O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que há um grande esforço do governo em torno da coesão de discurso para que não haja margem para interpretação em medidas anunciadas.
Em entrevista ao programa Estúdio I, da Globonews, ele ponderou que ao falar sobre problemas de comunicação, não está se referindo à Secretaria de Comunicação (Secom), ligada à Presidência da República, mas ao governo como um todo. A fala ocorre no momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria tomado a decisão de substituir o ministro Paulo Pimenta, que chefia a Secom desde o início do governo e faz parte dos quadros do PT, pelo publicitário Sidônio Palmeira.
Haddad disse que a direção da comunicação do governo não muda, pois é dada pelo presidente da República. Mas ponderou que olhar para os erros do passado serve como oportunidade para melhoria. Questionado sobre a comunicação do pacote de contenção de gastos, que também trouxe o anúncio da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, ele avalia que houve uma questão.
"O problema foi misturar imposto de renda com contenção de gastos. Eu acredito que esse foi um dos problemas. Talvez o tempo de maturação das medidas tenha sido excessivo, tenha gerado expectativas", pontuou.
Haddad voltou a pontuar que havia um problema interno de comunicação do governo e um cenário externo desafiador. A junção dos dois fatores culminou na escalada do dólar e piora das expectativas. Por isso, o governo tenta corrigir a questão da comunicação. "Penso que está havendo um esforço grande de coesão em torno de um discurso mais chapado sobre o que nós pretendemos fazer, que não dê margem", disse.
Haddad: Há esforço do governo de coesão em torno de discurso que não dê margem à interpretação
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