O que os novos presidentes da Câmara e do Senado já falaram sobre anistia do 8 de Janeiro

Política
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Os novos presidentes do Congresso, eleitos neste sábado, dia 1º, afirmam que podem pautar a discussão sobre anistia aos extremistas do 8 de Janeiro, mas ressaltam que o tema divide o Legislativo.

Enquanto Hugo Motta (Republicanos-PB), eleito na Câmara, promete uma análise "imparcial" da proposta, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que retorna ao comando do Senado, quer uma discussão "pacífica" sobre o tema.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já responsabilizou 898 pessoas pelos atos golpistas de 8 de Janeiro, segundo relatório divulgado pelo gabinete de Alexandre de Moraes em janeiro. Os processos somam 371 condenações, além de 527 acordos com o Ministério Público Federal (MPF).

A anistia aos réus e condenados do Ataque aos Três Poderes é uma das bandeiras do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que estima que uma versão ampliada do projeto possa anular suas condenações na esfera eleitoral e habilitá-lo para a eleição presidencial de 2026.

Hugo Motta prometeu levar a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro ao colégio de líderes da Câmara, a instância que reúne as lideranças dos partidos e, em consenso, decide a pauta da Casa. Segundo o novo presidente da Câmara, a anistia é o tema "que mais divide a Casa hoje" e, por isso, deve ser debatida "com imparcialidade".

"Com certeza, esse será um tema levado para essas reuniões nos próximos dias, e vamos conduzir com a maior imparcialidade possível", disse Motta durante uma entrevista coletiva a veículos de imprensa da Paraíba. O projeto de lei que pretende anistiar os envolvidos no 8 de Janeiro aguarda a criação de uma comissão especial na Câmara.

Para Davi Alcolumbre, o Senado não pode interditar o debate sobre anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro. O amapaense, porém, também afirma que o tema não irá "pacificar o Brasil".

"Se nós continuarmos trazendo à tona assuntos que trazem a discórdia em vez da concórdia, nós vamos passar nos corredores do Senado Federal e ver senadores de diferentes partidos agredindo uns aos outros", disse o novo presidente do Senado em entrevista à GloboNews.

Alcolumbre diz que o desejo de parte dos congressistas, tanto no Senado quanto na Câmara, é o debate sobre a anistia, e não, propriamente, um apoiamento ao projeto. "O que houve é o desejo de parte do Senado e da Câmara de debater a anistia. E nós não podemos nos furtar de debater qualquer assunto. Discutir o assunto não quer dizer que está apoiando o tema", diz o senador do Amapá.

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A partir de 12 de outubro, turistas que entrarem em Portugal, Espanha, França, Itália ou outros 25 países na Europa podem não ter mais seus passaportes carimbados. Parte do continente vai substituir o tradicional selo por um sistema eletrônico.

O objetivo, segundo a União Europeia, é agilizar o controle de fronteiras e aumentar a segurança. O registro de entrada no país será feito por meio de dados biométricos, com reconhecimento facial e impressões digitais.

Sem acarretar custos extras ao viajante, a mudança será gradual e está prevista para ser concluída até abril de 2026.

Países europeus que vão trocar carimbo por sistema eletrônico:

Áustria

Bélgica

Bulgária

Croácia

República Tcheca

Dinamarca

Estônia

Finlândia

França

Alemanha

Grécia

Hungria

Islândia

Itália

Letônia

Liechtenstein

Lituânia

Luxemburgo

Malta

Holanda

Noruega

Polônia

Portugal

Romênia

Eslováquia

Eslovênia

Espanha

Suécia

Suíça

O Hamas condenou a visita do enviado especial dos Estados Unidos ao Oriente Médio, Steve Witkoff, a centros de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Segundo o grupo, a visita foi uma "peça teatral previamente preparada para enganar a opinião pública, embelezar a imagem da ocupação e conceder-lhe uma cobertura política".

A chamada Fundação Humanitária de Gaza, supervisionada por Israel e visitada por Witkoff, é descrita pelo Hamas como uma entidade "criada para completar os capítulos de assassinato e genocídio". Para o grupo, os EUA têm responsabilidade direta na crise humanitária. "O governo americano é um parceiro completo no crime de fome e genocídio que ocorre diante dos olhos e ouvidos do mundo inteiro", escreveu.

O Hamas ainda exigiu que Washington retire seu apoio a Israel, defendam um cessar-fogo e promovam a "retirada do exército de ocupação israelense e o levantamento do cerco injusto ao nosso povo". O grupo afirma que o atual alinhamento dos EUA às ações israelenses aprofundam a "catástrofe humanitária" e perpetuam o conflito na região.

As Forças Armadas da Ucrânia afirmaram hoje que realizaram ataques bem-sucedidos contra "infraestruturas críticas" da Rússia, incluindo duas refinarias de petróleo, em resposta aos recentes bombardeios russos contra cidades ucranianas. Segundo comunicado divulgado pelo Comando Militar por meio do Telegram, foram atingidas as refinarias de Riazã e Novokuibyshevsk, duas das maiores do país, segundo a estatal que as administra, além de um depósito de combustível na região de Voronej.

De acordo com o comunicado, "foi confirmado o impacto em empresas da indústria de refino de petróleo do país ocupante Rússia". Além disso, drones ucranianos atacaram com sucesso "a base de combustíveis e lubrificantes 'Anna Naftoprodukt' na região de Voronej".

As forças ucranianas também disseram ter danificado uma fábrica militar na região de Penza. Segundo o texto, "foi atingida a empresa Elektroprylad, que se especializa na produção de sistemas de telecomunicações protegidos, equipamentos criptográficos e placas de circuito para equipamentos militares".

O ataque, segundo Kiev, foi uma retaliação direta aos "recentes ataques terroristas da Rússia contra cidades ucranianas, que resultaram em civis mortos e feridos". O texto afirma que explosões e incêndios foram registrados nos locais atingidos e que informações mais detalhadas sobre as consequências dos ataques estão sendo apuradas.

Os militares ucranianos prometeram manter os ataques até um cessar-fogo completo da "agressão armada da Federação Russa contra a Ucrânia".