Senador do Novo doa salário para associação de famílias de presos por atos golpistas do 8/1

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) doou seu salário do mês de fevereiro para uma associação que representa famílias de presos pelos atos golpistas do 8 de Janeiro. Segundo o cearense, o número reduzido de dias de atividade do Senado Federal justificou a doação, pois não houve "entregas à sociedade" pela Casa no período. O salário bruto de um senador é de R$ 46,3 mil. O valor líquido, após descontos obrigatórios, é de R$ 33,8 mil.

A entidade beneficiada foi a Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (Asfav). A organização reconhece os atos de vandalismo na invasão aos prédios públicos, mas avalia que as penas do Supremo Tribunal Federal (STF) são exacerbadas e os detidos, presos políticos. Segundo Girão, a escolha da beneficiada pela doação foi feita por seus seguidores nas redes sociais. O critério adotado foi o de maior engajamento.

Da "tropa de choque" bolsonarista no Congresso, Girão é a favor da anistia aos condenados pela depredação dos prédios dos Três Poderes em 2023.

O Senado esticou em 11 dias o feriado de carnaval. Durante o mês de fevereiro, houve apenas quatro dias de sessões na Casa, das quais uma foi preparatória, para a eleição da Mesa Diretora, e duas foram solenes. Somente no dia 19 houve uma sessão deliberativa, ou seja, destinada à discussão e votação de projetos de lei.

O advogado Ezequiel Silveira, associado à Asfav, afirmou ao Estadão que a entidade recebe "com alegria" a doação de Girão, a primeira feita por um parlamentar.

A Asfav, por ora, não está habilitada a receber recursos públicos por meio de emendas parlamentares. Ainda que se trate de uma associação sem fins lucrativos, ela não cumpre outros requisitos para receber emendas, como ter sido fundada há mais de três anos e ser qualificada pelo governo federal como uma organização de interesse público.

A associação realiza a prestação de contas de forma semestral por meio de vídeos publicados no YouTube. O último relatório publicado aponta que a entidade encerrou o ano de 2024 com R$ 6,4 mil em caixa. Os recursos são destinados à defesa dos réus, além de assistência às famílias e promoção de eventos.

Um dos advogados ligados à Asfav é Sebastião Coelho, detido em flagrante na terça-feira, 25 de março, por desacato ao Supremo Tribunal Federal (STF). Coelho quis acompanhar o julgamento sobre o recebimento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete aliados da sala de sessões da Primeira Turma. O local, porém, estava reservado a advogados e partes envolvidas no processo, além de interessados que houvessem manifestado interesse prévio em estar no local.

Coelho não se inscreveu previamente e, ao ser convidado a acompanhar o julgamento da sala de sessões da Segunda Turma, recusou-se e desacatou autoridades. Um boletim de ocorrência foi registrado pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso. O advogado foi detido em flagrante e liberado em seguida. Uma publicação falsa circulou nas redes sociais atribuindo a ordem de prisão ao desembargador aposentado ao ministro Alexandre de Moraes.

Em outra categoria

A Nasa perderá cerca de 3,9 mil funcionários como parte do plano de reduzir o quadro de pessoal federal iniciado por Donald Trump, embora o presidente continue determinado a que a agência espacial americana realize missões tripuladas à Lua e a Marte.

A agência aeroespacial informou em um comunicado na última sexta-feira, 25, que cerca de 3 mil funcionários aderiram à segunda rodada do plano de demissões voluntárias. Na primeira rodada, 870 trabalhadores aceitaram deixar a Nasa.

A equipe da Nasa passou de 18 mil funcionários para pouco mais de 14 mil desde o retorno de Trump à Casa Branca, o que representa uma redução de mais de 20%. Os funcionários da agência que decidiram aderir ao programa de demissões voluntárias devem deixar os seus cargos de forma gradual.

'Segurança é prioridade'

"A segurança continua sendo uma prioridade máxima para nossa agência, enquanto equilibramos a necessidade de nos tornarmos uma organização mais ágil e eficiente e trabalhamos para garantir que continuemos plenamente capazes de buscar uma era dourada de exploração e inovação, incluindo a Lua e Marte", explicou a direção da Nasa.

O orçamento proposto pelo governo de Trump para a agência destacava o retorno do homem à Lua e a realização de uma missão tripulada a Marte pela primeira vez, ao mesmo tempo que cortava drasticamente os programas científicos e climáticos. A administração também removeu sistematicamente menções às mudanças climáticas dos sites governamentais, ao mesmo tempo que reduziu drasticamente o financiamento federal para pesquisa sobre aquecimento global.

Além disso, autoridades de Trump têm recrutado cientistas para ajudá-los a revogar a "declaração de risco" de 2009, que determinou que os gases de efeito estufa representam ameaça à saúde pública e ao bem-estar.

Corrida Espacial

A Casa Branca afirma que quer focar os recursos para "ganhar da China a corrida para voltar à Lua e levar o primeiro humano a Marte". Pequim tem como meta fazer seu primeiro pouso lunar tripulado em 2030.

A Nasa continua sendo dirigida por um administrador interino depois que a escolha inicial da administração para liderar a agência, o bilionário tecnológico Jared Isaacman, apoiado pelo ex-assessor do presidente Trump, o empresário Elon Musk, foi rejeitada pelo presidente republicano.

Trump havia anunciado ainda em dezembro, na transição presidencial, a escolha de Isaacman como o próximo administrador da Nasa. O bilionário tem sido um colaborador próximo de Musk desde que comprou seu primeiro voo fretado na SpaceX em 2021.

Líderes da Tailândia e do Camboja se reunirão na Malásia nesta segunda-feira, 28, para conversas destinadas a encerrar as hostilidades, informaram neste domingo, 27, autoridades tailandesas. O encontro ocorre após mediação dos EUA para pôr fim à disputa fronteiriça. Os combates já mataram pelo menos 34 pessoas e deslocaram mais de 168 mil.

O braço das Forças Armadas do Iêmen ligado ao movimento houthi anunciou neste domingo, 27, que promoverá uma escalada nas suas operações militares contra Israel, diante do aumento da crise humanitária em Gaza. Segundo os iemenitas, a nova fase inclui o bombardeio a navios de empresas que negociam com os israelenses.

"As Forças Armadas do Iêmen alertam todas as empresas para que cessem imediatamente qualquer relação com os portos do inimigo israelense a partir do momento em que esta declaração for anunciada. Caso contrário, seus navios, independentemente do destino, serão alvos em qualquer lugar que esteja ao alcance de nossos mísseis e drones", afirmou em comunicado o porta-voz das Forças Armadas iemenitas, Yahya Saree.

De acordo com Saree, o Iêmen tem "uma responsabilidade religiosa, moral e humanitária" para com os palestinos de Gaza, que têm sofrido "massacres horríveis, brutais e sem precedentes na história contemporânea" por parte do regime de Benjamin Nethanyahu.

As operações militares, segundo o porta-voz,"cessarão imediatamente após o fim da agressão contra Gaza e a suspensão do bloqueio" de Israel à região palestina ocupada.

"As Forças Armadas do Iêmen apelam a todos os países: se quiserem evitar essa escalada, pressionem o inimigo para interromper sua agressão e suspender o bloqueio à Faixa de Gaza", afirmou Saree.

* Conteúdo traduzido com auxílio de inteligência artificial, revisado e editado pela redação da Broadcast