Prefeitura de SP diz que secretaria de Projetos Estratégicos será subordinada a Mello Araújo

Política
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Diante do ruído de comunicação no anúncio dos novos secretários do segundo mandato do prefeito Ricardo Nunes (MDB), a Prefeitura de São Paulo esclareceu, nesta sexta-feira, que a pasta de Projetos Estratégicos, que continuará sob o comando de Edsom Ortega, estará subordinada ao vice-prefeito Mello Araújo (PL). "É importante ressaltar que se revela equivocada qualquer análise no sentido de que o prefeito teria desistido de deixá-lo responsável também pela pasta", diz a nota.

A informação de que o vice-prefeito, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), assumiria a pasta foi confirmada por Nunes em novembro para a imprensa, que chegou a afirmar que uma das atuações da secretaria seria feita na "Cracolândia". No entanto, para surpresa da imprensa, ontem, Edsom Ortega estava presente na reunião do secretariado e a Prefeitura anunciou que ele continuará no comando da secretaria de Projetos Estratégicos. Outra novidade foi o anúncio de que o ex-prefeito de Jundiaí Luiz Fernando Machado (PL) comandará a Secretaria de Desestatização e Parcerias.

"Foi decisão do próprio Araújo, em comum acordo com o prefeito, que ele, no cargo, será responsável por acompanhar, cobrar e delegar ações específicas em diferentes secretarias", continua a nota da Prefeitura. "Mello Araújo já está à frente, por exemplo, do Plano Preventivo de Chuvas de Verão, o qual conta com políticas públicas de todas as pastas relacionadas ao assunto.

Não é a primeira vez que há confusão sobre as nomeações do novo mandato. Na quarta-feira, 1, havia sido confirmado que a gestão contaria com 22 secretarias, mas a reunião contou com 24 secretários, além de quatro chefes de órgãos e sete secretários executivos.

Até o momento, as pastas executivas de Relações Institucionais, Limpeza Urbana e Segurança Alimentar, Nutricional e de Abastecimento não tiveram secretários anunciados. Confira as Secretarias do segundo mandato de Ricardo Nunes segundo documento enviado pela Prefeitura, já anunciadas:

- Assistência e Desenvolvimento Social: Eliana Gomes (remanejada, fazia parte da assessoria do chefe de gabinete do prefeito)

- Casa Civil: Enrico Misasi (presidente do MDB de SP) - (remanejado, era secretário Executivo de Relações Institucionais)

- Comunicação: Fábio Portela (jornalista)

- Cultura e Economia Criativa: Totó Parente (MDB) - (ex-secretário de Articulação Institucional do Ministério do Planejamento do governo Lula, filiado ao MDB)

- Desenvolvimento Econômico e Trabalho: Rodrigo Goulart (PSD)

- Direitos Humanos e Cidadania: Regina Santana (MDB) - (remanejada, era secretária de Cultura)

- Educação: Fernando Padula (mantido no posto)

- Esportes e Lazer: Rogério Lins (Podemos, ex-prefeito de Osasco)

- Fazenda: Luis Arellano (mantido no posto)

- Gestão: Marcela Arruda (mantido no posto)

- Governo Municipal: Edson Aparecido (MDB, mantido no posto)

- Habitação: Sidney Cruz (MDB)

- Infraestrutura e Obras: Marcos Monteiro (mantido no posto)

- Inovação e Tecnologia: Milton Vieira (Republicanos) - (remanejado, era secretário de Habitação)

- Justiça: Eunice Prudente (remanejada, era secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho)

- Mobilidade e Trânsito: Celso Jorge Caldeira (indicação do PP)

- Pessoa com Deficiência: Silvia Grecco (mantido no posto)

- Relações Internacionais: Angela Gandra (foi secretária da Família no ministério de Damares Alves, no governo Jair Bolsonaro)

- Saúde: Luiz Carlos Zamarco (mantido no posto)

- Segurança Urbana: Orlando Morando (ex-PSDB)

- Subprefeituras: Fabricio Cobra (ex-PSDB, remanejado, era chefe da Casa Civil)

- Turismo: Rui Alves (Republicanos) - (mantido no posto)

- Verde e Meio Ambiente: Rodrigo Ashiuchi (PL, ex-prefeito de Suzano)

- Urbanismo e Licenciamento: Elisabete França (indicação do União Brasil, mantido no posto)

Secretarias Executivas:

- Desestatização e Parcerias: Luiz Fernando Machado (PL, ex-prefeito de Jundiaí)

