Afonso Motta nega envolvimento com desvio de emendas e deve exonerar assessor investigado

Política
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O deputado federal Afonso Motta (PDT-RS) disse, após reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que não tem envolvimento com o escândalo de desvio de emendas parlamentares investigado pela Polícia Federal (PF). Afonso saiu em defesa do secretário parlamentar dele, que foi alvo de uma operação deflagrada nesta quinta-feira, 13. O parlamentar acabou admitindo que deve exonerar o assessor na próxima semana.

"Em momento algum eu apareço como investigado, mas é claro que isso não diminui a nossa preocupação com as circunstâncias do nosso trabalho. A forma de proceder que sempre tivemos foi a de fazer o encaminhamento das emendas com critério, cumprindo com as formalidades", afirmou Afonso.

Quando a operação da PF foi deflagrada, Afonso Motta estava em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Ele pegou um avião para Brasília apenas para se reunir com Hugo Motta.

Segundo o parlamentar do PDT, ele ainda não conversou com o secretário parlamentar Lino Rogério da Silva, alvo da PF. Os dois moram juntos em um apartamento funcional em Brasília, que foi vasculhado pelos policiais.

Afonso Motta disse que o presidente da Câmara prestou "solidariedade" durante a conversa que durou pouco mais de duas horas no gabinete do comandante da Casa. O gaúcho afirmou ainda que está "preocupado" e "sensibilizado" e que sempre acompanha as indicações feitas pelo gabinete.

"Eu estou preocupado e sensibilizado pelo fato de que é inadmissível uma circunstância como essa que, de certa forma, atinge o meu mandato. Muito mais que a questão pessoal é o mandato que fica limitado e recebe uma censura", disse Afonso Motta.

Afonso ainda saiu em defesa do secretário parlamentar e disse que tem "certeza" de que as irregularidades apontadas pela PF incriminam o lobista Cliver André Fiegenbaum e o Hospital Ana Nery, de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande de Sul. Os policiais coletaram, porém, conversas entre o assessor Lino e Fiegenbaum que indicam um acerto de propina em troca da indicação de emendas.

"É um contrato de prestação de serviços entre esse intermediário e o Ana Nery. Não tem nada que envolva o nosso gabinete e que envolva o próprio Lino nesse processo", afirmou.

Afonso disse ainda que trabalha com o secretário há mais de 15 anos e que, após a operação da PF, ele vai desocupar o imóvel funcional em Brasília até esta sexta-feira, 14.

Na manhã desta quinta, o presidente da Câmara disse que vê "com tranquilidade" a operação, deflagrada após ordem do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). "Vamos acompanhar. Os órgãos da Casa estão acompanhando para garantir que tudo seja conduzido da forma mais correta possível", afirmou.

A operação desta quinta foi nomeada como EmendaFest, e fez buscas em 11 endereços residenciais e comerciais ligados aos investigados em Brasília e nos municípios gaúchos de Estrela, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Lajeado.

Durante as buscas, a PF apreendeu mais de R$ 350 mil em dinheiro vivo. Os policiais também encontraram dois celulares no forro da parede de um escritório.

Segundo Dino, as provas reunidas demonstram a participação dos investigados para o "sucesso da destinação de emendas parlamentares para o Hospital Ana Nery e a consequente apropriação por particulares de parte desses recursos".

Segundo apurou o Estadão, a PF apurou que as propinas tinham um contrato de captação e nota fiscal. O valor combinado teria sido de 6% sobre a três emendas ao hospital, no valor total de R$ 1 milhão, nos anos de 2023 e 2024.

O PDT, partido de Afonso, deve acompanhar as investigações e uma possível punição ao parlamentar pode ser avaliado pelo conselho de ética da sigla.

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*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

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Essa será a mais recente mudança na Casa Branca desde que o republicano voltou ao cargo em janeiro. Também será a primeira mudança estrutural na mansão desde a adição da varanda Truman em 1948.

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'Sou bom em construir coisas'

Trump promete há meses construir um salão de festas, com a justificativa de que a Casa Branca não tem espaço suficiente para grandes eventos. Ele também zombava da ideia de receber chefes de Estado e outros convidados em tendas no gramado, como os governos anteriores faziam para jantares oficiais com centenas de convidados.

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"Há mais de 150 anos que querem um salão de festas na Casa Branca, mas nunca houve um presidente que fosse bom em salões de festas ", afirmou Trump aos repórteres nesta quinta-feira. "Sou bom em construir coisas e vamos construir rapidamente e dentro do prazo. Vai ficar lindo, top, top de linha."

Ele afirmou que o novo salão de festas não interferirá na mansão em si. "Ele ficará próximo, mas não encostará nela e respeitará totalmente o edifício existente, do qual sou o maior fã", acrescentou ele sobre a Casa Branca. "É o meu favorito. É o meu lugar favorito. Eu o adoro."

Trump disse que o salão de festas servirá aos futuros governos. "Será um grande projeto de legado", disse ele. "Acho que ficará realmente lindo."

Arrecadação de US$ 200 milhões

O salão de festas de 8.361 metros quadrados será construído onde fica a Ala Leste, com capacidade para 650 pessoas sentadas. A Ala Leste abriga vários escritórios, incluindo o da primeira-dama. Esses escritórios serão temporariamente realocados durante a construção e essa ala do edifício será modernizada e renovada, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt. "Nada será demolido", afirmou ela.

A chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles, informou que o presidente, cuja carreira inicial foi no setor imobiliário e de construção, e sua equipe da Casa Branca estão "totalmente comprometidos" em trabalhar com as organizações apropriadas para preservar a "história especial" da mansão.

"O presidente Trump é um construtor nato e tem um olho extraordinário para os detalhes", disse Wiles em comunicado.

Leavitt disse em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira que Trump e outros doadores se comprometeram a arrecadar os cerca de US$ 200 milhões necessários para os custos de construção. Ela não revelou os nomes dos outros doadores.

Simulações de como será o futuro salão de baile foram publicadas no site da Casa Branca.

O presidente escolheu a McCrery Architects, com sede em Washington, como arquiteta principal do projeto. A equipe de construção será liderada pela Clark Construction. A engenharia será fornecida pela AECOM.

Trump também tem outro projeto em mente. Ele disse à NBC News em uma entrevista que pretende substituir o que ele chamou de banheiro "terrivelmente" reformado no famoso Quarto Lincoln por um que tenha um estilo mais próximo do século XIX. (COM INFORMAÇÕES DA AP)

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.