Dino vota para manter condenação de ex-prefeito bolsonarista, que tenta se cacifar para 2026

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira, 7, contra um pedido do ex-prefeito de Duque de Caxias (RJ) Washington Reis para reverter uma condenação que o tornou inelegível até 2026. Atual secretário estadual de Transportes do Rio, Reis busca se livrar de uma condenação por crime ambiental para se cacifar como candidato à sucessão no governo do Estado.

Aliado de primeira hora da família Bolsonaro no Estado, Reis e outros três irmãos políticos ampliaram a base e influência eleitoral no Rio de Janeiro às margens de nomes como o do ex-chefe do Executivo federal, do ex-governador Sergio Cabral e do atual mandatário estadual Cláudio Castro (PL).

Reis foi condenado em 2016, pelo STF, a cumprir 7 anos, 2 meses e 15 dias de prisão em regime semiaberto e a pagar uma multa de 67 salários mínimos, por crime ambiental e por crime contra a administração pública. Ele foi acusado por causar dano ambiental a uma área na qual determinou a execução de loteamento em Duque de Caxias à época em que era prefeito do município, entre 2005 e 2008.

O secretário do Rio recorreu ao Supremo da decisão que o tornou inelegível por oito anos, até 2026. A decisão de 2016 o impede de concorrer a cargos eletivos nas eleições do ano que vem. Em uma tentativa de reverter a condenação, Reis recorreu com embargos infringentes de nulidade.

A defesa de Reis argumenta que a conduta a qual foi condenado deixou se ser considerada crime após alterações na legislação, tese conhecida como abolitio criminis. O ex-prefeito ainda questiona as provas analisadas no decorrer do processo.

O caso é relatado pelo ministro Flávio Dino, que iniciou, nesta sexta-feira, a votação em plenário virtual. No voto apresentado, Dino diz que "supostas alterações normativas em abstrato não restauram no mundo dos fatos os danos ambientais".

"A vedação de retrocesso também confirma a impossibilidade de admissão de qualquer forma de abolitio criminis no caso concreto, sem amparo no ordenamento jurídico, que pretenda apagar o efeito da ação do réu. Como já analisado exaustivamente nos autos, mais uma vez se afirma: não ocorreu abolitio criminis; os fatos estão provados, assim como a autoria; as condutas eram e são típicas e antijurídicas", afirmou o ministro.

O ministro julgou improcedentes os pedidos e manteve a condenação. O julgamento foi iniciado nesta sexta-feira e pode se estender até o dia 14 deste mês.

Aliança com Jair Bolsonaro

A aliança com o ex-presidente Jair Bolsonaro se estreitou após a chegada do político fluminense ao Palácio do Planalto, em 2018. Washington Reis se aproximou do presidente com a ajuda do filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), de quem o ex-prefeito é próximo. Mas a relação entre os dois é mais antiga. Em dezembro de 2018, com Bolsonaro eleito, Washington deu o nome do pai do ex-presidente, Percy Geraldo Bolsonaro, a uma escola militar na cidade.

Flávio foi um dos articuladores da aliança entre Reis e Castro para as eleições de 2022. Para o filho do ex-presidente, Reis era um dos nomes que fortaleceria o palanque de Bolsonaro no Rio de Janeiro.

Como Castro cumpre o segundo mandato no governo do Estado, o caminho para um candidato da direita apoiado por Bolsonaro está aberto. Reis busca se cacifar como o nome do clã Bolsonaro para suceder Castro.

Em outra categoria

À medida que os ataques renovados da Rússia à infraestrutura energética da Ucrânia causam apagões antes do inverno, um grande escândalo de desvio de verbas e subornos envolvendo a empresa estatal de energia nuclear colocou altos funcionários sob escrutínio. A situação está se tornando uma das crises governamentais mais significativas desde a invasão em grande escala de Moscou.

Em resposta à reação pública, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu a demissão dos ministros da Justiça, Herman Halushchenko, e da Energia, Svitlana Grynchuk, em meio à investigação, e a primeira-ministra do país, Yuliia Svyrydenkoles, afirmou que eles apresentaram suas renúncias.

"Entre outras coisas, trata-se de uma questão de confiança", disse Zelensky em um vídeo publicado em seu canal no Telegram.

*Fonte: Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícas em tempo real do Grupo Estado.

A Câmara dos Estados Unidos avalia o projeto de lei de financiamento do governo americano neste momento com manifestações de diversos deputados. A votação do projeto deve ocorrer ainda nesta quarta-feira, 12, e pode encerrar o impasse sobre o orçamento que levou à paralisação de algumas das atividades federais.

A avaliação pela Câmara ocorre após o Senado aprovar projeto que permite a reabertura do governo americano.

A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse mais cedo que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, espera assinar ainda nesta noite o projeto de lei que permitirá o financiamento para que a as atividades federais do país sejam reabertas.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira, 12, em comunicado, sanções contra o Exército Democrático Budista dos Karen (DKBA, na sigla em inglês), um grupo do Mianmar, além de quatro de seus líderes. O governo norte-americano também anunciou a criação de uma força-tarefa para combater os golpes do sudeste da Ásia.

De acordo com os EUA, o grupo armado foi sancionado por apoiarem esquemas de golpe cibernéticos em investimentos fraudulentos que tinham como alvos norte-americanos. Além do DKBA, também foram alvos de medidas os grupos Trans Ásia e Troth Star.

"Redes criminosas operando em Mianmar estão roubando bilhões de dólares de norte-americanos trabalhadores por meio de golpes online ... Essas mesmas redes fazem o tráfico de humanos e ajudam a alimentar a guerra civil de Mianmar", afirmou o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, John Hurley.

O governo dos Estados Unidos também criou o Scam Center Strike Force, uma força-tarefa que vai investigar, desmembrar e processar criminalmente os centros de golpes provenientes do sudoeste asiático, com foco em Mianmar, Camboja e Laos.