Prefeitura de SP diz que pasta de Projetos Estratégicos estará subordinada à Mello Araújo

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Diante do ruído de comunicação no anúncio dos novos secretários do segundo mandato do prefeito Ricardo Nunes (MDB), a Prefeitura de São Paulo esclareceu, nesta sexta-feira, 3, que a pasta de Projetos Estratégicos, que continuará sob o comando de Edsom Ortega, estará subordinada ao vice-prefeito Mello Araújo (PL). "É importante ressaltar que se revela equivocada qualquer análise no sentido de que o prefeito teria desistido de deixá-lo responsável também pela pasta", diz a nota.

A informação de que o vice-prefeito, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), assumiria a pasta foi confirmada por Nunes em novembro para a imprensa, que chegou a afirmar que uma das atuações da secretaria seria feita na "Cracolândia". No entanto, para surpresa da imprensa, na quinta-feira, 2, Edsom Ortega estava presente na reunião do secretariado e a prefeitura anunciou que ele continuará no comando da secretaria de Projetos Estratégicos. Outra novidade foi o anúncio de que o ex-prefeito de Jundiaí Luiz Fernando Machado (PL) comandará a Secretaria de Desestatização e Parcerias.

"Foi decisão do próprio Araújo, em comum acordo com o prefeito, que ele, no cargo, será responsável por acompanhar, cobrar e delegar ações específicas em diferentes secretarias", continua a nota da Prefeitura. "Mello Araújo já está à frente, por exemplo, do Plano Preventivo de Chuvas de Verão, o qual conta com políticas públicas de todas as pastas relacionadas ao assunto."

Não é a primeira vez que há confusão sobre as nomeações do novo mandato. Na quarta-feira, 1º, havia sido confirmado que a gestão contaria com 22 secretarias, mas a reunião contou com 24 secretários, além de quatro chefes de órgãos e sete secretários executivos.

Até o momento, as pastas executivas de Relações Institucionais, Limpeza Urbana e Segurança Alimentar, Nutricional e de Abastecimento não tiveram secretários anunciados.

Confira as Secretarias do segundo mandato de Ricardo Nunes segundo documento enviado pela Prefeitura, já anunciadas:

- Assistência e Desenvolvimento Social: Eliana Gomes (remanejada, fazia parte da assessoria do chefe de gabinete do prefeito)

- Casa Civil: Enrico Misasi (presidente do MDB de SP) - (remanejado, era secretário Executivo de Relações Institucionais)

- Comunicação: Fábio Portela (jornalista)

- Cultura e Economia Criativa: Totó Parente (MDB) - (ex-secretário de Articulação Institucional do Ministério do Planejamento do governo Lula, filiado ao MDB)

- Desenvolvimento Econômico e Trabalho: Rodrigo Goulart (PSD)

- Direitos Humanos e Cidadania: Regina Santana (MDB) - (remanejada, era secretária de Cultura)

- Educação: Fernando Padula (mantido no posto)

- Esportes e Lazer: Rogério Lins (Podemos, ex-prefeito de Osasco)

- Fazenda: Luis Arellano (mantido no posto)

- Gestão: Marcela Arruda (mantido no posto)

- Governo Municipal: Edson Aparecido (MDB, mantido no posto)

- Habitação: Sidney Cruz (MDB)

- Infraestrutura e Obras: Marcos Monteiro (mantido no posto)

- Inovação e Tecnologia: Milton Vieira (Republicanos) - (remanejado, era secretário de Habitação)

- Justiça: Eunice Prudente (remanejada, era secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho)

- Mobilidade e Trânsito: Celso Jorge Caldeira (indicação do PP)

- Pessoa com Deficiência: Silvia Grecco (mantido no posto)

- Relações Internacionais: Angela Gandra (foi secretária da Família no ministério de Damares Alves, no governo Jair Bolsonaro)

- Saúde: Luiz Carlos Zamarco (mantido no posto)

- Segurança Urbana: Orlando Morando (ex-PSDB)

- Subprefeituras: Fabricio Cobra (ex-PSDB, remanejado, era chefe da Casa Civil)

- Turismo: Rui Alves (Republicanos) - (mantido no posto)

- Verde e Meio Ambiente: Rodrigo Ashiuchi (PL, ex-prefeito de Suzano)

- Urbanismo e Licenciamento: Elisabete França (indicação do União Brasil, mantido no posto)

Secretarias Executivas:

- Desestatização e Parcerias: Luiz Fernando Machado (PL, ex-prefeito de Jundiaí)

- Transporte e Mobilidade Urbana: Gilmar Miranda (mantido no posto)

- Mudanças Climáticas: José Renato Nalini (mantido no posto)

- Programa Mananciais: Maria Teresa Fedeli (mantido no posto)

- Planejamento e Eficiência: Clodoaldo Pelissioni (remanejado, era secretário adjunto de Governo)

- Projetos Estratégicos: Edsom Ortega (mantido no posto)

- Transporte e Mobilidade Urbana: Gilmar Miranda (remanejado, era secretário de Mobilidade e Trânsito)

Em outra categoria

A ex-namorada de Jeffrey Epstein, Ghislaine Maxwell, foi transferida de uma prisão federal na Flórida para uma penitenciária semelhante no Texas à medida que o interesse pelo caso Epstein recebeu nova atenção pública.

