Carlos Bolsonaro chora em evento do PL ao lembrar eleição que disputou contra a mãe

Política
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O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), chorou ao lembrar do início da carreira política em discurso no Seminário de Comunicação do partido, em Brasília. Ele se emocionou ao lembrar que, aos 17 anos, disputou o pleito municipal contra a mãe, Rogéria Nantes. Bolsonaro também estava no evento do PL nesta sexta-feira, 21.

"Confesso que não sabia onde estava me metendo. [Comecei] simplesmente porque amava uma pessoa [Jair Bolsonaro], fiz uma tatuagem no meu braço com 17 anos de idade. E ele me deu a oportunidade de ser candidato a vereador na cidade do Rio de Janeiro, em uma separação com minha mãe", disse Carlos.

Ele disputou a primeira eleição em 2000. O então deputado federal Jair Messias Bolsonaro escalou Carlos para concorrer com a mãe a eleição que poderia levá-la ao terceiro mandato na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Também mãe do senador Flávio (PL-RJ) e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ela foi a primeira pessoa da família que Bolsonaro introduziu na vida pública.

Carlos se elegeu o vereador mais jovem da história do município, com 16.053 votos - o triplo dos eleitores de Rogéria, que teve 5.109. Na época, Jair Bolsonaro disse ao Estadão que atribuía a vitória à "transferência de votos" e que não considerava o ocorrido uma eleição de filho contra mãe, "mas sim de filho com o pai".

Durante seu discurso no evento, o "filho zero dois" também falou sobre sua filha, que nasceu nos Estados Unidos, e sobre supostos ataques sofridos pelo pai.

"Eles não querem calá-lo [a Bolsonaro], querem calar vocês. Ele não precisava estar passando pelo que ele passa hoje. Atualmente, a gente dá um tiro e toma dez, mas o importante é que está fazendo parte ainda da mudança do nosso país", declarou.

Segundo dados da Câmara Municipal do Rio de Janeiro de 2024, em 23 anos de legislatura como vereador Carlos havia aprovado 67 propostas em que aparece como autor ou coautor: seis emendas à Lei Orgânica, cinco Leis Complementares, 43 Leis Ordinárias, sete Decretos Legislativos e seis Resoluções.

Como mostrado pelo Estadão, trata-se de menos de um projeto de lei de autoria própria - e sem coautoria de outros parlamentares - por ano. Apenas 19 são assinadas apenas pelo vereador.

Ativo nas redes sociais, Carlos era considerado o "cabeça" por trás das estratégias de comunicação do clã Bolsonaro. Diante da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra seu pai e outras 33 pessoas, ele saiu em defesa do ex-presidente e de si mesmo nas redes sociais.

Carlos criticou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens no governo Bolsonaro. Em acordo de delação premiada, Cid afirmou que o vereador do Rio de Janeiro era o líder do gabinete do ódio, revelado pelo Estadão em 2019, que funcionava em uma "salinha pequenininha" que "não tinha nem janela" no mesmo andar do gabinete do ex-presidente.

"Cada segundo fica mais claro que o coronel das Forças Especiais, com 'curso de bolinhas de gude e peteca', conhecido como Mauro Cid, não é apenas um pobre coitado que sofria ameaças para delatar. Em suas colocações assinadas, expõe falsas acusações sem provar nada a todo momento", afirmou Carlos em postagem no X, antigo Twitter.

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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou nesta segunda-feira, 10, que forças americanas realizaram bombardeios contra duas embarcações supostamente ligadas ao tráfico de drogas no Oceano Pacífico. Seis pessoas morreram no ataque em águas internacionais, de acordo com Hegseth.

"Nossa inteligência sabia que essas embarcações estavam associadas ao contrabando de narcóticos ilícitos, transportavam narcóticos e transitavam por uma rota de narcotráfico conhecida", disse Hegseth em uma postagem na rede social X, que incluía um vídeo dos barcos sendo atingidos.

O secretário de Defesa acrescentou que os bombardeios ocorreram o domingo, 9. Desde setembro, os Estados Unidos explodiram 17 barcos na região e mais de 70 pessoas foram mortas. As operações fazem parte de uma estratégia do governo Trump de combate ao narcotráfico que se concentra no Mar do Caribe.

"Como já dissemos antes, os ataques a embarcações de narco-terroristas continuarão até queo envenenamento do povo americano pare", apontou Hegseth nas redes sociais. Ele afirmou que a embarcação era "operada por uma Organização Terrorista Designada".

Esclarecimentos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, justifica os ataques alegando que os Estados Unidos estão em "conflito armado" com os cartéis de drogas, mas o governo republicano não forneceu evidências ou mais detalhes. Hegseth e o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, tiveram uma reunião com um pequeno grupo de líderes congressistas na última quarta-feira, 5, sobre a crescente campanha militar, em um dos primeiros contatos de membros do gabinete de Trump com o Congresso americano sobre o tema.

