Capitólio, ele prometeu reverter a decadência dos EUA e iniciar uma nova era de ouro na história americana. "A partir deste momento, o declínio da América acabou", afirmou.

Após o juramento de posse, Trump disse que decretaria emergência nacional na fronteira com o México, permitindo o envio de tropas, e assinaria outra medida para declarar emergência energética, com objetivo de acelerar o licenciamento de novos oleodutos e incentivar a produção de petróleo.

"Todas as entradas ilegais serão imediatamente interrompidas e começaremos o processo de retorno de milhões e milhões de estrangeiros criminosos aos lugares de onde vieram", afirmou o presidente. "Acabarei com a prática de captura e soltura. E enviarei tropas para a fronteira para repelir a desastrosa invasão do nosso país."

Outros decretos prometidos envolvem a suspensão das medidas do governo de Biden para incentivar a venda de veículos elétricos e a designação dos cartéis de drogas como "organizações terroristas globais", o que as coloca no mesmo patamar de organizações como a Al-Qaeda, deixando no ar a possibilidade de operações militares dentro do território mexicano.

"Direcionarei o governo a usar todo o poder de aplicação da lei para eliminar a presença de todas as gangues estrangeiras e redes criminosas que trazem crimes devastadores para o solo dos EUA, incluindo nossas cidades", declarou.

Integrantes da nova equipe de governo disseram ainda que Trump assinaria decretos para suspender o reassentamento de refugiados e acabar com o asilo e com a cidadania automática para quem nasce nos EUA - uma medida que certamente enfrentará obstáculos nos tribunais, porque viola a 14.ª Emenda da Constituição.

Trump prometeu perdoar as pessoas processadas criminalmente por participarem do ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. Um perdão geral pode anular as condenações ou sentenças de muitas dos 1,6 mil simpatizantes que foram processados. Em discurso no Capital One Arena, ele garantiu que os perdões seriam uma das primeiras medidas. "Vou assinar o perdão dos reféns do 6 de Janeiro, para libertá-los. Assinaremos perdões para muitas pessoas."

Clima

O Acordo de Paris também entrou na mira de Trump, que o chamou de "injusto e unilateral". "Os EUA não sabotarão nossos próprios setores econômicos enquanto a China polui impunemente", afirmou.

Trump também prometeu encerrar os programas de diversidade, equidade e inclusão do governo anterior. Uma de suas medidas será instituir a política oficial que só considera dois gêneros: masculino e feminino. Isso excluirá aqueles que se consideram não binários e trans. "Acabarei com a política governamental de tentar fazer engenharia social de raça e gênero em todos os aspectos da vida pública e privada."

Reação

Como nas últimas semanas, Trump também prometeu retomar o controle do Canal do Panamá, usando como argumento uma falsa acusação de que a China opera o local. "Nós o tomaremos de volta", afirmou. O presidente panamenho, José Raúl Mulino, reagiu imediatamente. "Rejeito integralmente as palavras expressas pelo presidente Trump", disse. "O canal é e continuará sendo do Panamá."

Líderes de todo o mundo reagiram ontem ao retorno de Trump à Casa Branca. A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, cumprimentou o americano pelo retorno e defendeu uma relação fundamentada no "respeito". "Como vizinhos e parceiros comerciais, o diálogo, o respeito e a cooperação sempre serão o símbolo da nossa relação", escreveu Claudia, no X.

O Canadá, vizinho que também vem sendo alvo de ameaças de anexação e guerra comercial por parte de Trump, buscou conciliação. "Canadá e os EUA mantêm a parceria econômica mais frutífera do mundo e são o maior parceiro comercial um do outro", afirmou o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.

Mark Rutte, secretário-geral da Otan, prometeu que os membros da aliança militar liderada pelos EUA aumentarão seus gastos com defesa, uma bandeira de Trump. "Juntos podemos alcançar a paz por meio da força", disse.

Rivalidade

Apesar da rivalidade histórica com os EUA, o presidente russo, Vladimir Putin, fez acenos ao novo presidente americano e disse que o Kremlin está disposto a retomar o diálogo com a Casa Branca. "Nunca recusamos o diálogo, sempre estivemos prontos para manter a cooperação com qualquer governo americano", disse. "Mas o diálogo tem de ser construído em uma base igual e mutuamente respeitosa." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente recém-empossado dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma série de ordens executivas na segunda-feira, 10, após tomar posse. Entre os decretos, está o que suspende temporariamente todos os programas de assistência externa do país por 90 dias, até que revisões sejam feitas para determinar se estão alinhados os objetivos da nova gestão.

Não ficou claro quanto da assistência seria inicialmente afetada, uma vez que o financiamento para muitos programas já foi aprovado pelo Congresso. No documento que prevê a medida, Trump escreveu que "a indústria e a burocracia de ajuda externa não estão alinhadas com os interesses americanos e, em muitos casos, são antagônicas aos valores americanos" e "servem para desestabilizar a paz mundial promovendo ideias em países estrangeiros que são diretamente inversas às relações harmoniosas e estáveis internas e entre países".

Trump ainda declarou que "nenhuma assistência estrangeira adicional dos Estados Unidos será desembolsada de maneira que não esteja totalmente alinhada com a política externa do presidente dos Estados Unidos".

Energia eólica

Outra ordem assinada por Trump interrompe temporariamente as vendas de arrendamento de energia eólica em águas federais e pausam a emissão de aprovações, permissões e empréstimos para novos projetos do tipo, tanto em terra quanto no mar.

O Departamento do Interior dos EUA revisará as práticas de arrendamento e permissão eólica para águas e terras federais, em uma avaliação que irá considerar o impacto ambiental dos projetos, custos econômicos e o efeito dos subsídios na viabilidade da indústria eólica. Fonte: Associated Press.