Segundo o Departamento Federal de Prisões declarou nesta sexta-feira, 1.º, Maxwell foi transferida para a cidade de Bryan, no Texas. A mudança foi confirmada pela defesa. Os motivos da mudança, entretanto, não foram informados por nenhuma das partes.

Maxwell foi condenada e sentenciada a 20 anos de prisão em 2021 por ajudar Epstein a abusar sexualmente de meninas e adolescentes. Ela estava sob custódia em uma prisão de segurança mínima em Tallahassee, na Flórida, até a transferência.

Nos EUA, as prisões de segurança mínima, também conhecida como campos prisionais, possuem dormitórios, uma proporção baixa de funcionário por detento e poucas cercas, às vezes inexistentes. Elas costumam abrigar detentos que o Departamento de Prisões considera de menor risco de segurança.

Uma das detentas sob custódia na prisão a que Maxwell foi levada, por exemplo, é a fundadora da Theranos, empresa de tecnologia condenada por fraude em exames de saúde, Elizabeth Holmes.

Atenção pública renovada

O caso de Maxwell tem sido objeto de atenção público crescente desde o clamor sobre a declaração do Departamento de Justiça no mês passado relacionado ao caso de Jeffrey Epstein, financista condenado por tráfico sexual nos EUA. O Departamento não liberou novos documentos da investigação, o que causou decepção entre os eleitores de Donald Trump - que havia prometido liberar os documentos durante a campanha presidencial.

Desde então, funcionários do governo se apresentam como promotores de transparência no caso, realizando solicitações aos tribunais para desclassificar transcrições do júri que condenou Epstein e Maxwell.

Na semana passada, a ex-namorada do financista prestou novo depoimento em um tribunal da Flórida durante dois dias na semana passada pelo vice procurador-geral Todd Blanche.

O Comitê de Supervisão da Câmara dos EUA disse que quer falar com Maxwell. A defesa dela afirmou esta semana que ela estaria aberta a uma entrevista, mas apenas se o painel lhe concedesse imunidade contra ação penal por qualquer coisa que ela dissesse.

O Nobel de Economia Paul Krugman alertou para um cenário político "extremamente perigoso" nos Estados Unidos, diante do enfraquecimento da economia e da queda de aprovação do presidente do país, Donald Trump. Em artigo publicado nesta segunda-feira, 4, Krugman afirma que "Trump e o movimento 'Faça a América Grande de Novo (Maga)' não têm o luxo do tempo" e que, se quiserem se manter no poder, precisarão agir de forma "rápida e descarada".

Segundo Krugman, o relatório de empregos (payroll) da última sexta-feira expôs a fragilidade da economia norte-americana sob a liderança de Trump, que reagiu à divulgação dos dados demitindo a chefe do Escritório de Estatísticas do Trabalho (BLS). "O que ele fará quando suas tarifas e deportações começarem a aparecer nos números da inflação?", questiona o economista.

Com base em dados privados e relatos do setor produtivo, Krugman prevê uma alta nos preços nos próximos meses, resultado direto das políticas do republicano. "As empresas, que vinham evitando repassar os custos ao consumidor na esperança de que Trump recuasse, agora se preparam para aumentar os preços", escreve.

Para Krugman, Trump pode até tentar manipular os dados oficiais, mas sem sucesso. "Mesmo que os números digam que está tudo ótimo, ninguém acreditará".

Ele argumenta que o presidente dos EUA "herdou uma economia com baixo desemprego e inflação controlada, mas agora enfrenta um mercado de trabalho em enfraquecimento e uma inflação iminente, sem ninguém além dele mesmo para culpar".

Diante disso, Krugman vê riscos reais à democracia. "Isso infelizmente não significa que eles não possam demolir a democracia. Significa que terão de fazê-lo de forma rápida e descarada."

O economista cita tentativas republicanas de interferir nas eleições legislativas, com ações como restrições ao voto por correspondência, muito usado por democratas. "Grande parte disso é claramente inconstitucional, mas isso não significa que não vá acontecer. Se o autoritarismo vier aos EUA, não conte que será brando."

Uma mulher foi presa no domingo, 3, sob a acusação de negligência infantil depois que um motorista de ônibus encontrou uma menina de 2 anos viva dentro de uma mala que estava guardada no compartimento de bagagem do veículo, na Nova Zelândia. O motorista do ônibus percebeu um movimento dentro da bolsa durante uma parada planejada no assentamento de Kaiwaka, ao norte de Auckland, após um passageiro pedir acesso ao compartimento de bagagem, disse o detetive inspetor Simon Harrison em um comunicado.

Quando o motorista abriu a mala, eles descobriram a menina de 2 anos, que estava muito quente, mas parecia fisicamente ilesa, disse Harrison. As autoridades não divulgaram o tempo que a criança ficou no compartimento de bagagem nem entre quais cidades o ônibus estava viajando. A criança foi levada a um hospital, onde permaneceu na noite de domingo. A neozelandesa presa foi acusada de negligência infantil e deve comparecer ao tribunal nesta segunda-feira, 4. Seu nome não foi divulgado pelas autoridades.

A empresa de ônibus InterCity confirmou à imprensa da Nova Zelândia que o episódio envolveu um de seus veículos. A empresa não cobra passagem para crianças menores de 3 anos, que podem viajar gratuitamente no colo de um adulto. (Com informações da Associated Press)

* Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial.