Lula segue trabalhando na UTI 'em exercício permanente', segundo Padilha

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Mesmo em recuperação após dois procedimentos cirúrgicos seguidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua a exercer suas funções presidenciais de forma digital, assinando decretos e mantendo o ritmo de trabalho, de acordo com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde a última terça-feira, 10, Lula se mantém ativo, utilizando um sistema digital que permite a assinatura de documentos remotamente. O ministro destacou que o presidente não se ausenta de suas responsabilidades e segue aprovando documentos com prazo para sanção.

De acordo com Padilha, a equipe da Casa Civil coordena as atividades de assinatura de Lula, mesmo quando ele está internado. "Tudo aquilo que tenha prazo para sanção, ele está assinando", afirmou o ministro. Esse mecanismo de trabalho garante a continuidade das decisões do governo, sem interrupções, mesmo com a internação do presidente. O vice-presidente Geraldo Alckmin tem assumido algumas agendas, como o recebimento de autoridades estrangeiras e a participação em eventos internos, mas a presidência segue com Lula.

"Ele está em exercício permanente", disse Padilha, que afirmou que o governo não está sendo afetado pela internação pois "o presidente está assinando, despachando, dialogando."

O ministro Padilha explicou que, além das sanções, o presidente também participa ativamente de discussões sobre temas importantes para o governo, como o marco regulatório do crédito de carbono. A nova lei, sancionada por Lula nesta quinta-feira, 12, regula o mercado de crédito de carbono e estabelece limites para a emissão de gases de efeito estufa, uma medida importante para o enfrentamento das mudanças climáticas.

Em outra categoria

O ícone da extrema direita francesa Jean-Marie Le Pen morreu nesta terça-feira, 7, aos 96 anos, segundo um comunicado divulgado por sua família.

O político estava internado em uma unidade de saúde há várias semanas e morreu, conforme o comunicado, "cercado por seus entes queridos".

O ministro das Relações Exteriores do Japão, Takeshi Iwaya, se reuniu com o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, e afirmou que quer elevar a aliança entre os dois países para "novos patamares". De acordo com comunicado do Ministério japonês, os representantes falaram sobre a não fusão da United States Steel Corporation com a Nippon Steel Corporation.

No encontro, Iwaya e Blinken reafirmaram a importância das relações econômicas Japão-EUA, incluindo investimentos de empresas japonesas em território americano.

Também na reunião, foi mencionada a importância de uma coordenação próxima, incluindo políticas em relação à Coreia do Norte e questões nucleares e de mísseis, além de temas relacionadas à China, Ucrânia e Oriente Médio.

A nota menciona que, no final da reunião, os dois ministros concordaram em continuar trabalhando em conjunto para manter e reforçar ainda mais a relação entre os países, que se tornou "mais forte do que nunca".

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, lançou um esforço para impedir sua sentença por suborno marcada para o final desta semana, na sexta-feira, 10. O republicano argumenta que o agendamento dez dias antes da sua posse na Casa Branca, em 20 de janeiro, é errôneo.

Os advogados de Trump pediram ao juiz do Tribunal de Nova York Juan Merchan, que supervisionou o julgamento que levou à condenação de Trump por 34 crimes graves, para suspender todos os procedimentos do caso enquanto o presidente eleito busca apelações de decisões recentes. Os advogados de Trump também pediram que um tribunal estadual de apelações interviesse no assunto.

"Forçar o presidente a defender um caso criminal - especialmente em uma audiência de sentença dez dias antes de ele se tornar presidente novamente", viola a imunidade presidencial de Trump, escreveram seus advogados, em um processo tornado público na segunda-feira.

Os promotores de Manhattan disseram nesta segunda-feira, 6, que a sentença provavelmente levaria menos de uma hora, que Trump poderia comparecer virtualmente e que a sentença esperada era a mais baixa autorizada pela lei. "Não há risco aqui de um 'processo estendido' que prejudique o cumprimento dos deveres oficiais do réu - deveres que ele não possuí antes de 20 de janeiro de 2025, de qualquer forma", disseram eles, referindo-se à posse de Trump.

Na semana passada, Merchan disse que não pretende sentenciar Trump a uma pena de prisão, mas sim a uma dispensa incondicional - uma sentença sem punição. Tal sentença manteria o veredicto de culpado do júri nos registros judiciais.