Vereador bolsonarista obtém assinaturas para 2 CPIs em seu 1º dia na Câmara de SP

Política
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Lucas Pavanato (PL) começou seu mandato com movimentações estratégicas na Câmara Municipal de São Paulo. Na quarta-feira, 1º, enquanto a solenidade de posse ainda acontecia, ele já estava coletando assinaturas para a instalação de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).

Com foco em temas polêmicos, as propostas de comissões receberam rapidamente o número mínimo de 19 assinaturas exigidas pelo regulamento do Casa, muitas delas de parlamentares alinhados com partidos de direita e centro. A primeira CPI, chamada de "CPI das Invasões", tem como objetivo investigar ocupações de terrenos na capital paulista, frequentemente ligadas a movimentos de esquerda como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Ainda que tenha conseguido apoio inicial, a instalação das CPIs depende de acordos políticos dentro da Câmara. A simples coleta de assinaturas não assegura o funcionamento das comissões.

A segunda proposta, intitulada "CPI das ONGs", visa apurar o papel de organizações que atuam no atendimento de moradores de rua, especialmente no centro da capital. Pavanato afirmou, em uma publicação no X (antigo Twitter) que o trabalho dessas entidades será revisado, focando em possíveis irregularidades no uso de dinheiro público.

"Primeiro dia como vereador de São Paulo. Logo de cara, consegui as assinaturas necessárias para protocolar duas CPIs", comemorou Pavanato na publicação. Ele destacou que a investigação buscará passar "esses movimentos a limpo".

Propostas semelhantes já foram tentadas antes. Em 2023, o vereador Rubinho Nunes (União Brasil) enfrentou resistência ao sugerir uma CPI focada em ONGs, mas que acabou mirando o padre Júlio Lancellotti, conhecido por sua atuação junto à população em situação de rua. Na época, um inquérito foi aberto para apurar se Rubinho cometeu abuso de autoridade contra o pároco. Para evitar problemas semelhantes, Pavanato garantiu que sua proposta não irá individualizar alvos.

Contrariando a orientação da bancada do PL, Pavanato também usou seu primeiro dia de mandato para marcar posição contra adversários políticos. "Votei 'não' para o PT na mesa da Câmara de São Paulo, porque meu maior compromisso, acima dos acordos internos aqui tratados, é com você que votou em mim na urna", afirmou.

Lucas Pavanato (PL) foi o vereador mais votado da cidade de São Paulo. Próximo ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), a quem classifica como "grande amigo", Pavanato disse ao Estadão que planeja reproduzir o estilo do parlamentar mineiro em São Paulo, mobilizando o eleitorado de direita em torno de temas importantes para esse segmento. "Ele é uma grande inspiração para mim."

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Uma mulher alemã foi encontrada após passar 11 dias perdida em um deserto na Austrália. Para sobreviver, ela se escondeu em cavernas durante o frio de 0º C e bebeu água da chuva.

O jornal britânico The Guardian informou que a mochileira Carolina Wilga, de 26 anos, foi até a pequena cidade de Beacon no dia 29 de junho. Depois de sair de uma loja, ela não entrou mais em contato com a sua família, que ficou preocupada e acionou as autoridades locais.

O carro dela foi encontrado atolado e abandonado em Karroun Hill, a cerca de 150 quilômetros de Beacon, no dia 10 de julho. No dia seguinte, a jovem foi localizada a cerca de 24 quilômetros do veículo, por uma mulher que passava pela região.

Aos policiais, ela explicou que perdeu o controle do automóvel, que ficou instável e acabou atolado, afirma o The Guardian. Carolina esperou um dia ao lado do carro, mas decidiu procurar ajuda após não ver ninguém por perto em mais de 24 horas.

Ainda de acordo com o jornal britânico, a alemã disse que tentou seguir a posição do sol para não se perder e que tinha pouca água e comida, então precisou beber água da chuva e de poças para sobreviver. Ela se abrigou em uma caverna devido ao frio e achou que nunca seria encontrada.

Carolina estava com ferimentos leves, como cortes e hematomas, e foi levada de helicóptero para o hospital Fiona Stanley, em Perth. Apesar do cansaço, fome e desidratação, ela não corria nenhum risco de morte.

Uma inspetora da polícia local disse ao The Guardian que a jovem tomou banho, conversou com a família e comeu e que o estado em que ela foi encontrada era "o melhor resultado que poderíamos esperar".

O Ministério das Relações Exteriores divulgou nota nesta quarta-feira, 23, no qual acusa o governo de Israel de violações sistemáticas de direitos humanos contra palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, no contexto da guerra contra o grupo terrorista Hamas.

