Ministério das Mulheres institui plano de combate ao assédio após acusações contra ministra

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O Ministério das Mulheres instituiu o plano de enfrentamento ao assédio e à discriminação nesta quinta-feira, 13. A medida publicada no Diário Oficial da União (DOU) será implementada pela pasta comandada por Cida Gonçalves, que foi alvo de denúncias de suposta prática de assédio moral e xenofobia no ministério, como mostrou o Estadão.

O Programa Federal de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação na Administração Pública Federal já havia sido anunciado pelo governo Lula no último ano, após as crises com denúncias contra o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida.

Agora, o Ministério das Mulheres também adotará as ações de prevenção e combate a casos de assédio e discriminação. O Plano Setorial de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação se aplica a todos os servidores e empregados do ministério. Segundo a pasta, a Corregedoria deverá acompanhar também a empresa que contrata os trabalhadores terceirizados.

O plano inclui a criação de cartilhas, vídeos educativos e guias práticos sobre ética, assédio e discriminação, além da realização de palestras e workshops. De acordo com o Ministério das Mulheres, também serão organizados encontros regulares para discussão de temas relacionados ao assédio e à discriminação e formações obrigatórias sobre racismo estrutural.

Ministra foi alvo de denúncias de supostas prática de assédio

A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República apuram denúncias formais feitas por ex-servidoras do Ministério das Mulheres que faziam parte da equipe de Cida Gonçalves. A ministra é acusada de suposta prática de assédio moral e xenofobia na pasta.

Além da ministra, foram apresentadas acusações contra a secretária-executiva do ministério, Maria Helena Guarezi, a corregedora interna, Dyleny Teixeira Alves da Silva, e a ex-diretora de Articulação Institucional Carla Ramos.

O Estadão teve acesso aos relatos que envolvem ameaças de demissão a servidoras, cobrança de trabalho em prazo exíguo, tratamento hostil, manifestações de preconceito e gritos. As condutas podem configurar assédio moral. A pasta disse que as acusações são anônimas e carecem de "elementos concretos".

Em outra categoria

A partir de 12 de outubro, turistas que entrarem em Portugal, Espanha, França, Itália ou outros 25 países na Europa podem não ter mais seus passaportes carimbados. Parte do continente vai substituir o tradicional selo por um sistema eletrônico.

O objetivo, segundo a União Europeia, é agilizar o controle de fronteiras e aumentar a segurança. O registro de entrada no país será feito por meio de dados biométricos, com reconhecimento facial e impressões digitais.

Sem acarretar custos extras ao viajante, a mudança será gradual e está prevista para ser concluída até abril de 2026.

Países europeus que vão trocar carimbo por sistema eletrônico:

Áustria

Bélgica

Bulgária

Croácia

República Tcheca

Dinamarca

Estônia

Finlândia

França

Alemanha

Grécia

Hungria

Islândia

Itália

Letônia

Liechtenstein

Lituânia

Luxemburgo

Malta

Holanda

Noruega

Polônia

Portugal

Romênia

Eslováquia

Eslovênia

Espanha

Suécia

Suíça

O Hamas condenou a visita do enviado especial dos Estados Unidos ao Oriente Médio, Steve Witkoff, a centros de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Segundo o grupo, a visita foi uma "peça teatral previamente preparada para enganar a opinião pública, embelezar a imagem da ocupação e conceder-lhe uma cobertura política".

A chamada Fundação Humanitária de Gaza, supervisionada por Israel e visitada por Witkoff, é descrita pelo Hamas como uma entidade "criada para completar os capítulos de assassinato e genocídio". Para o grupo, os EUA têm responsabilidade direta na crise humanitária. "O governo americano é um parceiro completo no crime de fome e genocídio que ocorre diante dos olhos e ouvidos do mundo inteiro", escreveu.

O Hamas ainda exigiu que Washington retire seu apoio a Israel, defendam um cessar-fogo e promovam a "retirada do exército de ocupação israelense e o levantamento do cerco injusto ao nosso povo". O grupo afirma que o atual alinhamento dos EUA às ações israelenses aprofundam a "catástrofe humanitária" e perpetuam o conflito na região.

As Forças Armadas da Ucrânia afirmaram hoje que realizaram ataques bem-sucedidos contra "infraestruturas críticas" da Rússia, incluindo duas refinarias de petróleo, em resposta aos recentes bombardeios russos contra cidades ucranianas. Segundo comunicado divulgado pelo Comando Militar por meio do Telegram, foram atingidas as refinarias de Riazã e Novokuibyshevsk, duas das maiores do país, segundo a estatal que as administra, além de um depósito de combustível na região de Voronej.

De acordo com o comunicado, "foi confirmado o impacto em empresas da indústria de refino de petróleo do país ocupante Rússia". Além disso, drones ucranianos atacaram com sucesso "a base de combustíveis e lubrificantes 'Anna Naftoprodukt' na região de Voronej".

As forças ucranianas também disseram ter danificado uma fábrica militar na região de Penza. Segundo o texto, "foi atingida a empresa Elektroprylad, que se especializa na produção de sistemas de telecomunicações protegidos, equipamentos criptográficos e placas de circuito para equipamentos militares".

O ataque, segundo Kiev, foi uma retaliação direta aos "recentes ataques terroristas da Rússia contra cidades ucranianas, que resultaram em civis mortos e feridos". O texto afirma que explosões e incêndios foram registrados nos locais atingidos e que informações mais detalhadas sobre as consequências dos ataques estão sendo apuradas.

Os militares ucranianos prometeram manter os ataques até um cessar-fogo completo da "agressão armada da Federação Russa contra a Ucrânia".