Eduardo Bolsonaro: saiba o que ocorre quando um deputado se licencia do mandato

Política
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Pegando de surpresa até seu próprio partido, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou pedido licença da Câmara dos Deputados para viver nos Estados Unidos. O mandato parlamentar será assumido pelo missionário José Olímpio (PL-SP), suplente no cargo, caso a licença solicitada por Eduardo seja superior a 120 dias.

Segundo o regimento da Casa, além de perder o exercício do mandato enquanto durar o afastamento - ou seja, perder o direito de votar, de discursar ou de participar das atividades parlamentares -, o deputado licenciado não pode reassumir o cargo antes do fim do prazo da licença e de eventuais prorrogações, nos casos em que um suplente assuma seu lugar.

Com a decisão, anunciada pelas redes sociais nesta terça-feira, 18, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) diz ter o objetivo de "buscar sanções aos violadores dos direitos humanos". O pai pode virar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado após perder as eleições de 2022.

Quais são os tipos de licença?

A Câmara prevê quatro tipos de licença para os deputados: desempenhar missão temporária de caráter diplomático ou cultural; tratamento de saúde, tentar outro cargo eletivo ou tratar de interesse particular, desde que o afastamento não ultrapasse 120 dias por sessão legislativa. Também são previstas licenças maternidade e paternidade, garantidas em lei.

Quando o afastamento é motivado por interesses particulares, como no caso de Eduardo, a licença não é remunerada. O deputado recebe atualmente R$ 46.366,19 mensais brutos. Ele também deixará de receber outros benefícios, como verbas de ressarcimento de despesas e auxílio-moradia.

O que ocorre com o gabinete?

Caso o suplente seja convocado para assumir o mandato como substituto de Eduardo, o gabinete do deputado poderá passar por mudanças, incluindo a nomeação de novo pessoal - apesar de a regra não estar descrita no regimento da Câmara. Atualmente, a estrutura parlamentar do deputado conta com dez secretários parlamentares e um cargo de natureza especial.

Segundo o especialista em direito legislativo e ex-diretor administrativo da Câmara Marcos Vasconcelos, as normas administrativas da Casa preveem dois tipos de ações a serem tomadas sobre os assessores e o gabinete do deputado.

Em caso da licença ser superior a 120 dias e a Mesa Diretora aceitar o pedido de afastamento, o suplente será chamado em até 48 horas, o gabinete do deputado é fechado e todos os assessores são exonerados. A mesma quantidade de assessores poderá ser contratada, conforme a escolha do suplente que assumirá o mandato, e eventuais acordos no partido para os antigos assessores voltarem a suas funções.

Se o tempo que o parlamentar pedir para ficar afastado for menor, então o gabinete seguirá funcionando normalmente, com os salários pagos aos funcionários. O pedido do deputado deve, obrigatoriamente, especificar o número de dias que ele pretende ficar fora das funções parlamentares.

Viagens aos EUA

Somente neste ano, o Eduardo viajou quatro vezes aos Estados Unidos. A primeira delas foi no começo de janeiro, quando ele acompanhou a posse do presidente americano Donald Trump, junto com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O anúncio da saída do País ocorre dois dias após o pai conseguir reunir menos de 20 mil manifestantes no Rio em prol da anistia dos condenados pelo 8 de Janeiro, e uma semana antes do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se o torna réu por tentativa de golpe de Estado em 2022.

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O Congresso de El Salvador aprovou nesta quinta-feira (31) mudanças na Constituição do país que permitem a reeleição ilimitada do presidente e ampliam o mandato presidencial de cinco para seis anos. A proposta foi aprovada por 57 votos a favor e 3 contra.

O atual mandatário salvadorenho, Nayib Bukele, foi reeleito para o segundo mandato consecutivo no ano passado e não poderia disputar as próximas eleições de 2029. Com a alteração constitucional, articulada pelo partido de Bukele, o presidente fica liberado para concorrer quantas vezes quiser.

Bukele é conhecido pela cruzada contra facções criminosas e pela política de encarceramento em massa. Neste ano, El Salvador recebeu venezuelanos deportados dos Estados Unidos pelo governo de Donald Trump.

Opositores e analistas políticos alertaram que a medida aprovada nesta quinta-feira poderá levar Bukele a se perpetuar no poder, com riscos à democracia do país.

