'Primeiramente, é tetra', diz Eduardo Paes ao assumir quarto mandato no Rio

Política
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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), foi empossado no seu quarto mandato à frente do Executivo carioca nesta quarta-feira, 1º de janeiro. Vitorioso no primeiro turno das eleições municipais do ano passado, Paes se tornou o primeiro político a governar a capital fluminense por quatro períodos e brincou com o fato assim que assinou o termo de posse: "Primeiramente, é tetra."

No discurso, o prefeito reeleito fez um balanço do último governo e prometeu ampliar obras de infraestrutura, além do lançamento de um programa de saúde voltado a pessoas obesas.

Paes também destacou o marco atingido pela quarta vitória nas urnas e disse que o vice-prefeito, Eduardo Cavaliere (PSD), também empossado nesta quarta, é um "símbolo da continuidade".

O chefe do Executivo carioca faz mistério sobre uma possível candidatura ao governo do Estado do Rio, em 2026.

"Se o tempo é o pai da experiência, devo governar com mais sabedoria e serenidade, consciente de que tamanha confiança em mim depositada deve se refletir no compromisso vital que assumo com o povo dessa cidade. Não vejo esse como um quarto mandato, mas como um novo governo", afirmou Paes.

Câmara

Além de Paes, também foram empossados os 51 vereadores da cidade. O responsável por presidir a sessão legislativa foi o vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O encargo se deu porque Carlos foi o mais votado no pleito de 2024, recebendo 130.480 votos.

O filho do ex-presidente foi tietado por vereadores de direita da Câmara do Rio. Ao caminhar até a assinatura da posse, o vereador Felipe Michel (PP) mandou um beijo no ar para Carlos e replicou o cumprimento na mão do parlamentar.

Em um breve discurso de tom pacifista, Carlos disse que não há "inimigos" entre os vereadores, e sim adversários políticos. Este é o sétimo mandato dele no Legislativo carioca, onde possui uma cadeira desde 2000.

"Eu só queria sempre agradecer o carinho e a consideração que Vossas Excelências tiveram comigo ao longo desses 24 anos de mandato de vereador. Momentos de aprendizados, momentos de compartilhamento de ideias, momentos de divisões, mas principalmente de respeito. (...) Não há nenhum inimigo aqui, todos somos adversários políticos, apesar de umas (pessoas) utilizarem estratégias diferentes das outras", disse Carlos Bolsonaro.

Na sessão desta quarta, também ocorreu a reeleição do vereador Carlo Caiado (PSD) na presidência da Câmara Municipal do Rio, com um mandato que vai durar até 2027. O vice-presidente eleito foi Willian Coelho (DC). Os dois compuseram uma chapa única.

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Um forte terremoto na região chinesa do Tibete matou nesta terça-feira, 7, pelo menos 95 pessoas e causou o colapso de vários edifícios, informou a mídia estatal após o terremoto, que também foi sentido no Nepal e na Índia.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos afirmou que o terremoto de magnitude 7,1 teve o epicentro na região do Tibete, a uma profundidade de cerca de 10 quilômetros.

Para o China Earthquake Network Center, o terremoto teve magnitude de 6,8 e foi localizado no condado de Dingri, perto da fronteira com o Nepal.

As informações mais recentes, divulgadas até o começo da manhã (de Brasília) desta terça-feira, são de que 95 morreram e que outras 62 ficaram feridas pelo terremoto que ocorreu às 9h05, hora local, informou a agência de notícias estatal Xinhua.

Em um relatório preliminar anterior, a agência havia reportado 32 vítimas.

Cerca de 1.000 casas sofreram danos de diversos graus, ainda segundo este meio.

"O condado de Dingri e seus arredores sofreram tremores muito fortes e muitos edifícios desabaram perto do epicentro", destacou a emissora estatal chinesa CCTV.

O presidente chinês, Xi Jinping, apelou a "esforços de busca e salvamento em grande escala, minimizando ao máximo as vítimas, realocando adequadamente os residentes afetados e garantindo a sua segurança e bem-estar no inverno", acrescentou a emissora.

As temperaturas matinais em Dingri foram de -8°C e à tarde deverão cair para -18°C, de acordo com a Administração Meteorológica da China.

Este condado de alta altitude na região do Tibete tem uma população de cerca de 62 mil pessoas e está localizado na encosta chinesa do Monte Everest.

O centro sísmico chinês informou que, embora os sismos sejam comuns nesta região, o registrado nesta terça-feira é o mais intenso observado num raio de 200 quilômetros nos últimos cinco anos.

Imagens publicadas pela emissora CCTV mostram casas destruídas com paredes desabadas e escombros nas ruas onde já tinham sido enviadas equipes de resgate, dando cobertores a alguns sobreviventes. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O Congresso dos EUA se reuniu nesta segunda-feira, 6, em uma sessão conjunta para certificar a vitória de Donald Trump nas eleições do ano passado. Esse é um ritual tradicional da democracia americana que há exatos quatro anos foi interrompido por uma violenta multidão de apoiadores do republicano, inflamados por alegações mentirosas de fraude no processo eleitoral.

