PGR pede devolução de passaportes a advogado e ex-assessor de Bolsonaro não denunciados

Política
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, recomendou nesta segunda-feira, 10, que sejam devolvidos os bens e passaportes apreendidos e encerradas as medidas cautelares impostas ao advogado Amauri Feres Saad e ao ex-assessor da Presidência Tércio Arnaud Tomaz. A decisão, no entanto, cabe ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes.

Eles foram indiciados pela Polícia Federal (PF) no inquérito da tentativa de golpe de Estado, mas ficaram de fora da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). No entendimento de Gonet, os itens apreendidos já foram periciados e analisados e não interessam mais à investigação.

O pedido para que os bens e passaportes sejam devolvidos e para que as medidas cautelares sejam extintas foi feito pelas defesas dos dois indiciados. Desde janeiro do ano passado, eles são proibidos de manter contato com os demais investigados e de deixar o País, motivo pelo qual tiveram os passaportes apreendidos.

O advogado Amauri Feres Saad foi apontado pela PF como um dos autores da minuta golpista. De acordo com o relatório final da investigação, ele teria elaborado o documento com Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, e o padre José Eduardo de Oliveira.

Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor da Presidência, foi acusado de participação no "gabinete do ódio", onde editaria e repassaria vídeos que questionavam a legitimidade das urnas eletrônicas e do processo eleitoral brasileiro. Ele teria, segundo a PF, enviado vídeos ao ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid.

Além de Saad e Arnaud, outras oito pessoas indiciadas pela PF não foram denunciadas PGR, incluindo o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

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O secretário de Estados dos EUA, Marco Rubio, disse nesta terça, 11, que a Ucrânia deu um passo positivo ao aceitar o cessar-fogo de 30 dias proposto pelos americanos e espera que os russos retribuam. "A bola agora está no campo da Rússia em relação à paz na Ucrânia".

Rubio declarou à jornalistas que o único jeito de sair da guerra é com uma negociação e que o cessar-fogo "é um início para as discussões de como acabar com a guerra de forma permanente".

Em coletivo junto ao secretário de Estado, o assessor de segurança nacional dos EUA, Mike Waltz, afirmou que irá falar com seu homólogo russo nos próximos dia.

Sobre prazos para assinatura de um acordo, Waltz e Rubio disseram que querem realizá-lo o mais cedo possível.

O Hamas anunciou nesta terça-feira, 11, o início das negociações com Israel e um representante dos Estados Unidos para a segunda fase de um cessar-fogo na Faixa de Gaza. "Esperamos que esta rodada traga avanços significativos para o início da próxima fase das negociações, pavimentando o caminho para o fim da agressão, a retirada da ocupação de Gaza e a conclusão de um acordo de troca de prisioneiros", afirmou o grupo.

O Hamas também declarou que o governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, é responsável "politicamente, legalmente, humanitariamente e moralmente" pelo apoio irrestrito ao governo de ocupação extremista de Israel, que, segundo o grupo, comete crimes de assassinato e deslocamento forçado contra o povo palestino.

Em um comunicado, o movimento exigiu que a comunidade internacional, junto a organizações humanitárias e de direitos humanos, pressione Israel para interromper as "graves violações" que, segundo o Hamas, podem "ameaçar" a segurança e a estabilidade na região e no mundo.

O primeiro-ministro da província canadense de Ontário, Doug Ford, alertou nesta terça, 11, sobre uma possível "recessão Trump" e afirmou que não "hesitará" em interromper as exportações de energia elétrica para os Estados Unidos, caso o republicano continue a "prejudicar famílias canadenses".

Em entrevista à CNBC, Ford declarou: "Se entrarmos em uma recessão, ela será chamada de recessão Trump". Ao ser questionado sobre a possibilidade de paralisar as exportações de eletricidade, ele acrescentou: "Essa é a última coisa que eu quero fazer. Eu quero enviar mais eletricidade para os EUA, para nossos aliados mais próximos ou nossos melhores vizinhos do mundo. Quero enviar mais eletricidade."

No entanto, Ford destacou que a energia é uma "ferramenta em nosso arsenal" no contexto da guerra comercial promovida por Trump. "À medida que ele Trump continua prejudicando as famílias canadenses, as famílias de Ontário, eu não hesitarei em fazer isso. Essa é a última coisa que eu quero fazer", completou.

As declarações de Ford ocorreram após Trump anunciar uma tarifa adicional de 25% sobre o aço e alumínio canadenses, elevando a taxa para 50%, em resposta à sobretaxa de 25% imposta por Ontário sobre a eletricidade exportada para os EUA.