Álvaro Damião, repórter esportivo, assume Prefeitura de Belo Horizonte após morte de Fuad

Política
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O vice-prefeito Álvaro Damião (União Brasil), 54, passa a comandar definitivamente a Prefeitura de Belo Horizonte após a morte nesta quarta-feira, 26, do antigo ocupante do posto, Fuad Noman (PSD), em decorrência de sequelas de um câncer no sistema linfático. Fuad sofreu uma parada cardiorrespiratória após 82 dias internado e não resistiu. A situação política da capital mineira repete a de São Paulo quatro anos depois. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), assumiu o cargo em 2021 após Bruno Covas também morrer em decorrência de um câncer.

Damião, que atuava como prefeito interino desde o início de janeiro devido à internação de Fuad, é aliado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). O senador mantêm influência no União Brasil em Minas Gerais e foi o responsável por articular tanto a aliança com o partido, quanto a indicação de Damião como vice de Fuad.

O agora prefeito é um nome conhecido na região Metropolitana de Belo Horizonte por ter atuado por quase três décadas nas jornadas esportivas da rádio Itatiaia, líder de audiência em Minas Gerais. Ele se destacou como repórter de campo nas transmissões de partidas de futebol, mas também já foi narrador e apresentador dos programas da emissora.

Após ser empossado, o jornalista licenciou-se tanto da rádio e da TV Alterosa, afiliada do SBT. Na televisão, apresentava desde 2020 programa policialesco no qual cunhou o bordão "vai morrer um aí, ó" e outra atração, esportiva, aos sábados.

Ele também é conhecido por outros bordões, usados invariavelmente nas transmissões esportivas, como "aqui não, pica-pau", "mexe, remexe, estremece, enlouquece", para se referir à torcida após um gol, e "bacana demais". Este último também dá nome ao instituto criado por Damião em 2014 e que oferece atividades esportivas, culturais e de assistência social à população.

O novo prefeito começou a carreira política após se eleger vereador em 2016, cargo para o qual foi reconduzido em 2020 pelo DEM, partido que à época era comandado por Pacheco no Estado. No ano passado, o comunicador optou por não se candidatar a um terceiro mandato para compor a chapa com Fuad Noman.

Damião assumiu a Prefeitura interinamente semanas depois de sofrer uma derrota na Câmara Municipal belo-horizontina. Atuando como secretário de Governo desde o fim do ano passado, cargo para o qual foi indicado antes mesmo de tomar posse, ele articulou a candidatura de Bruno Miranda (PDT), líder do governo Fuad, para a presidência da Casa.

A tentativa não foi bem-sucedida. Mesmo com o peso da máquina da Prefeitura, Miranda foi derrotado pelo vereador Juliano Lopes (Podemos) por 23 votos a 18. Após o resultado, Lopes chamou Damião de "pateta". Nos dias seguintes, o presidente da Câmara recuou, disse ao jornal O Tempo que a declaração foi um desabafo sobre a interferência da Prefeitura na eleição, mas deixou aberta a possibilidade de composição para indicar cargos no secretariado.

Lopes faz parte de um grupo de parlamentares conhecidos na política belo-horizontina como "Família Aro", em referência a Marcelo Aro (PP), ex-deputado federal que se tornou secretário da Casa Civil do governo de Romeu Zema (Novo) nos últimos anos.

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A pressão sobre Israel por crimes humanitários cometidos na Faixa de Gaza chamou a atenção de líderes globais nos últimos dias.

Em uma declaração nesta quinta-feira, 24, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, afirmou que o sofrimento e a fome que estão ocorrendo no enclave são "indescritíveis e indefensáveis" e que, embora a situação já seja grave há algum tempo, ela atingiu novos patamares e continua a piorar. "Estamos testemunhando uma catástrofe humanitária".

Starmer ainda pontuou que fará uma chamada de emergência com a França, Alemanha e Itália para discutir a situação.

Paralelamente, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje através das redes sociais que a França reconhecerá o Estado da Palestina.

Mais de 100 organizações humanitárias e de direitos humanos alertaram ontem que o bloqueio de Israel e sua ofensiva militar contínua estão empurrando a população da Faixa de Gaza para a fome. Em carta aberta, 115 entidades, entre elas Médicos Sem Fronteiras, Mercy Corps e Save the Children, denunciaram que estão vendo "seus próprios colegas e os palestinos que atendem se definharem".

Nas últimas três semanas, pelo menos 48 pessoas morreram de causas relacionadas à desnutrição, incluindo 28 adultos e 20 crianças, informou o Ministério da Saúde de Gaza hoje, segundo a The Associated Press.

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira, 24, que a França reconhecerá o Estado da Palestina.

"Fiel ao seu compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Oriente Médio, decidi que reconheceremos o Estado da Palestina", escreveu ele na rede social X.

Macron ainda afirmou que fará um anúncio solene na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro.

O presidente francês pediu pela implementação imediata de um cessar-fogo, a liberdade todos os reféns e fornecimento de ajuda humanitária maciça à população de Gaza.

"Devemos também garantir a desmilitarização do Hamas e proteger e reconstruir Gaza. Por fim, devemos construir o Estado da Palestina, garantir sua viabilidade e garantir que, ao aceitar sua desmilitarização e reconhecer plenamente Israel, ele contribua para a segurança de todos no Oriente Médio", acrescentou a postagem.

"Nós venceremos a paz", finalizou Macron.

Um passageiro da companhia aérea Turkish Airlines morreu em um voo que partiu de Istambul, na Turquia, com destino a São Francisco, nos Estados Unidos, mas as autoridades não sabem confirmar para onde o corpo foi levado após um pouso de emergência em Chicago. As informações são do jornal The Independent, que cita o site de notícias local SFGATE.

O caso aconteceu no dia 13 de julho. O homem sofreu uma emergência médica enquanto o avião sobrevoava a Groenlândia. Inicialmente, a tripulação planejou desviar o voo para a Islândia - no entanto, após o falecimento do passageiro, eles optaram por seguir a caminho dos EUA.

Segundo o blog de aviação Aviation A2Z, a pressa para se fazer um pouso de emergência diminui após a confirmação de uma morte, já que a prioridade passa a ser encontrar um aeroporto que tenha equipamentos e equipes para lidar com a situação.

O avião então pousou no aeroporto Chicago O'Hare, importante centro internacional que teria capacidade de lidar com a situação. O corpo então deveria ter sido transferido para o Instituto Médico Legal do Condado de Cook, mas uma porta-voz da unidade afirmou ao portal SFGate que não há registro do passageiro no local e que eles não foram notificados de nenhum caso que correspondesse à descrição do voo.

Questionado pelo SFGATE, o gerente da estação da Turkish Airlines no Aeroporto Internacional de São Francisco, Ertugrul Gulsen, se recusou a comentar sobre o assunto e disse apenas que os demais passageiros do voo desviado foram colocados em outra aeronave, que aterrissou em São Francisco horas depois.

O The Independent diz que a companhia aérea não confirmou a identidade do passageiro nem divulgou a causa da morte, apenas observou que se tratava de uma emergência médica. A Turkish Airlines não respondeu aos questionamentos do Independent e do SFGATE.