O que Mauro Cid disse depois de voltar a ser preso por áudios vazados pela 'Veja'

Política
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O tenente-coronel Mauro Cid precisou fazer novas revelações à Polícia Federal (PF) para garantir sua soltura e a manutenção do acordo de delação, após ser preso preventivamente em março de 2024, quando áudios divulgados pela revista Veja mostraram ataques dele à corporação e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

No depoimento, cujo sigilo foi derrubado nesta quarta-feira, 19, pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, Cid revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro não apenas tinha conhecimento dos documentos e minutas de teor golpista apresentados aos comandantes das Forças Armadas, mas também ordenou o monitoramento de Moraes.

Na ocasião, Cid, que estava em liberdade após firmar um acordo de delação premiada, foi preso novamente após prestar depoimento. Na decisão, Moraes considerou que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro havia violado as regras do acordo ao comentar sobre as investigações.

Para garantir sua soltura e a manutenção dos benefícios da delação, Cid fez novas revelações, confirmando que Bolsonaro tinha conhecimento das minutas golpistas e que a ordem para monitorar Moraes partiu do próprio ex-presidente.

Além disso, Cid reforçou o envolvimento do general Braga Netto, detalhando sua participação nas articulações e no financiamento de operações conduzidas por integrantes das forças especiais do Exército, conhecidos como "Kids pretos".

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que foi solto cerca de dois meses depois, em maio de 2024, afirmou ainda que o conteúdo do áudio não passava de um desabafo. "Você quer chutar a porta e acaba falando besteira. Todo mundo, acaba dizendo coisas que não eram para serem ditas", declarou ao ser questionado durante seu depoimento no Supremo.

A decisão de Moraes de derrubar o sigilo da delação premiada de Cid ocorre um dia após a denúncia do ex-presidente Bolsonaro e de 33 aliados no inquérito do golpe.

Em nota, a defesa de Jair Bolsonaro rebate a denúncia da PGR chamando-a de "inepta", "precária" e "incoerente". Os advogados do ex-presidente também alegam que a denúncia é baseada em um acordo de colaboração "fantasioso" do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.

O posicionamento de Bolsonaro também afirma que, "a despeito dos quase dois anos de investigações, (...) nenhum elemento que conectasse minimamente o (ex-) presidente à narrativa construída na denúncia foi encontrado".

Em nota, os advogados José Luis Oliveira Lima e Rodrigo Dall'Acqua, que representam Braga Netto, chamam a denúncia de "fantasiosa". O texto diz ainda que o general "está preso há mais de 60 dias e ainda não teve amplo acesso aos autos, encontra-se preso em razão de uma delação premiada que não lhe foi permitido conhecer e contraditar". "A defesa confia na Corte, que o STF irá colocar essa malfadada investigação nos trilhos", conclui.

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