Marco Nanini acompanha sessão do Conselho de Ética da Câmara que pode cassar Glauber Braga

Política
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O ator e produtor teatral Marco Nanini está na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 9, para prestar apoio ao deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). A sessão no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar pode cassar o mandato do deputado por quebra de decoro parlamentar.

Nanini conheceu Braga e a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) no último final de semana, em Brasília, onde apresentou o espetáculo "O Traidor", dirigido por Gerald Thomas. Convidados pelo ator para assistir à peça, os três se conheceram no camarim. Ainda no palco, Nanini disse que "alguns de nossos melhores políticos" estavam na plateia, citando nominalmente Braga e Sâmia, além dos deputados Chico Alencar (PSOL-RJ) e Tarcísio Motta (PSOL-RJ).

"Glauber fica!", disse o ator, mesma frase usada por ele na Câmara em um adesivo colado em sua camisa. A sessão foi retomada nesta quarta após um pedido de vista na última semana. O relator do processo, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), recomendou a punição de Braga.

O partido Novo acusou Braga de ter expulsado da Câmara o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro, em abril do ano passado, durante debate de proposta para regulamentar a profissão de motoristas de aplicativo.

Em registros da briga, os dois aparecem discutindo por aproximadamente dois minutos, até Costenaro fazer insinuações sobre a mãe de Braga, que na época estava doente. O deputado federal, então, expulsou, com empurrões e aos chutes, o membro do MBL da Câmara. A mãe do deputado faleceu 22 dias depois.

Braga diz que reagiu às provocações do integrante do MBL, que tem, segundo ele, histórico de agir de tal maneira.

Como mostrou o Estadão, o relator que recomendou a punição de Braga, deputado Paulo Magalhães, já agrediu um jornalista na Câmara, mas não foi punido. O caso ocorreu em 2001, quando o jornalista Maneca Muniz publicava um livro sobre Antônio Carlos Magalhães, tio de Paulo. Ele negou a agressão.

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A pressão sobre Israel por crimes humanitários cometidos na Faixa de Gaza chamou a atenção de líderes globais nos últimos dias.

Em uma declaração nesta quinta-feira, 24, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, afirmou que o sofrimento e a fome que estão ocorrendo no enclave são "indescritíveis e indefensáveis" e que, embora a situação já seja grave há algum tempo, ela atingiu novos patamares e continua a piorar. "Estamos testemunhando uma catástrofe humanitária".

Starmer ainda pontuou que fará uma chamada de emergência com a França, Alemanha e Itália para discutir a situação.

Paralelamente, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje através das redes sociais que a França reconhecerá o Estado da Palestina.

Mais de 100 organizações humanitárias e de direitos humanos alertaram ontem que o bloqueio de Israel e sua ofensiva militar contínua estão empurrando a população da Faixa de Gaza para a fome. Em carta aberta, 115 entidades, entre elas Médicos Sem Fronteiras, Mercy Corps e Save the Children, denunciaram que estão vendo "seus próprios colegas e os palestinos que atendem se definharem".

Nas últimas três semanas, pelo menos 48 pessoas morreram de causas relacionadas à desnutrição, incluindo 28 adultos e 20 crianças, informou o Ministério da Saúde de Gaza hoje, segundo a The Associated Press.

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira, 24, que a França reconhecerá o Estado da Palestina.

"Fiel ao seu compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Oriente Médio, decidi que reconheceremos o Estado da Palestina", escreveu ele na rede social X.

Macron ainda afirmou que fará um anúncio solene na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro.

O presidente francês pediu pela implementação imediata de um cessar-fogo, a liberdade todos os reféns e fornecimento de ajuda humanitária maciça à população de Gaza.

"Devemos também garantir a desmilitarização do Hamas e proteger e reconstruir Gaza. Por fim, devemos construir o Estado da Palestina, garantir sua viabilidade e garantir que, ao aceitar sua desmilitarização e reconhecer plenamente Israel, ele contribua para a segurança de todos no Oriente Médio", acrescentou a postagem.

"Nós venceremos a paz", finalizou Macron.

Um passageiro da companhia aérea Turkish Airlines morreu em um voo que partiu de Istambul, na Turquia, com destino a São Francisco, nos Estados Unidos, mas as autoridades não sabem confirmar para onde o corpo foi levado após um pouso de emergência em Chicago. As informações são do jornal The Independent, que cita o site de notícias local SFGATE.

O caso aconteceu no dia 13 de julho. O homem sofreu uma emergência médica enquanto o avião sobrevoava a Groenlândia. Inicialmente, a tripulação planejou desviar o voo para a Islândia - no entanto, após o falecimento do passageiro, eles optaram por seguir a caminho dos EUA.

Segundo o blog de aviação Aviation A2Z, a pressa para se fazer um pouso de emergência diminui após a confirmação de uma morte, já que a prioridade passa a ser encontrar um aeroporto que tenha equipamentos e equipes para lidar com a situação.

O avião então pousou no aeroporto Chicago O'Hare, importante centro internacional que teria capacidade de lidar com a situação. O corpo então deveria ter sido transferido para o Instituto Médico Legal do Condado de Cook, mas uma porta-voz da unidade afirmou ao portal SFGate que não há registro do passageiro no local e que eles não foram notificados de nenhum caso que correspondesse à descrição do voo.

Questionado pelo SFGATE, o gerente da estação da Turkish Airlines no Aeroporto Internacional de São Francisco, Ertugrul Gulsen, se recusou a comentar sobre o assunto e disse apenas que os demais passageiros do voo desviado foram colocados em outra aeronave, que aterrissou em São Francisco horas depois.

O The Independent diz que a companhia aérea não confirmou a identidade do passageiro nem divulgou a causa da morte, apenas observou que se tratava de uma emergência médica. A Turkish Airlines não respondeu aos questionamentos do Independent e do SFGATE.