Lula estanca queda de popularidade e governistas falam em 'virada'; aprovação ainda é a 2ª pior

Política
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Embora os resultados da última pesquisa Datafolha tenham mostrado que a popularidade do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enfrenta o segundo pior nível da gestão Lula 3, governistas e lideranças do PT comemoraram a melhora nos índices, com a avaliação de que a população começa a perceber as ações adotadas pelo governo federal. Segundo a pesquisa, Lula conseguiu conter sua queda de popularidade, tendo o índice de aprovação subido de 24% no levantamento de fevereiro, para 29%. Porém, a taxa de reprovação - de 38% - supera o nível de aprovação. Já o nível daqueles que classificam a gestão como regular prosseguiu em 32%.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), foi um dos primeiros a comentar o levantamento e disse que a pesquisa confirma o que já se esperava: "uma virada na avaliação do governo", atribuída a ajustes na comunicação e na articulação política, que estão "surtindo efeito", na visão do parlamentar.

"Os números falam por si: crescimento do PIB, geração de emprego e recuperação da renda. No entanto, esses avanços ficaram abafados por três meses por uma estratégia de contrainformação, que distorceu fatos e inundou as redes com fake news para ocultar as conquistas reais da gestão", afirmou o deputado petista, que também falou em defesa da soberania nacional, citando as políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Nesta semana, o governo realizou um megaevento de vitrine das entregas nos últimos dois anos e lançou a campanha "O Brasil é dos brasileiros", buscando reforçar sua contraposição ao governo trumpista, que tem apoio de bolsonaristas.

"Enquanto isso, o bolsonarismo revela sua verdadeira face: Bolsonaro e seu filho Eduardo defendem abertamente as tarifas de Trump, alinhando-se aos interesses estrangeiros; Tarcísio**de Freitas, o governador bolsonarista de São Paulo, depois de posar como trumpista ao usar o boné do MAGA, agora se esconde em um silêncio cúmplice", escreveu Lindbergh no post em que comenta a pesquisa do Datafolha.

Líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT) foi outro a registrar o avanço de Lula na pesquisa. "A tendência é de início da percepção de um ciclo vertiginoso de melhorias. A realidade, a verdade e a democracia vão vencer", afirmou no X.

"Recuperou", postou também o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, defendeu que a melhora no índice de aprovação é o reconhecimento "por tudo o que foi feito nestes últimos dois anos". "A reconstrução do país, Pé de Meia, ampliação da Farmácia Popular, reforma agrária no ritmo dos dois primeiros governos do presidente Lula, Desenrola Rural, o menor desemprego da história, estamos saindo do mapa da fome e por aí vai. O Brasil está dando a volta por cima. Isso é só o começo", declarou também no X.

Números ainda não são confortáveis

Mesmo com o avanço, os números não são confortáveis para a gestão Lula. Como mostrou mais cedo o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), apesar da popularidade do ter parado de cair, a gestão ainda não recuperou do tombo histórico atingido no terceiro mandato do petista e registrado em fevereiro pelo Datafolha, quando a aprovação caiu de 35% para 24%.

Além disso, o petista ainda segue tendo maior rejeição pelo público evangélico. Quando os números são avaliados conforme a religião que o eleitor diz seguir, os católicos estão divididos entre os que consideram que Lula está fazendo um bom trabalho, e os que acham o oposto - com 34% de cada, enquanto 32% considera o governo regular.

Entre os evangélicos, 49% considera o governo do petista ruim ou péssimo, enquanto 19% avalia com bom ou ótimo. Os números oscilaram levemente comparados ao último levantamento, quando 48% reprovavam e 21% aprovavam a gestão.

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O braço das Forças Armadas do Iêmen ligado ao movimento houthi anunciou neste domingo, 27, que promoverá uma escalada nas suas operações militares contra Israel, diante do aumento da crise humanitária em Gaza. Segundo os iemenitas, a nova fase inclui o bombardeio a navios de empresas que negociam com os israelenses.

"As Forças Armadas do Iêmen alertam todas as empresas para que cessem imediatamente qualquer relação com os portos do inimigo israelense a partir do momento em que esta declaração for anunciada. Caso contrário, seus navios, independentemente do destino, serão alvos em qualquer lugar que esteja ao alcance de nossos mísseis e drones", afirmou em comunicado o porta-voz das Forças Armadas iemenitas, Yahya Saree.

De acordo com Saree, o Iêmen tem "uma responsabilidade religiosa, moral e humanitária" para com os palestinos de Gaza, que têm sofrido "massacres horríveis, brutais e sem precedentes na história contemporânea" por parte do regime de Benjamin Nethanyahu.

As operações militares, segundo o porta-voz,"cessarão imediatamente após o fim da agressão contra Gaza e a suspensão do bloqueio" de Israel à região palestina ocupada.

"As Forças Armadas do Iêmen apelam a todos os países: se quiserem evitar essa escalada, pressionem o inimigo para interromper sua agressão e suspender o bloqueio à Faixa de Gaza", afirmou Saree.

* Conteúdo traduzido com auxílio de inteligência artificial, revisado e editado pela redação da Broadcast

A Rússia abriu neste domingo, 27, uma ligação aérea regular entre Moscou (capital russa) e Pyongyang (capital da Coreia do Norte), em um movimento que reflete os laços cada vez mais estreitos entre os dois países. O primeiro voo operado pela companhia aérea russa Nordwind decolou do aeroporto Sheremetyevo, de Moscou, transportando mais de 400 passageiros. O Ministério dos Transportes da Rússia disse que haverá um voo por mês para atender à demanda.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, que visitou o novo resort de praia Wonsan-Kalma, da Coreia do Norte, no início deste mês, para se encontrar com o líder norte-coreano Kim Jong-un, prometeu incentivar os turistas russos a visitar o complexo.

O resort, que pode acomodar quase 20 mil pessoas, está no centro do impulso de Kim para aumentar o turismo a fim de melhorar a economia de seu país. A Coreia do Norte vem aliviando lentamente as restrições impostas durante a pandemia e reabrindo suas fronteiras em fases. Mas o país não disse se retomaria totalmente o turismo internacional.

Voos regulares entre a cidade portuária oriental da Rússia de Vladivostok e Pyongyang foram reabertos em 2023 após uma pausa causada pela pandemia de coronavírus. A Rússia e a Coreia do Norte expandiram significativamente os laços militares e outros nos últimos anos, com Pyongyang fornecendo armas e tropas para apoiar a ação militar da Rússia na Ucrânia.

* Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial

Rebeldes apoiados pelo Estado Islâmico atacaram uma igreja católica no leste da República do Congo neste domingo, 27, matando pelo menos 34 pessoas, de acordo com um líder da sociedade civil local. Dieudonne Duranthabo, um coordenador da sociedade civil em Komanda, na província de Ituri, disse à Associated Press que os agressores invadiram a igreja na cidade de Komanda por volta da 1h da manhã. Várias casas e lojas também foram queimadas.

"Os corpos das vítimas ainda estão no local da tragédia, e voluntários estão se preparando para enterrá-los em uma vala comum em um complexo da igreja católica", disse Duranthabo. Imagens de vídeo do local compartilhadas online pareciam mostrar estruturas em chamas e corpos no chão da igreja. Aqueles que conseguiram identificar algumas das vítimas choravam, enquanto outros ficaram em choque.

Pelo menos outras cinco pessoas foram mortas em um ataque anterior na vila vizinha de Machongani. "Eles levaram várias pessoas para o mato; nós não sabemos o seu destino ou o seu número", disse Lossa Dhekana, um líder da sociedade civil em Ituri, à AP.

Acredita-se que ambos os ataques tenham sido realizados por membros da Força Democrática Aliada (ADF, na sigla em inglês) armados com armas de fogo e facões. Esse grupo rebelde é afiliado ao Estado Islâmico. Os agressores vieram de um reduto a cerca de 12 quilômetros de Komanda e fugiram antes da chegada das forças de segurança.

Duranthabo condenou a violência no que ele chamou de "uma cidade onde todos os oficiais de segurança estão presentes". Ele pediu uma intervenção militar imediata, alertando que "o inimigo ainda está perto de nossa cidade".

Ataques

O leste do Congo sofreu ataques mortais nos últimos anos por grupos armados, incluindo o ADF e rebeldes apoiados por Ruanda. O ADF, que tem laços com o Estado Islâmico, opera na fronteira entre Uganda e Congo e frequentemente tem civis como alvo. O grupo matou dezenas de pessoas em Ituri no início deste mês em um episódio que um porta-voz das Nações Unidas descreveu como um banho de sangue.

A ADF foi formada por pequenos grupos distintos em Uganda no final dos anos 1990, após alegado descontentamento com o presidente Yoweri Museveni. Em 2002, após ofensivas militares das forças ugandenses, o grupo mudou suas atividades para o Congo e, desde então, tem sido responsável pelo assassinato de milhares de civis. Em 2019, o grupo jurou lealdade ao Estado Islâmico.

O Exército congolês (FARDC) há muito tempo tem dificuldades para conter o grupo, especialmente em meio a conflitos renovados envolvendo o movimento rebelde M23 apoiado pela vizinha Ruanda. (Com Associated Press)