Entenda a 'guerra dos bonés' entre governo e oposição no retorno do Congresso

Política
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O início do ano legislativo no Congresso Nacional foi marcado por uma disputa entre a base governista e pela oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O embate não foi entre propostas e sim entre bonés, inspirados nos utilizados pelos apoiadores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que se transformaram em instrumentos de provocação entre os parlamentares nesta segunda, 3.

Neste sábado, 1°, os ministros licenciados do governo Lula que possuem mandatos no Congresso Nacional apareceram com bonés azuis (cor relacionada ao Partido Democrata, opositor de Trump nos EUA) com os dizeres "O Brasil é dos brasileiros". Segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a ideia partiu do novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), o marqueteiro Sidônio Palmeira. "Pedi para o Sidônio pensar uma frase, Sidônio mandou a frase. Foi um sucesso", disse Padilha no sábado.

Segundo a assessoria de Padilha, já foram confeccionados 100 bonés, das mais variadas cores, distribuídos para os parlamentares governistas. Nesta segunda, 3, deputados do PSOL e do PT, por exemplo, estiveram com peças fabricadas em verde e amarelo, cor da bandeira brasileira.

A referência utilizada por Sidônio é o lema de Trump "Make America Great Again (Torne a América Grande de Novo, na tradução), adotado nas campanhas de Trump. Tanto o republicano como os seus apoiadores adotaram bonés com o mesmo estilo das fabricadas pelos aliados de Lula.

Nesta segunda, a oposição decidiu usar o vestuário para responder à base governista. O novo líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), fabricou 30 bonés em verde e amarelo com a frase: "Comida barata novamente. Bolsonaro 2026". A provocação não parou por aí, também houve paródias com uma marca famosa de café chamada na peça de "Nemcafé" e uma foto de Bolsonaro em uma embalagem de carne com os dizeres: "Picanha Black".

O líder do PL na Câmara desenvolveu a ideia desde o domingo, 2, e disse que foi uma resposta direta a Sidônio. Em uma postagem nas redes sociais, o parlamentar mostrou como foi a distribuição das peças no gabinete da liderança do partido.

"Um recado para o Brasil todo aqui. Comida barata novamente, Bolsonaro 2026. Ninguém aguenta mais pagar café caro. Nem picanha e nem café", disse Sóstenes.

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O secretário de Estados dos EUA, Marco Rubio, disse nesta terça, 11, que a Ucrânia deu um passo positivo ao aceitar o cessar-fogo de 30 dias proposto pelos americanos e espera que os russos retribuam. "A bola agora está no campo da Rússia em relação à paz na Ucrânia".

Rubio declarou à jornalistas que o único jeito de sair da guerra é com uma negociação e que o cessar-fogo "é um início para as discussões de como acabar com a guerra de forma permanente".

Em coletivo junto ao secretário de Estado, o assessor de segurança nacional dos EUA, Mike Waltz, afirmou que irá falar com seu homólogo russo nos próximos dia.

Sobre prazos para assinatura de um acordo, Waltz e Rubio disseram que querem realizá-lo o mais cedo possível.

O Hamas anunciou nesta terça-feira, 11, o início das negociações com Israel e um representante dos Estados Unidos para a segunda fase de um cessar-fogo na Faixa de Gaza. "Esperamos que esta rodada traga avanços significativos para o início da próxima fase das negociações, pavimentando o caminho para o fim da agressão, a retirada da ocupação de Gaza e a conclusão de um acordo de troca de prisioneiros", afirmou o grupo.

O Hamas também declarou que o governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, é responsável "politicamente, legalmente, humanitariamente e moralmente" pelo apoio irrestrito ao governo de ocupação extremista de Israel, que, segundo o grupo, comete crimes de assassinato e deslocamento forçado contra o povo palestino.

Em um comunicado, o movimento exigiu que a comunidade internacional, junto a organizações humanitárias e de direitos humanos, pressione Israel para interromper as "graves violações" que, segundo o Hamas, podem "ameaçar" a segurança e a estabilidade na região e no mundo.

O primeiro-ministro da província canadense de Ontário, Doug Ford, alertou nesta terça, 11, sobre uma possível "recessão Trump" e afirmou que não "hesitará" em interromper as exportações de energia elétrica para os Estados Unidos, caso o republicano continue a "prejudicar famílias canadenses".

Em entrevista à CNBC, Ford declarou: "Se entrarmos em uma recessão, ela será chamada de recessão Trump". Ao ser questionado sobre a possibilidade de paralisar as exportações de eletricidade, ele acrescentou: "Essa é a última coisa que eu quero fazer. Eu quero enviar mais eletricidade para os EUA, para nossos aliados mais próximos ou nossos melhores vizinhos do mundo. Quero enviar mais eletricidade."

No entanto, Ford destacou que a energia é uma "ferramenta em nosso arsenal" no contexto da guerra comercial promovida por Trump. "À medida que ele Trump continua prejudicando as famílias canadenses, as famílias de Ontário, eu não hesitarei em fazer isso. Essa é a última coisa que eu quero fazer", completou.

As declarações de Ford ocorreram após Trump anunciar uma tarifa adicional de 25% sobre o aço e alumínio canadenses, elevando a taxa para 50%, em resposta à sobretaxa de 25% imposta por Ontário sobre a eletricidade exportada para os EUA.