Congresso diz ao STF que cumpriu exigências sobre emendas e pede liberação

Política
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O Congresso pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a liberação das emendas parlamentares após a sanção do projeto de lei (PL) que cria novos critérios para os repasses. Na manifestação anexada aos processos na noite de ontem, a advocacia do Senado diz que "foram atendidos os requisitos formais e materiais das decisões" da Corte que suspenderam as emendas até o Congresso editar regras de transparência e rastreabilidade.

O Congresso também argumentou que há "perigo de demora" diante da proximidade do encerramento do exercício financeiro. "Há obras e serviços já realizados, mas cujo pagamento encontra-se suspenso, gerando graves prejuízos a terceiros de boa-fé. Há também obras e serviços paralisados por suspensão de pagamentos, a ensejar prejuízo a particulares e ao interesse público", diz a manifestação.

Caberá ao ministro Flávio Dino, relator das ações sobre emendas, avaliar o pedido. Depois, a decisão de liberar ou não os repasses será analisada pelo plenário do Supremo. Nesta semana Dino está em São Luís (MA), onde vai se casar no sábado.

Em agosto, após o Supremo suspender a execução de todas as emendas impositivas, os Três Poderes firmaram um consenso com condições para a liberação. Entre os pontos acordados, está a identificação do destino das "emendas pix", a destinação de emendas de bancada a projetos estruturantes e o envio de emendas de comissão a projetos de interesse nacional ou regional, definidos de comum acordo entre Legislativo e Executivo.

O PL das emendas foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última terça-feira, 26. Um estudo feito por técnicos do próprio Senado diz que o projeto não atende a todos os critérios de transparência. Uma das críticas apontadas é sobre as emendas de comissão, herdeiras do orçamento secreto. Pelo texto, ainda não há obrigação de mostrar o nome dos verdadeiros padrinhos das verbas, que são apresentadas como de responsabilidade do colegiado.

"O projeto não responde a praticamente nenhuma das exigências colocadas (pelas decisões do STF): de 14 critérios e parâmetros identificados, apenas 3 deles são atendidos

substancialmente pelos dispositivos do projeto, e, ainda assim, esses dois quesitos já constam dos normativos vigentes", diz a nota técnica solicitada pelo senador Eduardo Girão (Novo).

A possibilidade de o governo bloquear emendas parlamentares também ficou fora do projeto. No acordo entre STF, Legislativo e Executivo, ficou acertado que as emendas serão vinculadas à receita corrente líquida, com o objetivo de impedir que elas cresçam em proporção superior ao aumento do total das despesas discricionárias. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o Planalto irá enviar um novo projeto que propõe estabelecer um bloqueio de emendas de 15% proporcional ao bloqueio das despesas discricionárias do Poder Executivo.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que o país possivelmente deve continuar a atacar a Ucrânia com míssil balístico de alcance intermediário, em participação na reunião do Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO, na sigla em inglês) nesta quinta-feira, 28, de acordo com transmissão da RT. Segundo ele, a produção russa de mísseis aumentará no próximo ano.

Na ocasião, o Kremlin prometeu responder aos ataques em território russo e disse que vários mísseis Oreshnik lançados de uma só vez podem causar os mesmos danos de um ataque nuclear. "Embora, certamente, o Oreshnik não seja uma arma de destruição em massa", ressaltou.

A Casa Branca confirmou nesta quarta-feira, 27, que a China libertou três americanos, incluindo um informante do FBI. Em troca, os chineses receberam três cidadãos que estavam presos nos EUA. As negociações, que se arrastaram por meses, foram concluídas no apagar das luzes do mandato do presidente Joe Biden.

A Casa Branca esperava conseguir as três libertações antes de Biden deixar o poder. O americano apresentou os casos ao presidente chinês, Xi Jinping, durante a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), no Peru, há duas semanas. Com as trocas, analistas dizem que a China tenta mostrar que está disposta a cooperar em certas áreas de interesse comum com os EUA.

"A China não costuma fazer trocas de prisioneiros. Agora, ela não apenas parece mandar um presente de despedida a Biden, mas está sinalizando a Donald Trump a possibilidade de fazer concessões importantes", disse John Kamm, fundador da Dui Hua Foundation, um grupo de direitos humanos.

Prisões

Os três americanos libertados são Mark Swidan, Kai Li e John Leung - Swidan e Li estariam com a saúde extremamente debilitada. "Eles voltarão em breve e se reunirão com suas famílias pela primeira vez em muitos anos", disse Sean Savett, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.

Swidan, Li e Leung são os últimos prisioneiros que o Departamento de Estado dos EUA considera como detidos injustamente na China, embora ativistas e parentes denunciem outros casos. As identidades dos chineses libertados não foram reveladas.

Swidan foi detido em 2012 durante uma viagem de negócios à China, acusado de tráfico de drogas. Seis anos depois, foi condenado à morte. Sua família afirma que nunca houve provas contra ele. Kai Li, nascido em Xangai e naturalizado americano, dirigia uma empresa de exportação de tecnologia aeronáutica quando foi preso em 2016, acusado de espionagem e condenado a 10 anos. Leung, que vivia em Hong Kong, era informante do FBI, foi detido em 2021 e condenado à prisão perpétua por espionagem.

Com os três cidadãos americanos soltos, o governo Biden já conseguiu a libertação de mais de 70 americanos detidos no mundo. Em setembro, os EUA repatriaram o pastor David Lin, preso na China desde 2006. Mais tarde, o governo americano reconheceu que a libertação era parte de uma troca por um chinês.

Pressão

O governo americano pressiona a China para tomar medidas contra os produtores de precursores do fentanil, um opioide sintético responsável por dezenas de milhares de mortes por overdose todos os anos nos EUA. Um relatório recente do Congresso acusa Pequim de financiar a produção dos químicos.

Trump prometeu uma abordagem mais beligerante contra o fentanil e a imigração. Nesta semana, ele disse que aumentaria as tarifas sobre os produtos chineses - e imporia tarifas aos vizinhos México e Canadá. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na quarta-feira, 27, ter tido uma vitória em relação à imigração ilegal através do México, após conversa telefônica com a presidente mexicana. No entanto, Claudia Sheinbaum sugeriu que o México já estava fazendo sua parte e não tinha interesse em fechar suas fronteiras.

Trump disse que Sheinbaum "concordou em parar a migração através do México".

A mexicana indicou separadamente nas redes sociais ter dito a Trump que o México já está "cuidando" das caravanas de migrantes, chamando a conversa de "excelente".

"Reiteramos que a posição do México não é fechar fronteiras, mas construir pontes entre governos e entre povos", acrescentou Sheinbaum.

A ligação aconteceu dias depois de Trump ameaçar impor novas tarifas abrangentes ao Canadá e ao México como parte de seu esforço para reprimir a imigração ilegal e as drogas.

Nenhum dos lados esclareceu a situação das tarifas. Fonte: Associated Press.