Nome de Bolsonaro aparece em 1º lugar em concurso para professor em cidade do ES

Política
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Uma pessoa usou o nome de Jair Messias Bolsonaro na seleção para professor de educação física na cidade de São Mateus, no Espírito Santo. O nome do ex-presidente apareceu no primeiro lugar no concurso para a função na rede de ensino fundamental do município, divulgado no dia 27 deste mês.

O suposto Bolsonaro atingiu 75 pontos e foi considerado apto para ocupar o cargo de professor de educação física. No resultado, consta que o candidato nasceu no dia 29 de março de 1995, com licenciatura plena em educação física, curso de educação de campo e registro no Conselho Regional de Educação Física do Espírito Santo (CREF-ES).

O caso gerou um alerta nas autoridades, que investigam quem teria utilizado "dados falsos" durante a inscrição. A Prefeitura de São Mateus diz que a inclusão do nome de Jair Bolsonaro "decorreu do uso de dados falsos na inscrição". A Secretaria Municipal de Educação do município afirmou que "está adotando as providências cabíveis junto às autoridades competentes".

A Secretaria disse ainda que trabalha em conjunto com a Procuradoria Municipal de São Mateus para esclarecer o ocorrido. "Esclarecemos que o resultado classificatório divulgado em 27 de janeiro não é definitivo", ressaltou.

O órgão salientou que para ocupar a vaga o candidato ainda deve passar por outras etapas do processo seletivo, como análise documental e análise de recursos. Após a repercussão do caso, a prefeitura divulgou uma retificação com o resultado preliminar do concurso com o indeferimento da candidatura do suposto Bolsonaro.

Já o Conselho Regional de Educação Física confirmou que não há qualquer registro de Jair Messias Bolsonaro vinculado à entidade.

"O papel do CREF22/ES é regulamentar e fiscalizar a profissão, garantindo que apenas profissionais habilitados atuem, fortalecendo a categoria e promovendo o reconhecimento da Educação Física. Sobre o caso mencionado, informamos que a pessoa em questão não possui registro no CREF22/ES", diz o órgão em nota.

Para realizar a inscrição, o candidato deveria anexar uma declaração comprovando tempo de serviço na área, cópias de títulos de qualificação e responder a um questionário com informações pessoais. O salário previsto para a vaga é de R$ 2.403,73.

"É de inteira responsabilidade do candidato a veracidade das informações e os documentos a serem anexados à inscrição", informou o edital.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou cortar o financiamento federal a "qualquer faculdade, escola ou universidade que permita protestos ilegais". Em sua conta na Truth Social, Trump afirmou que "agitadores serão presos ou enviados permanentemente de volta ao país de onde vieram. Estudantes americanos serão expulsos permanentemente ou, dependendo do crime, presos."

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs nesta terça-feira, 4, um plano de 800 bilhões de euros, nomeado "REARM Europe", para fortalecer as defesas das nações da União Europeia (UE), visando diminuir o impacto de um possível "desengajamento" dos Estados Unidos e fornecer à Ucrânia força militar para negociar com a Rússia, após a pausa da ajuda americana aos ucranianos.

O pacote ainda será apresentado aos 27 líderes da união. Na quinta-feira, 6, os representantes europeus realizarão uma reunião de emergência em Bruxelas para tratar sobre o assunto. "Não preciso descrever a grave natureza das ameaças que enfrentamos", disse von der Leyen. Fonte: Associated Press.

O Ministério das Relações Exteriores, em nota divulgada nesta segunda-feira (3), lamentou a suspensão da entrada da ajuda humanitária na Faixa de Gaza por Israel. "O governo brasileiro deplora a decisão israelense de suspender a entrada de ajuda humanitária em Gaza, que exacerba a precária situação humanitária e fragiliza o cessar-fogo em vigor", diz o texto do Itamaraty.

Israel interrompeu a entrada de todos os bens e suprimentos na Faixa de Gaza no domingo (2) e advertiu sobre "consequências adicionais" caso o Hamas não aceite uma nova proposta para estender o cessar-fogo.

O Itamaraty diz que o Brasil pede a "imediata reversão da medida", recordando que "Israel tem obrigação - conforme reconhecido pela Corte Internacional de Justiça em suas medidas provisórias de 2024 - de garantir a prestação de serviços básicos essenciais e assistência humanitária à população de Gaza, sem impedimentos". A nota afirma ainda que a obstrução deliberada e o uso político da ajuda humanitária constituem grave violação do direito internacional humanitário.

O governo brasileiro defende que as partes promovam o estrito cumprimento dos termos do acordo de cessar-fogo e o engajamento nas negociações "a fim de garantir cessação permanente das hostilidades, retirada das forças israelenses de Gaza, libertação de todos os reféns e estabelecimento de mecanismos robustos para ingresso de assistência humanitária desimpedida, previsível e na necessária escala."