Câmara define presidentes das comissões permanentes; veja quem são e a divisão por partido

Política
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A Câmara dos Deputados definiu 28 presidentes das comissões permanentes nesta quarta-feira, 19. Após negociações entre partidos, a Casa elegeu os parlamentares que vão comandar os colegiados.

O PL será responsável pelo comando de cinco comissões na Câmara. O partido ocupará a presidência das comissões de Relações Exteriores, Saúde, Turismo, Segurança Pública e Agricultura. Já o União Brasil terá três comissões sob sua liderança, incluindo a Comissão de Constituição e Justiça. Além dela, a sigla também comandará Educação e Integração Nacional.

Já o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ficará responsável pelas comissões de Finanças e Tributação, Cultura, Direitos Humanos e da Amazônia e dos Povos Originários.

As lideranças das comissões na Câmara são definidas conforme o tamanho das bancadas. Cada partido indica um deputado para presidir as comissões, e a escolha se dá por meio de votação secreta. Na primeira rodada, é necessário obter mais da metade dos votos; se não houver decisão, uma segunda votação ocorre, sendo suficiente ter mais votos a favor do que contra, desde que a maioria dos integrantes esteja presente.

Duas comissões ainda não realizaram suas reuniões para escolha de presidentes. A Comissão de Desenvolvimento Urbano, cuja liderança caberá ao MDB, e a Comissão de Administração e Serviço Público, que será comandada pelo Avante, deverão definir seus presidentes na próxima semana.

Veja a lista completa dos deputados eleitos para as comissões:

União Brasil

Comissão de Constituição e Justiça - Paulo Azi (União-BA)

Comissão de Educação - Maurício Carvalho (União-RO)

Comissão de Integração Nacional - Yandra Moura (União-SE)

PL

Comissão de Relações Exteriores - Filipe Barros (PL-PR)

Comissão de Saúde - Zé Vitor (PL-MG)

Comissão de Turismo - Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG)

Comissão de Segurança Pública - Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)

Comissão de Agricultura - Rodolfo Nogueira (PL-MS)

PT

Comissão de Finanças e Tributação - Rogério Correia (PT-MG)

Comissão de Cultura - Denise Pessôa (PT-RS)

Comissão de Direitos Humanos - Reimont (PT-RJ)

Comissão da Amazônia e dos Povos Originários - Dandara (PT-MG)

PP

Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação - Ricardo Barros (PP-PR)

Comissão de Viação e Transportes - Mauricio Neves (PP-SP)

Republicanos

Comissão de Desenvolvimento Econômico - Lafayette de Andrada (Republicanos-MG)

Comissão de Comunicação - Júlio César Ribeiro (Republicanos-DF)

MDB

Comissão de Meio Ambiente - Elcione Barbalho (MDB-PA)

PSD

Comissão de Minas e Energia - Diego Andrade (PSD-MG)

Comissão do Esporte - Laura Carneiro (PSD-RJ)

PDT

Comissão de Trabalho - Leo Prates (PDT-BA)

PCdoB

Comissão de Defesa do Consumidor - Daniel Almeida (PCdoB-BA)

PV

Comissão de Fiscalização Financeira e Controle - Bacelar (PV-BA)

PSDB

Comissão de Indústria, Comércio e Serviços - Beto Richa (PSDB-PR)

PSOL

Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher - Célia Xakriabá (PSOL-MG)

Podemos

Comissão de Previdência e Assistência Social - Ruy Carneiro (Podemos-PB)

PSB

Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência - Duarte Jr. (PSB-MA)

Solidariedade

Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa - Zé Silva (Solidariedade-MG)

PRD

Comissão de Legislação Participativa - Fred Costa (PRD-MG)

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O assessor de Política Externa da Presidência, Celso Amorim, afirmou que o Brasil reforçará seu compromisso com o Brics, dobrando a aposta diante das ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas aos integrantes do bloco.

Em entrevista ao Financial Times, Amorim disse que os ataques de Trump estão fortalecendo as relações do País com o Brics. Ele negou que a aliança seja ideológica, mas que o bloco deve defender a ordem global multilateral, à medida que os EUA a abandonam.

"Queremos ter relações diversificadas e não depender de nenhum país", disse o assessor ao veículo britânico, citando parceiros na Europa, América do Sul e Ásia. Nessa linha, o embaixador defendeu que a União Europeia ratifique rapidamente o acordo com o Mercosul, seja pelo ganho econômico imediato, seja pelo equilíbrio que o tratado pode trazer em meio à guerra comercial. O Canadá também foi citado: segundo ele, o país manifestou interesse em negociar um acordo de livre-comércio com o Brasil.

A interferência de Trump nos assuntos internos brasileiros, como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, é algo que, segundo Amorim, não ocorreu nem nos tempos coloniais. "Não acho que nem mesmo a União Soviética teria feito algo assim", comparou.

Amorim disse que o último ano do governo Lula deve concentrar a política externa na América do Sul. O presidente brasileiro busca maior integração regional, já que o subcontinente negocia menos internamente do que com outras partes do mundo.

Por outro lado, o embaixador negou que o Brasil queira que a China seja a vencedora da disputa comercial, embora o gigante asiático seja o maior parceiro comercial do País.

"Os países não têm amigos, somente interesses", afirmou Amorim ao fim da entrevista. "Trump não tinha nem amigos, nem interesses, somente desejos. Uma ilustração de poder absoluto", concluiu.

Líderes da Tailândia e do Camboja se reunirão na Malásia para conversas destinadas a encerrar as hostilidades, disse um porta-voz do gabinete do primeiro-ministro tailandês. O encontro ocorre após mediação do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, para pôr fim à disputa fronteiriça. Os combates, agora no quarto dia, já mataram pelo menos 34 pessoas e deslocaram mais de 168 mil.

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O primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, disse que seu país concordou em buscar um "cessar-fogo imediato e incondicional". Ele afirmou que Trump lhe disse que a Tailândia também concordou em interromper os ataques após a conversa do presidente dos EUA com o primeiro-ministro interino da Tailândia, Phumtham Wechayachai.

Manet encarregou seu vice, o chanceler Prak Sokhonn, de coordenar os próximos passos com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e de dialogar diretamente com o ministro das Relações Exteriores da Tailândia para implementar o cessar-fogo.

A Tailândia expressou apoio cauteloso. Phumtham agradeceu a Trump e disse que o país concordou, em princípio, com o cessar-fogo, mas destacou a necessidade de "intenção sincera" por parte do Camboja, segundo o Ministério das Relações Exteriores tailandês.

O exército israelense interceptou um barco de ajuda com destino à Gaza que tentava romper o bloqueio israelense do território palestino. A lista de detidos inclui 21 ativistas internacionais e jornalistas e toda a carga foi apreendida, incluindo fórmula infantil, alimentos e medicamentos, disse a Coalizão Flotilha da Liberdade neste domingo, 27.

A coalizão que opera a embarcação Handala disse que o exército "interceptou violentamente" o navio em águas internacionais, a cerca de 40 milhas náuticas de Gaza, cortando as câmeras e a comunicação, pouco antes da meia-noite de sábado, 26.

"Toda a carga era não militar, civil e destinada para distribuição direta a uma população enfrentando fome deliberada e colapso médico sob o bloqueio ilegal de Israel", disse o grupo em um comunicado.

O exército israelense não comentou imediatamente. O Ministério das Relações Exteriores de Israel postou no X (antigo Twitter) no início do domingo que a Marinha parou a embarcação e estava trazendo-a para a costa.

Israel tem sido alvo de críticas após o agravamento da desnutrição em Gaza. Imagens recentes de crianças palestinas desnutridas na região intensificaram o debate com pedidos, até de aliados próximos, pelo fim da guerra e da catástrofe humanitária causada pelo conflito.

Neste domingo, o governo anunciou que faria pausas diárias para permitir a entrega de ajuda humanitária no território palestino.

Barco com brasileiro já foi interceptado

Foi a segunda embarcação operada pela coalizão que Israel impediu, nos últimos meses, de entregar ajuda a Gaza, onde especialistas em alimentos têm alertado há meses sobre o risco de fome. A ativista climática sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila estavam entre os 12 ativistas a bordo do navio Madleen quando foi apreendido pelo exército israelense em junho.

Um grupo regional de direitos humanos, Adalah, exigiu a libertação imediata dos 21 ativistas, incluindo legisladores e defensores dos direitos humanos, de 10 países.

A bordo também estavam sete cidadãos americanos, incluindo um advogado de direitos humanos, um veterano de guerra judeu-americano e uma ativista judeu-americana, conforme a Coalizão Flotilha da Liberdade.