Na Paulista, deputado Sóstenes diz esperar ter votos para urgência da anistia

Política
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O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL) afirmou durante o ato bolsonarista na Avenida Paulista neste domingo, 6, que a legenda espera ter, até a quarta-feira, 9, as assinaturas necessárias para pautar o regime de urgência do projeto de lei da anistia dos condenados pelo 8 de Janeiro.

"Com a ajuda (dos governadores) Ronaldo Caiado (União Brasil), Romeu Zema (Novo), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Wilson Lima (União Brasil) esperamos ter as 257 assinaturas necessárias. Aí, será pautado querendo ou não", bradou Sóstenes, que discursou de cima do trio elétrico, de onde autoridades bolsonaristas discursam durante o ato.

A legenda alega, há semanas, que já tem as assinaturas necessárias para acelerar a tramitação do projeto de lei da anistia, considerado o "problema 01" do PL. O partido, inclusive, entrou em obstrução para tentar pressionar pela urgência - uma estratégia que é considerada por governistas como "esvaziada".

Durante a semana, Sóstenes disse que mudou de estratégia para pautar o projeto - está indo atrás de rubricas individuais para levar o tema ao plenário sem necessidade de um acordo no colégio de líderes.

Neste domingo, 6, o líder sustentou que o PL vai publicar, nesta segunda, uma lista dos 162 deputados que já assinaram o requerimento, assim como os nomes dos parlamentares que estão "indecisos".

O líder do PL ainda ironizou o ato contra a anistia realizado pela esquerda dias atrás, também na Avenida Paulista, indicando que os opositores colocaram "meia dúzia nas ruas contra algo que é justiça para os injustiçados".

"Damos o recado que a direita está mais unida do que nunca. Bolsonaro reúne governadores para dizer: '2026 Bolsonaro de volta'", afirmou Sóstenes.

De acordo o Placar da Anistia do Estadão, levantamento exclusivo para identificar como cada um dos deputados se posiciona sobre o tema, mais de um terço dos 513 parlamentares da Câmara dos Deputados apoia a anistia aos presos do 8 de Janeiro. Já são 197 votos a favor da anistia, segundo o levantamento, faltando 60 votos para atingir a maioria absoluta da Câmara.

'Prerrogativa do Congresso'

O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que a decisão sobre a anistia dos envolvidos nas invasões em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023 pertence ao Congresso Nacional. Ele discursou durante manifestação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo, 6.

"A anistia, que está sendo vilipendiada por aqueles que não querem a reconciliação do País, é na verdade uma prerrogativa do Congresso brasileiro. Não pertence ao Supremo Tribunal Federal, não pertence ao presidente da República", disse

Marinho criticou o Poder Judiciário em sua fala, mas também deu um tom conciliatório à pauta da anistia. "Precisamos normalizar o País, e essa normalização só se dará com anistia", afirmou. Segundo ele, atos de anistia já ocorreram mais de 400 vezes na História brasileira.

Durante seu discurso, o senador ainda fez uma alusão à manifestação da esquerda que ocorreu uma semana antes no mesmo endereço, ironizando o quórum arregimentado pelas lideranças que apoiam o governo Lula.

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A partir de 12 de outubro, turistas que entrarem em Portugal, Espanha, França, Itália ou outros 25 países na Europa podem não ter mais seus passaportes carimbados. Parte do continente vai substituir o tradicional selo por um sistema eletrônico.

O objetivo, segundo a União Europeia, é agilizar o controle de fronteiras e aumentar a segurança. O registro de entrada no país será feito por meio de dados biométricos, com reconhecimento facial e impressões digitais.

Sem acarretar custos extras ao viajante, a mudança será gradual e está prevista para ser concluída até abril de 2026.

Países europeus que vão trocar carimbo por sistema eletrônico:

Áustria

Bélgica

Bulgária

Croácia

República Tcheca

Dinamarca

Estônia

Finlândia

França

Alemanha

Grécia

Hungria

Islândia

Itália

Letônia

Liechtenstein

Lituânia

Luxemburgo

Malta

Holanda

Noruega

Polônia

Portugal

Romênia

Eslováquia

Eslovênia

Espanha

Suécia

Suíça

O Hamas condenou a visita do enviado especial dos Estados Unidos ao Oriente Médio, Steve Witkoff, a centros de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Segundo o grupo, a visita foi uma "peça teatral previamente preparada para enganar a opinião pública, embelezar a imagem da ocupação e conceder-lhe uma cobertura política".

A chamada Fundação Humanitária de Gaza, supervisionada por Israel e visitada por Witkoff, é descrita pelo Hamas como uma entidade "criada para completar os capítulos de assassinato e genocídio". Para o grupo, os EUA têm responsabilidade direta na crise humanitária. "O governo americano é um parceiro completo no crime de fome e genocídio que ocorre diante dos olhos e ouvidos do mundo inteiro", escreveu.

O Hamas ainda exigiu que Washington retire seu apoio a Israel, defendam um cessar-fogo e promovam a "retirada do exército de ocupação israelense e o levantamento do cerco injusto ao nosso povo". O grupo afirma que o atual alinhamento dos EUA às ações israelenses aprofundam a "catástrofe humanitária" e perpetuam o conflito na região.

As Forças Armadas da Ucrânia afirmaram hoje que realizaram ataques bem-sucedidos contra "infraestruturas críticas" da Rússia, incluindo duas refinarias de petróleo, em resposta aos recentes bombardeios russos contra cidades ucranianas. Segundo comunicado divulgado pelo Comando Militar por meio do Telegram, foram atingidas as refinarias de Riazã e Novokuibyshevsk, duas das maiores do país, segundo a estatal que as administra, além de um depósito de combustível na região de Voronej.

De acordo com o comunicado, "foi confirmado o impacto em empresas da indústria de refino de petróleo do país ocupante Rússia". Além disso, drones ucranianos atacaram com sucesso "a base de combustíveis e lubrificantes 'Anna Naftoprodukt' na região de Voronej".

As forças ucranianas também disseram ter danificado uma fábrica militar na região de Penza. Segundo o texto, "foi atingida a empresa Elektroprylad, que se especializa na produção de sistemas de telecomunicações protegidos, equipamentos criptográficos e placas de circuito para equipamentos militares".

O ataque, segundo Kiev, foi uma retaliação direta aos "recentes ataques terroristas da Rússia contra cidades ucranianas, que resultaram em civis mortos e feridos". O texto afirma que explosões e incêndios foram registrados nos locais atingidos e que informações mais detalhadas sobre as consequências dos ataques estão sendo apuradas.

Os militares ucranianos prometeram manter os ataques até um cessar-fogo completo da "agressão armada da Federação Russa contra a Ucrânia".