Apesar das lembranças do ataque ao Capitólio, que levaram ao reforço da segurança em Washington, a sessão correu de forma tranquila e durou pouco mais de 30 minutos. Ao fim, a vice-presidente Kamala Harris, que atua como presidente do Senado, confirmou os resultados: Trump foi eleito com 312 votos do colégio eleitoral.

Falando na terceira pessoa, ela declarou ainda que "Kamala D. Harris, do Estado da Califórnia, recebeu 226 votos", sob aplausos estrondosos dos democratas no plenário.

A sessão teve início às 15 horas (horário de Brasília), liderada por Kamala, acompanhada do recém-eleito presidente da Câmara, Mike Johnson (Partido Republicano). Ao longo do processo de certificação, integrantes do Congresso previamente selecionados leram os resultados de cada um dos Estados por ordem alfabética.

Transferência

O vice-presidente eleito, J.D. Vance, acompanhou a sessão no Capitólio, como senador por Ohio, posto que manterá até a posse da chapa presidencial. Ele foi aplaudido quando a vitória republicana em seu Estado foi confirmada. Trump, por sua vez, permaneceu na Flórida.

Derrotada nas eleições, Kamala descreveu seu papel como uma "obrigação sagrada" de garantir a transferência pacífica de poder, em mensagem divulgada antes da certificação. "Como vimos, nossa democracia pode ser frágil", disse. "E cabe a cada um de nós defender nossos princípios mais estimados." Ao contrário do que aconteceu há quatro anos, Kamala reconheceu a derrota e os democratas não apresentaram objeções à certificação dos resultados.

Durante a campanha, Kamala evocou com frequência os ataques de 6 de janeiro de 2021, tachando Trump como uma ameaça à democracia - ou "pequeno tirano" e "aspirante a ditador", nas suas palavras. Depois da derrota, ela se comprometeu em honrar a escolha dos eleitores. "Um princípio fundamental da democracia americana é o de que, quando perdemos uma eleição, aceitamos os resultados", disse Kamala, no primeiro discurso após os resultados.

Karoline Leavitt, porta-voz da equipe de transição de Trump e secretária de imprensa da Casa Branca, disse que haverá "uma transição tranquila de poder". "O presidente Trump cumprirá sua promessa de servir a todos os americanos e unificará o país por meio do sucesso", disse ela, em um comunicado antes da certificação. Karoline não respondeu a uma pergunta sobre os esforços de Trump para reverter sua derrota na última eleição.

Violência

Apesar das promessas de transição pacífica de poder, há lembranças por toda parte da violência que ocorreu neste mesmo dia há quatro anos. Ontem, o Capitólio estava sob forte bloqueio, com cercas altas de metal e forças policiais mobilizadas.

A insurreição de 6 de janeiro de 2021 terminou com um saldo de cinco mortos - além de quatro policiais que se suicidaram nos meses seguintes à invasão. Desde então, mais de 1,2 mil pessoas foram condenadas ou se declararam culpadas, e cerca de 600 cumpriram ou cumprem penas de prisão.

Trump disse que analisará "caso a caso" a situação dos invasores presos. Segundo ele, o Departamento de Justiça deve começar a avaliar os processos "nos primeiros nove minutos" do novo mandato. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder da oposição da Venezuela, Edmundo González, se reuniu nesta segunda, 6, com o presidente dos EUA, Joe Biden, na Casa Branca, poucos dias antes da tomada de posse de Nicolás Maduro como presidente para um terceiro mandato.

A reunião de González ocorreu no momento em que ele tenta angariar apoio em seu esforço para destituir Maduro do cargo na sexta-feira, quando por lei começa o próximo mandato presidencial da Venezuela.

Biden e González concordaram que a "vitória da campanha de González deve ser honrada através de uma transferência pacífica de volta ao governo democrático", de acordo com um relatório da Casa Branca sobre a reunião. Ambos também expressaram sérias preocupações sobre "o uso inaceitável e indiscriminado da repressão por parte de Maduro e dos seus representantes contra manifestantes pacíficos, ativistas pela democracia e a sociedade civil".

González iniciou uma turnê pela América do Sul com escalas na Argentina e no Uruguai no sábado. Ele convocou os venezuelanos que vivem na região de Washington a se reunirem na segunda-feira em frente aos escritórios da Organização dos Estados Americanos (OEA).

González deixou a Venezuela para se exilar na Espanha em setembro, depois que um juiz emitiu um mandado de prisão contra ele em conexão com uma investigação sobre a publicação de registros eleitorais. Na semana passada, o governo anunciou uma recompensa de US$ 100 mil por informações sobre o paradeiro do líder da oposição venezuelana.

Ainda nesta segunda-feira, Maduro anunciou o rompimento das relações diplomáticas com o Paraguai, após o presidente paraguaio, Santiago Peña, ter demonstrado seu apoio a González e tê-lo reconhecido como vencedor das eleições. Além de romper relações, a Venezuela solicitou a saída imediata do pessoal diplomático do Paraguai no país. Por sua vez, o governo paraguaio solicitou aos seus representantes credenciados na Venezuela que abandonassem o território no prazo de 48 horas.