Até agora, republicanos no Capitólio estão em silêncio ou expressando confiança na campanha militar. Já os democratas disseram que o Congresso precisa de mais informações sobre como os ataques são conduzidos e a justificativa legal para ações que críticos dizem violar a lei internacional e dos EUA ao matar supostos traficantes de drogas em águas internacionais.

Na última quinta-feira, 6, senadores republicanos votaram para rejeitar uma legislação que teria limitado a capacidade de Trump de lançar um ataque contra a Venezuela.

Crise na Venezuela

Nos últimos meses, os Estados Unidos reuniram um grande contingente de navios de guerra, caças e aeronaves de vigilância na costa da Venezuela, em meio a uma campanha militar de Washington contra o que afirma serem organizações criminosas transnacionais.

Washington acusa o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, de liderar o chamado Cartel de Soles, classificado como organização terrorista pelo governo Trump. Segundo os EUA, Maduro é o responsável pelo envio de drogas ao território americano.

Por conta das acusações e o caráter bélico das operações no Caribe, analistas questionam se Washington pode de fato querer uma mudança de regime em Caracas. Em outubro, Trump autorizou operações da CIA contra a Venezuela e disse que estava considerando realizar ataques em terra contra cartéis do tráfico de drogas no país. O líder republicano ainda não tomou uma decisão sobre uma intervenção, mas o Pentágono e agências de inteligência ofereceram três alternativas de ação ao presidente Donald Trump.

A primeira opção envolveria ataques aéreos contra instalações militares venezuelanas, algumas das quais poderiam estar envolvidas no tráfico de drogas, com o objetivo de minar o apoio militar a Maduro. Se Maduro acreditar que não está mais protegido, pode tentar fugir - ou, ao se deslocar pelo país, tornar-se mais vulnerável à captura, dizem as autoridades. Mas os críticos dessa abordagem alertam que ela poderia ter o efeito oposto, fortalecendo o apoio ao líder sitiado.

Uma segunda abordagem prevê o envio de forças de Operações Especiais dos Estados Unidos, como a Força Delta do Exército ou o SEAL Team 6 da Marinha (principal unidade de resgate de reféns e contraterrorismo), para tentar capturar ou matar Maduro.

Nessa opção, o governo Trump buscaria contornar as proibições contra o assassinato de líderes estrangeiros argumentando que Maduro é, antes de tudo, o chefe de uma quadrilha de narcoterroristas, uma extensão dos argumentos usados para justificar os ataques aéreos dos EUA contra embarcações que, segundo o governo, transportam drogas.

O Departamento de Estado oferece uma recompensa de US$ 50 milhões (R$ 270 milhões) pela prisão ou condenação de Maduro. O governo Trump também pode argumentar que, como Maduro reprimiu a oposição e trabalhou para fraudar as eleições, ele não é o líder legítimo do país. O governo de Joe Biden se recusou a reconhecê-lo como presidente da Venezuela depois que ele declarou vitória no ano passado.

Uma terceira opção envolve um plano muito mais complexo para enviar forças antiterroristas americanas a fim de assumir o controle de aeroportos e de pelo menos alguns dos campos de petróleo e infraestrutura da Venezuela. Essas duas últimas opções acarretam riscos muito maiores para militares americanos em terra - sem mencionar os civis -, especialmente se a operação ocorrer em ambiente urbano como Caracas, a capital do país. (Com informações de agências internacionais)

Um tribunal de apelações de Paris decidiu liberar o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy da prisão e colocá-lo sob supervisão judicial, em anúncio realizado nesta segunda-feira, 10. A ação acontece menos de três semanas após Sarkozy começar a cumprir uma sentença de cinco anos por conspiração criminosa em um esquema para financiar sua campanha eleitoral de 2007 com fundos da Líbia.

Segundo o tribunal, Sarkozy será proibido de deixar o território francês e um julgamento de apelação deve ocorrer posteriormente.

Ele se tornou o primeiro ex-chefe de Estado francês em tempos modernos a ser enviado para trás das grades após sua condenação em 25 de setembro, mas nega qualquer irregularidade.

Durante a audiência realizada nesta segunda-feira, Sarkozy, falando da prisão La Santé em Paris via videoconferência, argumentou que sempre cumpriu todos os requisitos da justiça.

"Eu nunca imaginei que experimentaria a prisão aos 70 anos. Esta provação me foi imposta, e eu a vivi. É difícil, muito difícil", disse ele. Fonte: Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que a BBC alterou seu discurso de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio, e celebrou a demissão de "pessoas muito desonestas que tentaram influenciar uma eleição presidencial".

"As principais pessoas da BBC, incluindo TIM DAVIE, o CHEFE, estão todas se demitindo/DEMITIDAS, porque foram pegas 'alterando' meu excelente (PERFEITO!) discurso de 6 de janeiro. Além de tudo, eles são de um país estrangeiro, que muitos consideram nosso Aliado Número Um. Que coisa terrível para a Democracia!", escreveu o republicano na Truth Social.

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo nesta trade. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso de Trump para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio.