Câmara sob Motta aprova seis projetos em seis minutos; saiba quais

Política
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez uma votação relâmpago nesta quinta-feira, 20. Não houve orientações e discussões para um requerimento de urgência e cinco projetos para que Motta conseguisse ir ao Rio, onde vai participar de agenda com o governador Cláudio Castro (PL).

Motta aprovou em 55 segundos após iniciar a discussão o requerimento de urgência de um projeto da base governista que permite a apuração de crédito a microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional. Com a decisão, a proposta pode ser votada na próxima semana.

Nos outros cinco minutos, Motta aprovou cinco acordos internacionais. Dois deles aprovavam textos do Estatuto do Comitê Internacional de Medicina Militar (CIMM) e do Conselho do Mercado Comum. Os outros três abordavam tratados com a Argentina, Cazaquistão e Ucrânia. A deliberação da ordem do dia começou ás 10:34 e terminou às 10:40.

Segundo a Presidência, as votações de quinta, por priorizar acordos internacionais na ordem do dia, costumam ser rápidas. Para o líder do PDT na Câmara, Mário Heringer (MG), as propostas foram aprovadas em seis minutos, pois já foram debatidas anteriormente. "Os projetos já foram discutidos na reunião anterior. São os remanescentes da pauta", afirmou Heringer.

A reunião de líderes também foi feita a toque de caixa. Um líder chegou à reunião um pouco depois das 9h e encontrou a sala vazia. Outra liderança disse que nunca havia visto um encontro tão rápido antes.

O motivo da correria de Motta é a agenda que deve ter com Castro, onde deve receber uma homenagem do governo fluminense. As votações rápidas ocorreram um dia após ele dar uma bronca nos deputados após uma batalha de gritos motivada pela denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na reunião de líderes, Motta indicou que deve votar na semana que vem o Projeto de Lei Complementar (PLP) dos restos a pagar, projeto que resgata recursos do orçamento secreto, e o PLP do mérito do chamado "Acredita Exportação", nome dado a dois projetos que ampliam acesso ao crédito e dão alíquotas diferenciadas para empresas que exportam. O último texto é uma demanda do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que se encontrou com o chefe da Câmara na segunda, 17.

Além dos dois projetos complementares, a Câmara deve votar na semana que vem 13 propostas que não foram votadas nesta semana. Por conta da pausa para o Carnaval, as votações vão ocorrer da terça até a quinta e não deve haver reunião de líderes.

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O Hamas condenou a visita do enviado especial dos Estados Unidos ao Oriente Médio, Steve Witkoff, a centros de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Segundo o grupo, a visita foi uma "peça teatral previamente preparada para enganar a opinião pública, embelezar a imagem da ocupação e conceder-lhe uma cobertura política".

A chamada Fundação Humanitária de Gaza, supervisionada por Israel e visitada por Witkoff, é descrita pelo Hamas como uma entidade "criada para completar os capítulos de assassinato e genocídio". Para o grupo, os EUA têm responsabilidade direta na crise humanitária. "O governo americano é um parceiro completo no crime de fome e genocídio que ocorre diante dos olhos e ouvidos do mundo inteiro", escreveu.

O Hamas ainda exigiu que Washington retire seu apoio a Israel, defendam um cessar-fogo e promovam a "retirada do exército de ocupação israelense e o levantamento do cerco injusto ao nosso povo". O grupo afirma que o atual alinhamento dos EUA às ações israelenses aprofundam a "catástrofe humanitária" e perpetuam o conflito na região.

As Forças Armadas da Ucrânia afirmaram hoje que realizaram ataques bem-sucedidos contra "infraestruturas críticas" da Rússia, incluindo duas refinarias de petróleo, em resposta aos recentes bombardeios russos contra cidades ucranianas. Segundo comunicado divulgado pelo Comando Militar por meio do Telegram, foram atingidas as refinarias de Riazã e Novokuibyshevsk, duas das maiores do país, segundo a estatal que as administra, além de um depósito de combustível na região de Voronej.

De acordo com o comunicado, "foi confirmado o impacto em empresas da indústria de refino de petróleo do país ocupante Rússia". Além disso, drones ucranianos atacaram com sucesso "a base de combustíveis e lubrificantes 'Anna Naftoprodukt' na região de Voronej".

As forças ucranianas também disseram ter danificado uma fábrica militar na região de Penza. Segundo o texto, "foi atingida a empresa Elektroprylad, que se especializa na produção de sistemas de telecomunicações protegidos, equipamentos criptográficos e placas de circuito para equipamentos militares".

O ataque, segundo Kiev, foi uma retaliação direta aos "recentes ataques terroristas da Rússia contra cidades ucranianas, que resultaram em civis mortos e feridos". O texto afirma que explosões e incêndios foram registrados nos locais atingidos e que informações mais detalhadas sobre as consequências dos ataques estão sendo apuradas.

Os militares ucranianos prometeram manter os ataques até um cessar-fogo completo da "agressão armada da Federação Russa contra a Ucrânia".

Ataques com drones ucranianos durante a madrugada deste sábado, 2, mataram três pessoas, informaram autoridades russas. O Ministério da Defesa da Rússia disse que as defesas aéreas interceptaram ou destruíram 112 drones em oito regiões russas e na Península da Crimeia, ocupada pela Rússia.

Um ataque com drones na região de Rostov, na fronteira com a Ucrânia, matou uma pessoa, disse o governador interino Yuri Slyusar. Mais longe da linha de frente, uma mulher foi morta e outras duas pessoas ficaram feridas em um ataque com drones a instalações comerciais na região de Penza, de acordo com o governador regional Oleg Melnichenko. Na região de Samara, os destroços de um drone provocaram um incêndio que matou um idoso, disse o governador regional Vyacheslav Fedorishchev.

De acordo com a força aérea ucraniana, a Rússia lançou 53 drones contra a Ucrânia durante a madrugada de sábado. Ela disse que as defesas aéreas abateram ou bloquearam 45 drones.

Onze pessoas ficaram feridas em um ataque com drones durante a madrugada na região de Kharkiv, disse o governador Oleh Syniehubov no sábado. Os ataques recíprocos com drones ocorreram após um dia de luto na capital ucraniana, Kiev, na sexta-feira, depois que um ataque com drones e mísseis russos matou 31 pessoas, incluindo cinco crianças, e feriu mais de 150.

Os ataques contínuos ocorrem depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, concedeu ao presidente russo, Vladimir Putin, um prazo mais curto - até 8 de agosto - para que os esforços de paz avancem.

Trump afirmou na quinta-feira, 31, que o enviado especial Steve Witkoff está indo para a Rússia para pressionar Moscou a concordar com um cessar-fogo na guerra com a Ucrânia e ameaçou com novas sanções econômicas se não houver progresso.