- Transporte e Mobilidade Urbana: Gilmar Miranda (mantido no posto)

- Mudanças Climáticas: José Renato Nalini (mantido no posto)

- Programa Mananciais: Maria Teresa Fedeli (mantido no posto)

- Planejamento e Eficiência: Clodoaldo Pelissioni (remanejado, era secretário adjunto de Governo)

- Projetos Estratégicos: Edsom Ortega (mantido no posto)

- Transporte e Mobilidade Urbana: Gilmar Miranda (remanejado, era secretário de Mobilidade e Trânsito)

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A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo neste domingo, 9. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. A fala distorcida de Trump foi exibida no programa Panorama de 3 de novembro de 2024, a uma semana das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Em sua rede social, a Truth Social, Donald Trump celebrou a demissão de quem chamou de "jornalistas corruptos". "Essas são pessoas muito desonestas que tentaram manipular as eleições presidenciais. Para piorar, vêm de um país estrangeiro, um que muitos consideram nosso principal aliado. Que terrível para a democracia!", postou.

A ministra britânica da Cultura, Lisa Nandy, havia classificado horas antes como "extremamente grave" a acusação contra a BBC por apresentar declarações de Trump de maneira enganosa.

"É um dia triste para a BBC. Tim foi um excelente diretor-geral durante os últimos cinco anos", afirmou o presidente da Corporação Britânica de Radiodifusão, Samir Shah, em comunicado. Ele acrescentou que Davie enfrentava "pressão constante (...) que o levou a tomar a decisão" de renunciar.

Colagem de trechos separados levou a versão distorcida do discurso

O caso, revelado na terça-feira, 4, baseia-se em um documentário exibido uma semana antes das eleições presidenciais dos EUA de 2024. A BBC é acusada de ter montado trechos separados de um discurso de Trump de 6 de janeiro de 2021 de forma que parece indicar que ele teria dito a seus apoiadores que marchariam com ele até o Capitólio para "lutar como demônios".

Na versão completa, o então presidente republicano - já derrotado nas urnas pelo democrata Joe Biden - diz: "Vamos marchar até o Capitólio e vamos incentivar nossos valentes senadores e representantes no Congresso."

A expressão "lutar como demônios" corresponde, na verdade, a outro momento do discurso.

Em carta enviada ao conselho da BBC e publicada no site, a CEO de notícias disse que a polêmica em torno do programa Panorama sobre o presidente Trump chegou a um ponto em que está prejudicando a BBC - uma instituição que ela adora.

Já Tim Davie, diretor-geral, disse que abdicou ao cargo após intensas exigências pessoais e profissionais de gerir o posto ao longo de muitos anos nestes "tempos turbulentos".

Um dia antes do início oficial da COP30 em Belém, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em sua rede social, a Truth Social, nesta domingo, 9, uma mensagem dizendo que a Amazônia foi destruída para a construção de uma estrada.

"Eles destruíram a floresta amazônica no Brasil para a construção de uma rodovia de quatro faixas para que ambientalistas pudessem viajar", escreveu Trump na mensagem, ressaltando que o caso "se tornou um grande escândalo".

Junto com a mensagem, Trump postou um vídeo de quatro minutos da Fox News, com uma reportagem do enviado da emissora a Belém para cobrir a COP30.

Na reportagem, o editor Marc Morano diz, com uma imagem de Belém ao fundo, que mais de 100 mil árvores foram cortadas na Amazônia para construir a estrada e mostrar como o "governo brasileiro está cuidando da floresta tropical".

Ainda na reportagem postada por Trump, o jornalista destaca que pela primeira vez não há uma delegação oficial dos Estados Unidos em uma conferência das Nações Unidas sobre o clima desde 1992. Mesmo países europeus estão deixando esses compromissos de lado, ressalta o jornalista.

A reportagem fala ainda da queda das vendas de carros elétricos e de demissões em fábricas nos Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que a BBC alterou seu discurso de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio, e celebrou a demissão de "pessoas muito desonestas que tentaram influenciar uma eleição presidencial".

"As principais pessoas da BBC, incluindo TIM DAVIE, o CHEFE, estão todas se demitindo/DEMITIDAS, porque foram pegas 'alterando' meu excelente (PERFEITO!) discurso de 6 de janeiro. Além de tudo, eles são de um país estrangeiro, que muitos consideram nosso Aliado Número Um. Que coisa terrível para a Democracia!", escreveu o republicano na Truth Social.

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo nesta trade. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso de Trump para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio.