Evento de 2 anos do governo não é eleitoral, é de divulgação realizações, afirma Lindbergh

Política
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O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), negou que a cerimônia "O Brasil dando a volta por cima" tenha sido motivada por um objetivo eleitoral. As declarações ocorreram nesta quinta-feira, 3, após o evento que celebrou os dois anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

"Eu rebato isso (que houve tom eleitoral na solenidade). Não é eleitoral, é de divulgação das realizações do governo. Qualquer governo tem que divulgar o que está acontecendo", disse o parlamentar.

Lindbergh prosseguiu: "Aqui, claramente, está tendo um problema, porque tem muita coisa que está acontecendo e não existe associação ao governo federal."

Na ocasião, o petista mencionou o programa Farmácia Popular, que, segundo ele, representa "uma mudança muito grande" por conta do crescimento de oferta de remédios gratuitos. "E as pessoas não vinculam (o programa ao governo)", disse o deputado.

Ele continuou: "É normal que todo governo, prefeito, governador, faça campanha falando das suas realizações. Claro que é algo que nos incomoda, porque a gente sabe que está tendo muita entrega, a renda do povo está aumentando, o desemprego está em baixa, 24 milhões de pessoas saíram da pobreza extrema, mas tem um problema de percepção."

O parlamentar disse ainda que a divulgação das ações do governo é algo "natural, é legal e é legítimo".

Ele acrescentou: "A nossa sensação é que, de fato, com tudo o que a gente está entregando e fazendo, está tendo um descolamento com a percepção popular."

Na solenidade em Brasília, Lula fez um breve discurso na presença de autoridades. A cerimônia exaltou programas sociais como o Minha Casa Minha Vida, o Pé-de-Meia e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), além de iniciativas como a valorização do salário mínimo e obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Houve ainda exibição de vídeos e entrevistas com beneficiários dessas iniciativas.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que a BBC alterou seu discurso de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio, e celebrou a demissão de "pessoas muito desonestas que tentaram influenciar uma eleição presidencial".

"As principais pessoas da BBC, incluindo TIM DAVIE, o CHEFE, estão todas se demitindo/DEMITIDAS, porque foram pegas 'alterando' meu excelente (PERFEITO!) discurso de 6 de janeiro. Além de tudo, eles são de um país estrangeiro, que muitos consideram nosso Aliado Número Um. Que coisa terrível para a Democracia!", escreveu o republicano na Truth Social.

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo nesta trade. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso de Trump para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já embarcou de volta ao Brasil. A previsão é que Lula desembarque em Belém (PA) por volta das 19h30.

O presidente viajou a Santa Marta, na Colômbia, para participar da cúpula Celac-União Europeia neste domingo. O compromisso foi rápido. Lula chegou em Santa Marta por volta das 11h30, participou da reunião e já embarcou de volta a Belém.

Na segunda-feira, 10, ele participa da abertura oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, em Belém.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, alertou que as consequências econômicas da prolongada paralisação do governo federal estão se intensificando, dizendo que a situação está ficando "cada vez pior", à medida que as interrupções se espalham por setores-chave e pressionam as finanças públicas.

"Vimos um impacto na economia desde o primeiro dia, mas está ficando cada vez pior. Tivemos uma economia fantástica sob o presidente Trump nos últimos dois trimestres, e agora há estimativas de que o crescimento econômico para este trimestre poderia ser reduzido pela metade se a paralisação continuar", disse ele em entrevista à ABC neste domingo.

De forma semelhante, o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, pontuou hoje que o crescimento do quarto trimestre pode ser negativo se o shutdown se prolongar.

Hassett, falando ao programa "Face the Nation" da CBS, observou que a escassez de controladores de tráfego aéreo estava causando grandes atrasos nas viagens na preparação para o feriado de Ação de Graças. "Essa época é uma das mais movimentadas do ano para a economia... e se as pessoas não estiverem viajando nesse momento, então realmente poderíamos estar olhando para um trimestre negativo", acrescentou.