Contéudo traduzido com a ajuda de inteligência artificial, editado e revisado pela redação Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Donald Trump puniu nesta quinta, 31, o Canadá com uma tarifa de importação de 35%, sugerindo ter sido uma retaliação ao primeiro-ministro canadense, Mark Carney, que prometeu reconhecer a Palestina em setembro. "Isso (a decisão de Carney) torna muito difícil para nós fazermos um acordo comercial com eles", escreveu o americano na plataforma Truth Social.

O prazo para um acordo termina nesta sexta, 1º, mas o presidente já assinou um decreto elevando as tarifas sobre produtos canadenses de 25% para 35%. A taxa vale para toda importação não abrangida pelo tratado comercial entre EUA, México e Canadá (USMCA, o antigo Nafta) - a grande maioria dos produtos, portanto, segue protegida. A justificativa, diz a Casa Branca, foi a "inação" do governo canadense e em "retaliação" ao comportamento de Carney.

Mudança

Até então, o primeiro-ministro vinha dizendo que as negociações com Trump eram construtivas, mas admitia que elas poderiam não ser concluídas no prazo. Na quarta-feira, 30, ele se juntou à França, prometendo reconhecimento do Estado palestino desde que a Autoridade Palestina cumpra algumas condições: reformas, eleições (sem o Hamas), medidas anticorrupção e um Estado desmilitarizado.

A decisão de Carney foi parecida com a do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que na terça-feira, 29, ameaçou embarcar no movimento diplomático da França, a menos que Israel adote medidas para amenizar a fome em Gaza e aceite um cessar-fogo.

Curiosamente, a reação de Trump não foi a mesma. O presidente estava ao lado de Starmer no momento do anúncio e não disse nada. "Não me importo que ele assuma uma posição", afirmou o americano, ao ser questionado se concordava com o britânico. Foi só no dia seguinte que ele voltou a repetir o mantra de Israel, que o reconhecimento do Estado palestino seria uma "recompensa para o Hamas".

Apesar da pressão americana, Israel está cada vez mais isolado, segundo Johann Wadephul, ministro das Relações Exteriores da Alemanha, que visitou ontem Jerusalém. "Israel deve cultivar parceiros na comunidade internacional. E isso está em risco. Se há um país que deve impedir esse isolamento é a Alemanha", disse Wadephul - até agora, Berlim manteve a posição de que o reconhecimento da Palestina é o último passo de um acordo com Israel.

Outros foram mais longe ontem. A Eslovênia se tornou o primeiro país da Europa a adotar um embargo proibindo a compra, venda e trânsito de armas israelenses pelo país. Israel respondeu, dizendo que a decisão da Eslovênia é "irrelevante", já que o comércio entre os dois países é pequeno.

Sanções

Ontem, os EUA também impuseram sanções a integrantes da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), acusados de "internacionalizar o conflito com Israel". Segundo o Departamento de Estado, a medida inclui a suspensão de vistos de membros das duas organizações por apoiarem o terrorismo e incitarem a violência.

O governo americano não especificou quem seriam as pessoas afetadas pelas sanções. A recusa em conceder vistos pode dificultar a participação na Assembleia-Geral da ONU, em setembro, quando França, Canadá e Reino Unido podem anunciar o reconhecimento da Palestina. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao ser questionado sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, afirmou ter "nojo do que eles russos estão fazendo". Apesar da condenação, reiterou sua oposição ao envolvimento direto dos EUA na guerra e afirmou que o país não deveria estar envolvido no tema.

Trump, mesmo assim, reforçou que Washington pretende impor punições a Moscou. "Colocaremos sanções contra a Rússia. Só não sei se elas terão algum efeito sobre Vladimir Putin", ponderou.

O republicano também comentou a crise em Gaza. Ao ser perguntado se a situação no local se equipara a um "genocídio", respondeu: "É terrível o que acontece lá". Sem aprofundar, ele evitou comparações diretas, mas reconheceu a gravidade do cenário.

O presidente americano voltou ainda suas críticas ao Irã. "O Irã vem agindo de maneira péssima", afirmou, sem detalhar as acusações. Trump também reafirmou que as instalações nucleares do país persa foram alvos de destruição.