Eduardo Paes e Flávio Bolsonaro trocam provocações e fazem 'textão' nas redes

Política
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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) trocaram ofensas nas redes sociais nesta quinta-feira, 13. Os dois escreveram textos no X (antigo Twitter), e se referiram um ao outro com termos como "rei da rachadinha" e "nervosinho".

 

O filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começou a discussão publicando um longo texto em que critica a atuação do prefeito da capital fluminense. Ele também fez referência à possibilidade de Paes ou um aliado político dele chegar ao governo estadual.

 

"Nervosinho, você entende de maquiagem, não de segurança. Está no quarto mandato e não conseguiu resolver os problemas básicos do Rio. Só lorota! Não vamos deixar você trazer essa bagunça pro Estado inteiro. A segurança pública do Rio nunca daria certo com você e seus aliados petistas que romantizam o crime", escreveu Flávio.

 

Ele também citou o show da cantora Lady Gaga, que o prefeito confirmou na quinta-feira. O evento deve ocorrer em maio. "No show da Lady Gaga, não esqueça, chame a polícia que você tanto critica, se não os eleitores de Lula/Paes vão fazer um estrago. Menos circo e mais segurança!", pediu.

 

Eduardo Paes respondeu: "Comecei o dia com o tal do mineiro e vou ter que terminar com o rei da rachadinha, provavelmente falando desde sua mansão de milhões de reais comprada com chocolate da Kopenhagen". Flávio era dono de uma loja da marca em um shopping na Barra da Tijuca, mas abriu mão da franquia em 2021, em meio às acusações de que estaria usando o estabelecimento para lavagem de dinheiro, segundo investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).

 

No mesmo dia, a apresentação de Gaga e o tema da segurança pública na cidade também foram motivos de críticas ao prefeito por parte do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Ele postou um vídeo gravado durante um tiroteio na Avenida Brasil, uma das principais vias da cidade. "Ainda bem que o prefeito do RJ providenciou o show da Lady Gaga no carnaval", disse.

 

Paes rebateu o deputado, afirmando que a responsabilidade pela segurança pública é do aliado e correligionário do deputado, o governador do Estado, Cláudio Castro (PL).

 

Em resposta a Flávio Bolsonaro, Eduardo Paes atribuiu a ele e seus aliados os problemas na polícia do Rio citados pelo senador. "Acabaram com a Secretaria de Segurança e encheram de apadrinhados seus no comando de nossa PM e da Polícia Civil! O dedo de vcs é podre pro Rio de Janeiro. Aliás, acho que você devia largar essa 'proteção' do mandato de senador e vir disputar o governo do Estado. Pára de terceirizar e vem enfrentar a disputa contra o candidato que vou apoiar", publicou.

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O assessor de Política Externa da Presidência, Celso Amorim, afirmou que o Brasil reforçará seu compromisso com o Brics, dobrando a aposta diante das ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas aos integrantes do bloco. Neste domingo, 27, Trump, afirmou que não irá adiar o seu prazo para impor tarifas de 50% sobre seus parceiros comerciais, inclusive o Brasil.

Em entrevista ao Financial Times, Amorim disse que os ataques de Trump estão fortalecendo as relações do País com o Brics. Ele negou que a aliança seja ideológica, mas que o bloco deve defender a ordem global multilateral, à medida que os EUA a abandonam.

"Queremos ter relações diversificadas e não depender de nenhum país", disse o assessor ao veículo britânico, citando parceiros na Europa, América do Sul e Ásia.

Nessa linha, o embaixador defendeu que a União Europeia ratifique rapidamente o acordo com o Mercosul, seja pelo ganho econômico imediato, seja pelo equilíbrio que o tratado pode trazer em meio à guerra comercial.

Amorim também afirmou que o Canadá manifestou interesse em negociar um acordo de livre comércio com o Brasil. Além disso, ele indica que o foco do governo Lula em seu último ano deve ser maior na América do Sul.

O presidente brasileiro busca maior integração regional, já que o subcontinente negocia menos internamente do que com outras partes do mundo.

Trump e o governo brasileiro

Neste mês, Trump prometeu impostos de 50% sobre o Brasil e exigiu o fim do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de planejar um golpe.

A interferência de Trump nos assuntos internos brasileiros é algo que, segundo Amorim, não ocorreu nem nos tempos coloniais. "Não acho que nem mesmo a União Soviética teria feito algo assim", comparou.

Por outro lado, o embaixador negou que o Brasil queira que a China seja a vencedora da disputa comercial, embora o gigante asiático seja o maior parceiro comercial do País. Ele sustenta que "não é intenção nossa intenção" que Pequim triunfe com as tarifas de Trump e nega que o Brics seja ideológico.

"Os países não têm amigos, somente interesses", afirmou Amorim ao fim da entrevista. "Trump não tinha nem amigos, nem interesses, somente desejos. Uma ilustração de poder absoluto", concluiu.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que "o Hamas rouba a comida enviada para Gaza". Segundo Trump, haveria "roubo" também do dinheiro que deveria ser usado para comprar comida para a região.

"Demos US$ 60 milhões para comida em Gaza, nenhum outro país ajudou", afirmou, mencionando que o país continua enviando ajuda humanitária.

Trump disse ainda não saber o que vai acontecer em Gaza. "Pais israelenses me pediram para conseguir o corpo de seus filhos", comentou em relação ao conflito.

A respeito do conflito entre Camboja e Tailândia, Trump afirmou ter ligado para os primeiros-ministros desses países e dito que "só haverá acordo se pararem sua guerra". "Olhei para o Camboja e a Tailândia e pensei 'essa é fácil'", disse. "Se eu usar o comércio para parar a guerra, é uma honra", acrescentou.

OTAN

O presidente norte-americano disse ainda que o país tem gastado muito com a OTAN por muitos anos. "Nossa reunião da OTAN foi muito boa. A relação está muito boa", ponderou Trump, ao acrescentar: "O gasto certo com defesa é 5% do PIB".

Trump aproveitou a conversa com jornalistas ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para dizer que seu governo está fazendo "um bom trabalho com a imigração nos EUA".

O assessor de Política Externa da Presidência, Celso Amorim, afirmou que o Brasil reforçará seu compromisso com o Brics, dobrando a aposta diante das ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas aos integrantes do bloco.

Em entrevista ao Financial Times, Amorim disse que os ataques de Trump estão fortalecendo as relações do País com o Brics. Ele negou que a aliança seja ideológica, mas que o bloco deve defender a ordem global multilateral, à medida que os EUA a abandonam.

"Queremos ter relações diversificadas e não depender de nenhum país", disse o assessor ao veículo britânico, citando parceiros na Europa, América do Sul e Ásia. Nessa linha, o embaixador defendeu que a União Europeia ratifique rapidamente o acordo com o Mercosul, seja pelo ganho econômico imediato, seja pelo equilíbrio que o tratado pode trazer em meio à guerra comercial. O Canadá também foi citado: segundo ele, o país manifestou interesse em negociar um acordo de livre-comércio com o Brasil.

A interferência de Trump nos assuntos internos brasileiros, como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, é algo que, segundo Amorim, não ocorreu nem nos tempos coloniais. "Não acho que nem mesmo a União Soviética teria feito algo assim", comparou.

Amorim disse que o último ano do governo Lula deve concentrar a política externa na América do Sul. O presidente brasileiro busca maior integração regional, já que o subcontinente negocia menos internamente do que com outras partes do mundo.

Por outro lado, o embaixador negou que o Brasil queira que a China seja a vencedora da disputa comercial, embora o gigante asiático seja o maior parceiro comercial do País.

"Os países não têm amigos, somente interesses", afirmou Amorim ao fim da entrevista. "Trump não tinha nem amigos, nem interesses, somente desejos. Uma ilustração de poder absoluto", concluiu.