Juiz proíbe entrevistas do hacker de Moro e Deltan

Política
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Alçado ao centro do noticiário em meados de 2019, quando foi preso pela Polícia Federal (PF) sob acusação de invadir e roubar mensagens de celulares de autoridades, Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", deve ficar longe dos holofotes nos próximos meses. Em audiência nesta quinta-feira, 25, o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, responsável pelo processo aberto na esteira do ataque cibernético, avisou que qualquer nova entrevista ou vazamento de informações sobre o caso pode levá-lo de volta à prisão. "Se você realmente reincidir e comentar a respeito deste processo, não tem outra alternativa que não a sua volta à prisão", avisou o magistrado. "Para sua segurança, por favor, não se exponha", acrescentou.

O juiz avisou que determinou uma fiscalização da Polícia Federal para monitorar eventuais descumprimentos da ordem judicial. "Você está cumprindo medidas cautelares. Então a sua situação é bastante instável. Veja as outras pessoas que estão sendo processadas. Elas não dão entrevistas, elas estão cumprindo (as medidas). Qualquer dúvida elas vêm aqui ao juízo: se pode ou não trabalhar, qual é o termo da decisão (...). Bem diferente do que você fez. Essa questão de expor conteúdo de mensagem que está sendo apurado, realmente viola a privacidade das pessoas", explicou.

A sessão foi marcada para decidir sobre um novo pedido do Ministério Público Federal (MPF) para mandar Delgatti de volta à cadeia. Na avaliação da Procuradoria, ele violou as medidas cautelares impostas pela Justiça ao acessar a internet para conceder entrevistas sobre as mensagens hackeadas.

"Não só as pessoas inicialmente atingidas, mas outras autoridades que nem tem por sinal contato direto com a questão de fundo, também estão tendo sua honra maculada com essas entrevistas", defendeu o representante do MPF na audiência.

Neste momento, o juiz negou o pedido, com a ressalva de que qualquer nova violação poderá ser sucedida por uma ordem de prisão. O magistrado observou que o hacker já teria burlado outras proibições, como na ocasião em que concedeu entrevista a veículos de imprensa por meio dos antigos advogados durante audiências na prisão.

"É uma conduta que vem se repetindo. Sempre falando coisas desse processo, vinculando esta investigação. Ele extrapolou essa questão falando das mensagens. Ele está sendo processado justamente sob essa acusação, de invasão de dispositivos informáticos, então realmente não fica bem, viola o bem jurídico de intimidade essa questão dele dar publicidade ao que ele teria hackeado", disse.

Antes de decidir, o juiz ouvir o advogado Ariovaldo Moreira e o próprio Walter Delgatti. Os dois se comprometeram a por fim às entrevistas sobre o caso. A defesa justificou que as declarações foram intermediadas pelo advogado, de modo que o hacker não acessou diretamente a internet.

"No dia, eu acessei a entrevista, porque o advogado ligou um cabo no computador e o monitor de televisão. Eu entendi que, como eu estava em frente à televisão assistindo e falando, eu não estava utilizando a internet. Eu não sabia que eu não podia falar sobre os hackeados, entre aspas. Eu não tinha esse conhecimento. Então foi esse o motivo pelo qual eu acabei falando. Mas eu peço desculpas, eu garanto que em hipótese alguma eu considerei outra entrevista e estou arrependido", disse Delgatti ao juiz.

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O secretário de Estados dos EUA, Marco Rubio, disse nesta terça, 11, que a Ucrânia deu um passo positivo ao aceitar o cessar-fogo de 30 dias proposto pelos americanos e espera que os russos retribuam. "A bola agora está no campo da Rússia em relação à paz na Ucrânia".

Rubio declarou à jornalistas que o único jeito de sair da guerra é com uma negociação e que o cessar-fogo "é um início para as discussões de como acabar com a guerra de forma permanente".

Em coletivo junto ao secretário de Estado, o assessor de segurança nacional dos EUA, Mike Waltz, afirmou que irá falar com seu homólogo russo nos próximos dia.

Sobre prazos para assinatura de um acordo, Waltz e Rubio disseram que querem realizá-lo o mais cedo possível.

O Hamas anunciou nesta terça-feira, 11, o início das negociações com Israel e um representante dos Estados Unidos para a segunda fase de um cessar-fogo na Faixa de Gaza. "Esperamos que esta rodada traga avanços significativos para o início da próxima fase das negociações, pavimentando o caminho para o fim da agressão, a retirada da ocupação de Gaza e a conclusão de um acordo de troca de prisioneiros", afirmou o grupo.

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Em um comunicado, o movimento exigiu que a comunidade internacional, junto a organizações humanitárias e de direitos humanos, pressione Israel para interromper as "graves violações" que, segundo o Hamas, podem "ameaçar" a segurança e a estabilidade na região e no mundo.

O primeiro-ministro da província canadense de Ontário, Doug Ford, alertou nesta terça, 11, sobre uma possível "recessão Trump" e afirmou que não "hesitará" em interromper as exportações de energia elétrica para os Estados Unidos, caso o republicano continue a "prejudicar famílias canadenses".

Em entrevista à CNBC, Ford declarou: "Se entrarmos em uma recessão, ela será chamada de recessão Trump". Ao ser questionado sobre a possibilidade de paralisar as exportações de eletricidade, ele acrescentou: "Essa é a última coisa que eu quero fazer. Eu quero enviar mais eletricidade para os EUA, para nossos aliados mais próximos ou nossos melhores vizinhos do mundo. Quero enviar mais eletricidade."

No entanto, Ford destacou que a energia é uma "ferramenta em nosso arsenal" no contexto da guerra comercial promovida por Trump. "À medida que ele Trump continua prejudicando as famílias canadenses, as famílias de Ontário, eu não hesitarei em fazer isso. Essa é a última coisa que eu quero fazer", completou.

As declarações de Ford ocorreram após Trump anunciar uma tarifa adicional de 25% sobre o aço e alumínio canadenses, elevando a taxa para 50%, em resposta à sobretaxa de 25% imposta por Ontário sobre a eletricidade exportada para os EUA.