'Ainda Estou Aqui': Lula, Dilma e Alcolumbre parabenizam filme por prêmio no Oscar

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Políticos foram às redes sociais nesta segunda-feira, 3, parabenizar o filme Ainda Estou Aqui, que ganhou o primeiro Oscar da história do cinema brasileiro. O filme dirigido por Walter Salles venceu na categoria de Melhor Filme Internacional - também havia sido indicado como Melhor Filme e Melhor Atriz, com Fernanda Torres, mas o rival Anora levou as duas estatuetas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que assistiu à cerimônia ao vivo ao lado da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e que sentiu orgulho de ser brasileiro. "Orgulho do nosso cinema, dos nossos artistas e, principalmente, orgulho da nossa democracia", escreveu ele na legenda de uma foto que dizia "Nós vamos sorrir".

O petista disse ainda que o filme mostrou "ao Brasil e ao mundo a importância da luta contra autoritarismo". O longa-metragem conta a luta de Eunice Paiva para reaver o corpo de seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, e fazer o Estado brasileiro admitir oficialmente que ele foi torturado e morto pela ditadura.

"Querida Fernanda Torres, você honrou o Brasil com sua brilhante atuação em Ainda Estou Aqui e encantou o mundo todo vivendo a grande Eunice Paiva. Receba um abraço e um beijo carinhoso meu e da Janja", disse o presidente em outra publicação. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), comentou que foi uma vitória do Brasil, do cinema brasileiro e da democracia.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que foi presa e torturada pelo regime militar, disse que a história de Rubens Paiva e sua família pôde ser contada graças ao trabalho da Comissão Nacional da Verdade, criada durante seu governo para investigar os crimes da ditadura, o que desagradou aos militares à época.

"Nossa emoção é ainda maior porque a premiação celebra uma obra que presta tributo à civilização, à humanidade e aos brasileiros que sofreram com a extinção das liberdades democráticas, lutando contra a ditadura militar", disse a petista.

A presidente do PT e ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) relacionou o roteiro à tentativa de golpe após as eleições de 2022, que segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República foi liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Desculpa pessoal, mas teve clima de Copa do Mundo sim! E teve taça! Parabéns Walter Salles! Que incrível a trajetória de sucesso do filme Ainda Estou Aqui. E num momento tão delicado, onde a nossa democracia mais esteve em perigo. Viva a cultura brasileira!", disse a petista.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), preferiu dar ares institucionais e parabenizar a equipe do longa-metragem em nome do Congresso Nacional, sem citar a história narrada no filme.

"O filme, que já vinha sendo celebrado por sua excelência artística e narrativa sensível, agora entra definitivamente para a história do cinema mundial. A vitória no Oscar não é apenas um prêmio para a equipe do filme, mas para todo o Brasil, que vê sua cultura ser reconhecida e aplaudida na maior premiação do cinema", afirmou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi sucinto. "É nosso! Parabéns a todo o elenco de Ainda Estou Aqui por esse feito histórico".

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) também comemorou. "Mais um orgulho em ser brasileiro, a cidade de São Paulo está em festa", escreveu.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), declarou que a vitória foi um "marco inesquecível" para a história do País e do cinema nacional, enquanto Eduardo Leite (PSDB-RS), que governa o Rio Grande do Sul, disse que a obra tem "coragem de olhar para as feridas abertas do nosso passado".

"Um filme que nos lembra que a memória é fundamental para construirmos um futuro mais justo. A história da família Paiva, contada com tanta sensibilidade por Walter Salles, é também a história de muitas famílias brasileiras que tiveram suas vidas destroçadas pela violência da ditadura. Um período que jamais deve ser esquecido ou romantizado", afirmou Leite.

Em outra categoria

Um motorista invadiu uma zona de pedestres na cidade de Mannhein, no sudoeste da Alemanha, e atropelou dezenas de pessoas que celebravam o carnaval nesta segunda-feira, 3, segundo a polícia. Uma pessoa morreu.

A polícia da cidade, que fica a 80 quilômetros de Frankfurt e perto da fronteira com a França, disse ainda que um suspeito foi preso. A polícia também pediu que os moradores locais permanecessem em casa.

Testemunhas ouvidas pela agência de notícias Reuters disseram que várias pessoas foram vistas caídas no chão após o atropelamento e que duas delas estavam sendo reanimadas pelas equipes de emergência.

A multidão atropelada participava de um desfile de rua de carnaval, que é celebrado em diversas regiões na Alemanha, ainda de acordo com a imprensa local.

O incidente ocorreu quando multidões se reuniam em cidades de várias regiões, incluindo a Renânia, na Alemanha, para desfiles que marcavam a temporada de carnaval.

Este é o segundo ataque como esse na Alemanha em menos de um mês. Em fevereiro, um motorista afegão atropelou dezenas de pessoas em Munique. O ataque, considerado terrorista pelas autoridades alemãs, matou mãe e filha e deixou diversas pessoas feridas.

A polícia estava em alerta máximo para os desfiles de carnaval deste ano depois que contas nas redes sociais ligadas ao grupo terrorista Estado Islâmico fizeram apelos para ataques durante os eventos nas cidades de Colônia e Nuremberg. Não foram registrados incidentes nessas cidades. (Com agências internacionais)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma publicação na Truth Social nesta segunda-feira, 3, e disse que "amanhã à noite será grandioso", sem dar detalhes a que se referia. A publicação acontece em meio a negociações de paz para a guerra entre Rússia e Ucrânia, e às vésperas das tarifas contra Canadá e México entrarem em vigor.

Minutos antes, Trump publicou na sua conta na Truth Social que "o único presidente que não deu nenhuma terra da Ucrânia para a Rússia de Putin é o presidente Donald J. Trump". "Lembre-se disso quando os democratas fracos e ineficazes criticam, e as fake news alegremente divulgam qualquer coisa que eles dizem!", acrescentou.

Na sexta-feira, 28, o republicano recebeu o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, na Casa Branca, porém os líderes tiveram uma discussão que resultou no cancelamento da reunião na qual se previa a assinatura de um acordo envolvendo minerais ucranianos. Após o ocorrido, Zelenski disse que o acordo está pronto para ser assinado e sinalizou que busca retomar as negociações com os EUA. Traders circulam a informação de que o presidente americano pode anunciar investimentos nesta semana.P

O ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, ressaltou a necessidade da Europa reforçar o investimento no setor de defesa, após o desentendimento entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, na Casa Branca, na sexta-feira, 28. A fala aconteceu em entrevista para a rádio France Inter, nesta segunda-feira.

De acordo com o representante francês, o encontro entre os líderes no Salão Oval poderia ter sido melhor. "Precisamos levantar a nossa defesa para deter a ameaça", disse ao mencionar a "terceira guerra mundial" citada pelo líder americano na semana passada.

Na ocasião, Barrot afirmou que o desejo é de paz "sólida e duradoura" e que o presidente da França, Emmanuel Macron, mantém contato frequente com o republicano.