Lula admite erro na comunicação do governo e diz ser obrigado a fazer 'correções necessárias'

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu erros em seu terceiro governo no Executivo federal e responsabilizou a comunicação como um dos principais pilares a serem corrigidos. Em sua avaliação, o governo faz entregas, mas a sociedade não tem informações sobre o que é feito.

"Nesses dois anos de governo, já fiz muito mais entrega de políticas públicas à sociedade do que fiz nos oito anos anteriores. Eu sinto que, cada vez que eu viajo, converso, que atendo ministro que nós não estamos entregando de forma adequada para que a sociedade tenha as informações daquilo que nós fizemos", comentou Lula, em participação remota no encerramento de seminário do Partido dos Trabalhadores (PT). O evento ocorre nesta sexta-feira, 6, em Brasília.

Lula se mostrou responsável, em parte, por tal "erro" na comunicação. O presidente apontou que não tem dado entrevistas coletivas e que foca suas entrevistas a rádios locais. Segundo ele, agora, é preciso mudar a postura e fazer aquilo que precisa ser feito.

"Eu adoro falar em rádio e é preciso que, a partir de agora, a gente comece a fazer do jeito que precisa ser feito, porque não serão nossos adversários que falarão bem de nós. Somos nós que temos que falar bem de nós e daquilo que estamos fazendo", disse.

"Há um erro no governo na questão da comunicação, e eu sou obrigado a fazer as correções necessárias para que a gente não reclame que não estamos nos comunicando bem", acrescentou. Atualmente, o chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) é Paulo Pimenta. Como mostrou o Estadão/Broadcast Político, Lula quer trazer Sidônio Palmeira, responsável por sua campanha vitoriosa em 2022, para mais perto e colocá-lo no lugar de Pimenta.

Diante disso, Lula disse que o governo precisará divulgar "corretamente" o que já foi lançado, dizendo que essa lacuna o preocupa. "Nós não estamos conseguindo colocar as coisas que nós fazemos, e essa é uma das minhas preocupações que eu quero começar a resolver", comentou.

Na fala, o presidente também responsabilizou o PT por uma falta de suporte dado à comunicação do governo. Lula afirmou que quer resolver a comunicação junto com a legenda, "que tem obrigações em divulgar o que o governo faz". Para ele, o partido tem um "problema sério" com a formação política, uma vez que o jeito de se fazer política ficou mais institucionalizado. Em sua visão, o partido não deve ficar subordinado a mandato de deputado.

Lula diz que há muito a aprender com debates do PT sobre problemas no governo

Lula também lamentou não participar presencialmente do seminário promovido pelo PT em Brasília porque, em sua avaliação, há muito o que aprender nos debates organizados sobre os problemas do governo e angústias da legenda.

"É uma pena que eu não possa estar em Brasília participando desse evento desde quinta-feira porque eu penso que eu teria muito o que aprender com os debates sobre formação política, sobre as angústias do nosso partido, sobre os problemas do nosso governo e sobre a expectativa da nossa militância", afirmou.

Na quinta-feira, 5, o petista anunciou que fará uma reunião ministerial no próximo dia 19. O presidente disse que, no encontro, vai "dizer algumas mensagens" aos chefes das pastas.

O chefe do Executivo federal faz sua participação do evento de forma ao vivo e remota. Lula está em São Paulo, onde deve participar de jantar organizado pelo grupo Prerrogativas nesta noite. A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, será homenageada.

"O PT e o meu governo têm culpa, porque a gente não pode permitir, em nenhum momento, que alguém que pensa como pensa a extrema-direita no nosso País tenha mais espaço nas redes sociais que nós, tenha mais informações na internet do que nós", disse. Lula citou o avanço da extrema-feira nas redes sociais e mostrou o vazio do partido e do governo na internet. Ele disse que, antigamente, se insinuava que a Globo era culpada pela falta de informação da sociedade.

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O Presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou tomar medidas legais contra a BBC devido à forma como um discurso que ele fez foi editado em um documentário exibido pela emissora nacional britânica.

O presidente da BBC, Samir Shah, pediu desculpas na segunda-feira, 11, pelo "erro de julgamento", que desencadeou as demissões do principal executivo da emissora e de seu chefe de notícias.

O Diretor-Geral Tim Davie e a chefe de notícias Deborah Turness renunciaram no domingo, 09, devido a acusações de parcialidade e edição enganosa de um discurso que Trump proferiu em 6 de janeiro de 2021, antes de uma multidão de seus apoiadores invadir o Capitólio, em Washington.

Uma carta do advogado de Trump, Alejandro Brito, exige que a BBC "retraia as declarações falsas, difamatórias, depreciativas e inflamadas", peça desculpas e "compense adequadamente o presidente pelo dano causado", ou enfrente uma ação legal de US$ 1 bilhão em danos.

A BBC disse que revisaria a carta "e responderia diretamente no devido tempo".

*Com informações da Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Pelo menos oito pessoas morreram e 19 ficaram feridas quando um carro explodiu no centro da capital da Índia, Nova Délhi, nesta segunda-feira, 10, informou o corpo de bombeiros da cidade. A explosão foi perto do histórico Forte Vermelho, um importante ponto turístico. A causa está sendo investigada.

A explosão, que provocou um incêndio que danificou vários veículos estacionados nas proximidades, ocorreu perto de um dos portões da estação de metrô do Forte Vermelho, informou o Corpo de Bombeiros.

O comissário de polícia da capital, Satish Golcha, declarou aos jornalistas que um veículo que circulava lentamente parou em um semáforo fechado e explodiu. Pelo menos seis automóveis, bem como vários táxis motorizados 'tuk tuk', foram atingidos no incidente.

O edifício do hospital localizado nas proximidades foi isolado em meio a uma forte presença policial. Familiares angustiados se reuniram do lado de fora do prédio.

Musarrat Ansari disse que seu irmão ficou ferido depois que um veículo em chamas colidiu com a motocicleta em que ele estava. "Ele me ligou e disse que tinha machucado a perna e que não conseguia andar", declarou à AFP.

A explosão ocorreu no início da tarde, quando as pessoas estavam voltando do trabalho, perto do metrô no movimentado bairro de Old Delhi.

A polícia não forneceu mais detalhes, mas informou que a investigação está sendo conduzida pela Agência Nacional de Investigação, a agência federal indiana de investigação de terrorismo, e outras agências.

O governo informou que o aeroporto internacional de Nova Délhi, as estações de metrô e os prédios governamentais foram colocados em alerta máximo de segurança após a explosão.

Antigo palácio imperial, o Forte Vermelho é uma importante atração turística na parte antiga da capital. O monumento do século XVII é uma das atrações turísticas mais importantes da Índia. Localizado a 6 Km do Parlamento, é onde os primeiros-ministros indianos fazem seus discursos anuais do Dia da Independência, em 15 de agosto.

Imagens da mídia local mostraram veículos danificados e um cordão policial no local.

Om Prakash Gupta, uma testemunha que mora perto do local, disse que estava em casa quando ouviu uma forte explosão. "Saí correndo com meus filhos e vi vários veículos em chamas, partes de corpos por toda parte", disse ele à Associated Press.

O Ministro do Interior, Amit Shah, disse à imprensa local que o carro era um Hyundai i20 que explodiu perto de um semáforo próximo ao Forte Vermelho. Ele afirmou que as imagens das câmeras de segurança da região farão parte da investigação.

"Estamos explorando todas as possibilidades e conduziremos uma investigação minuciosa, levando em consideração todas as hipóteses", disse Shah. "Todas as opções serão investigadas imediatamente e apresentaremos os resultados ao público."

O primeiro-ministro, Narendra Modi, disse em uma publicação na rede social X: "Meus sentimentos àqueles que perderam entes queridos na explosão em Délhi no início desta noite. Que os feridos se recuperem o mais rápido possível."

*Com informações de agências internacionais.

O deposto presidente conservador da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, enfrenta mais acusações criminais, já que os promotores alegaram nesta segunda-feira, 10, que ele ordenou voos de drones sobre a Coreia do Norte em uma tentativa deliberada de aumentar as tensões e justificar seus planos de declarar lei marcial.

Yoon desencadeou a crise política mais séria na história recente da Coreia do Sul quando impôs lei marcial em 3 de dezembro de 2024 e enviou tropas para cercar a Assembleia Nacional. Ele foi posteriormente sofreu impeachment e foi removido do cargo. Yoon está preso sendo julgado por acusações que incluem a orquestração de uma rebelião.

*Com informações da Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.