Segundo o Itamaraty, Israel faz despudorada da fome como arma de guerra, massacra civis à espera de ajuda humanitária e ataca locais civis, incluindo locais religiosos.

"A esses horrores somam-se contínuas violações do Direito Internacional, como a anexação de territórios pela força e a expansão de assentamentos ilegais. A comunidade internacional não pode permanecer inerte diante das atrocidades em curso", diz a nota.

"O Brasil considera que já não há espaço para ambiguidade moral nem omissão política. A impunidade mina a legalidade internacional e compromete a credibilidade do sistema multilateral", segue o texto.

Na nota, o governo ainda reiterou que a entrada do País como parte na ação que tramita na Corte Internacional de Justiça e acusa Israel de promover genocídio em Gaza, movida pela África do Sul.

Desde o início da guerra, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem sendo criticado pela comunidade judaica por sua posição no conflito e sobre Israel. Lula chegou a comparar as ações israelenses em Gaza, detonadas pelos atentados de 7 de outubro perpetrados pelo grupo terrorista Hamas, ao nazismo, o que é considerado ofensivo pelos judeus.

As rusgas levaram a retirada do embaixador brasileiro em Israel. Não há previsão de substituição.

Com a nota desta quarta, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) afirmou que houve um rompimento do Itamaraty com a tradição diplomática brasileira em relação a Israel. Segundo a entidade, o governo brasileiro "distorce os fatos e adota falsas narrativas".

"A nota oficial do governo Lula sobre o trágico conflito em Gaza mais uma vez demonstra como a política externa brasileira abandonou sua tradição de equilíbrio e moderação sob o comando do presidente Lula e de seu assessor Celso Amorim", declarou a Conib. A nota da entidade também contem críticas à acusação de genocídio da África do Sul, chamada de "não apenas falsa, mas perversa" e diz que a morte dos palestinos é responsabilidade do Hamas.

A pressão internacional contra Israel em virtude do agravamento da epidemia de fome e da morte de civis à espera de ajuda em Gaza tem ganhado força nesta semana.

Mais cedo, mais de 100 entidades de ajuda humanitária alertaram que a "fome em massa" estava se espalhando pela Faixa de Gaza. A OMS se juntou aos apelos para que mais comida seja distribuída aos civis palestinos.

No começo da semana, 25 países, entre eles aliados históricos de Israel, criticaram o país pelo aumento da desnutrição entre os palestinos, que já causaram 21 mortes nos últimos dias.

Israel impediu a entrada de comida em Gaza entre março e maio, argumentando que o Hamas desvia parte da ajuda para fins próprios. Há dois meses, retomou o envio de ajuda, mas sem a participação de entidades humanitárias, e as substituindo por uma ONG ligada ao governo americano.

Desde então, episódios de violência perto da distribuição de ajuda se tornaram comuns, matando mais de 800 pessoas. O Exército israelense alega que age para dispersar a multidão quando a entrega sai do controle.

Um avião ultraleve caiu nesta terça-feira, 22, em uma rodovia movimentada na cidade de Azzano Mella, província de Brescia, Itália. Duas pessoas morreram. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento da colisão entre a aeronave e o asfalto, provocando uma explosão, enquanto vários veículos transitam pelo local.

De acordo com informações do jornal italiano Il Giorno, o ultraleve trazia o casal identificado como Sergio Ravaglia, de 75 anos, e Anna Maria De Stefano, de 60 anos. Eles haviam decolado da província de Piacenza e morreram no acidente.

No vídeo, é possível ver que alguns motoristas não conseguiram frear antes da parede de fogo que se formou na estrada após a explosão. Segundo o Il Giorno, dois veículos, um carro e uma van, passaram pelos destroços e pelas chamas. Um dos motoristas, de 49 anos, saiu ileso, enquanto o outro, de 56, foi levado ao hospital com ferimentos leves.

O jornal italiano afirma que a queda do ultraleve ocorreu por volta das 12h30 no horário local e que a estrada, já congestionada devido ao horário de almoço, foi imediatamente bloqueada, com o tráfego suspenso nos dois sentidos. O trânsito foi desviado para rotas alternativas, o que criou engarrafamentos na área.

O Il Giorno diz ainda que testemunhas relataram ter ouvido um forte estrondo e depois ter visto uma bola de fogo. Não está descartado que o piloto tenha tentado um pouso forçado na estrada. O Ministério Público de Brescia e a Polícia Aérea de Milão investigam as circunstâncias do acidente.