Anunciado na Secom, Sidônio Palmeira fala em 'evoluir na área digital' da comunicação

Política
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O publicitário Sidônio Palmeira, que assumirá a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República na semana que vem, falou que é necessário que o governo evolua na parte digital da comunicação. Ele deu a declaração ao lado de seu antecessor, Paulo Pimenta, no Palácio do Planalto. Segundo o futuro Secom, sua gestão é uma espécie de segundo tempo - no sentido de não ser necessário começar tudo do zero.

"Tem uma observação também na parte digital, alguns dizem assim até que é analógico, acho que a gente precisa evoluir nisso", disse Sidônio Palmeira. "É um segundo tempo que estamos começando, não o primeiro tempo", declarou. Ele também mencionou que vem da iniciativa privada, e que nunca trabalhou em um governo. "É uma experiência nova, interessante, é um grande desafio. Eu mesmo vou me cobrar, a comunicação é um negócio muito interessante para um governo", declarou. Ele disse que fará o máximo para manter a transparência do governo.

Lula decidiu trocar a gestão da Secom por julgar que seu governo tem grande número de obras e bons programas sociais, mas que problemas de comunicação impedem que isso se traduza em popularidade junto ao eleitorado. O cenário preocupa porque o presidente precisa estar em alta nas eleições de 2026 para se reeleger ou promover a candidatura de um sucessor.

Segundo Sidônio, é necessário equilibrar "expectativa, gestão e percepção popular". Ele afirmou que prestará informações à imprensa para facilitar a divulgação dos programas do Executivo. Também declarou que comunicação não é um tema só da Secom, mas do governo como um todo.

A demissão de Paulo Pimenta é aguardada em Brasília há pelo menos um mês. Em 6 de dezembro do ano passado, o presidente disse em público que havia problemas na comunicação do governo e que faria as "correções necessárias". Todo o mundo político entendeu a declaração como uma espécie de aviso prévio aberto a Pimenta. Paralelamente a isso, Lula negociava a entrada de Sidônio na gestão federal.

Como mostrou o Broadcast Político, funcionários da Secom já vinham sendo avisados de que seriam demitidos desde segunda-feira, 6. Sidônio levou ao Planalto naquele dia Thiago César, que será seu secretário-executivo, e Paulo Brito, que será seu chefe de gabinete. O movimento deixou claro que a troca era iminente e que os atuais ocupantes desses cargos seriam dispensados.

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O presidente do Chile, Gabriel Boric, condenou o ataque feito à usina hidrelétrica Rucalhue, que está sendo construída no rio Biobío, na região centro-sul do país, na madrugada deste domingo, 20, quando 52 veículos foram incendiados no local.

"Assim como fizemos em outros casos, perseguiremos e encontraremos os responsáveis que deverão responder perante a justiça. Continuaremos trabalhando sem recuar para erradicar todas as formas de violência", disse o mandatário em publicação na rede social X.

De acordo com o adido de Polícia do Chile, Renzo Miccono, indivíduos armados invadiram a localidade por volta das 2h30 da madrugada, ameaçaram quatro guardas de segurança e depois atearam fogo a máquinas.

O empreendimento terá 90 megawatts (MW) de capacidade e enfrenta resistência de povos originários locais e de ambientalistas. No último dia 03 de abril, a Corte de Apelações de Concepción negou dois recursos que pediam a paralisação das obras.

De acordo com a Associated Press, a região do Biobío já havia sido palco de outro ataque incendiário no último dia 7 de abril, quando duas residências e um galpão foram destruídos. Segundo autoridades, o ataque foi reivindicado pela Resistência Mapuche Lafkenche (RML).

A empresa responsável pelo projeto, Rucalhue Energía SpA, controlada da China International Water & Electric Corp (CWE), afirmou que está colaborando com as autoridades para encontrar os responsáveis e reforçar as medidas de segurança.

"Por sorte, não houve feridos graves. No entanto, os danos materiais são significativos. Uma avaliação completa das perdas está sendo feita", disse a companhia em comunicado, acrescentando que o projeto segue toda a regulamentação ambiental, social e técnica.

*Com informações da Associated Press.

O Exército de Israel afirmou que errou ao matar 15 socorristas na Faixa de Gaza. De acordo com relatório sobre o incidente, que ocorreu em 23 de março, foram identificadas "várias falhas profissionais, violações de ordens e uma falha em relatar completamente o incidente", informou a autoridade militar neste domingo, 20.

Na ocasião, uma ambulância em busca de pessoas feridas por um ataque aéreo israelense foi alvo de tiros em um bairro na cidade de Rafah, que fica na fronteira com o Egito. Quando outras ambulâncias chegaram para procurar a equipe desaparecida, também foram alvo de tiros.

"A investigação determinou que o fogo nos dois primeiros incidentes resultou de um mal-entendido operacional pelas tropas, que acreditavam enfrentar uma ameaça tangível por parte das forças inimigas", disse o exército israelense em referência a um possível veículo policial do Hamas.

Israel disse que demitiu o comandante adjunto do Batalhão de Reconhecimento Golani, por fornecer "um relatório incompleto e impreciso durante o debriefing" e repreendeu o oficial comandante da 14ª Brigada, citando sua responsabilidade geral.

Para Jonathan Whittall, chefe do escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza e na Cisjordânia, a investigação militar israelense careceu de responsabilização. "Corremos o risco de continuar assistindo a atrocidades se desenrolarem, e as normas destinadas a nos proteger, se erodindo". Fonte: Dow Jones Newswires.

Em nova publicação no X, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que bombardeios russos chegam a 1.355. "Já houve 67 ataques russos contra nossas posições em várias direções, com o maior número na direção de Pokrovsk. Houve um total de 1.355 casos de bombardeios russos, dos quais 713 envolveram armamento pesado", escreveu, citando relatório do comandante-chefe do exército do país, Oleksandr Syrskyi.

Zelensky também disse que a Ucrânia propõe cessar-fogo de 30 dias, com a possibilidade de prorrogação. "A Ucrânia propõe o fim de qualquer ataque com drones e mísseis de longo alcance contra a infraestrutura civil por um período de pelo menos 30 dias, com a possibilidade de prorrogação."

O presidente ucraniano também afirmou que, "se a Rússia não concordar com essa medida, isso será uma prova de que ela pretende continuar fazendo apenas coisas que destroem vidas humanas e prolongam a guerra", acrescentou na publicação.

Desde que o acordo de cessar-fogo durante o feriado de Páscoa foi proposto pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, no último sábado, 19, Zelensky afirma que os bombardeios continuam na Ucrânia, publicando em sua conta no X dados sobre os ataques.