Kassab afirma que 'se o PSD tiver candidato à Presidência, será Ratinho Júnior'

Política
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O presidente do PSD, Gilberto Kassab, afirmou novamente que se o partido decidir ter um candidato próprio para as eleições presidenciais de 2026, o nome será Ratinho Júnior, atual governador do Paraná. A declaração ocorreu durante evento do PSD no Rio de Janeiro.

Segundo Kassab, o debate sobre a pré-candidatura deve ocorrer "mais tarde neste ano". A sigla avalia como positivo ter um nome próprio na disputa pelo Palácio do Planalto para se distanciar da polarização protagonizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As informações são do Valor Econômico.

Em declarações, o governador paranaense já disse ter interesse em concorrer, se assim for a decisão do PSD. Kassab, por sua vez, já declarou ao Estadão que Ratinho é o "candidato natural" para a posição. O dirigente o descreveu como "bem preparado" e responsável por "excelentes resultados no Paraná".

Durante o evento no Rio, o chefe do Executivo paranaense disse que ser considerado para a disputa o deixa feliz. "Só o fato de estar no tabuleiro nacional como um possível protagonista me deixa muito honrado. Claro que isso não é uma coisa que naturalmente coloca a minha candidatura, porque tem uma construção interna dentro de partido, com a sociedade de certa forma, e eu também tenho um compromisso com o meu Estado", ponderou Ratinho.

As candidaturas para a Presidência da República só serão oficializadas em agosto de 2026. Já o prazo para deixar um cargo de governador e concorrer a presidente é, segundo a legislação eleitoral, de seis meses antes do pleito. O processo é chamado de desincompatibilização.

Além de Ratinho Júnior, são considerados presidenciáveis os governadores Tarcísio Freitas (Republicanos), de São Paulo; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul; e Ronaldo Caiado (União), de Goiás, que lançou sua pré-candidatura em evento na Bahia na última semana.

Com exceção de Leite, eles estiveram presentes no ato pela anistia aos presos do 8 de Janeiro convocado por Bolsonaro no último domingo, 6. Sua presença tem sido interpretada como uma tentativa de herdar parcelas do capital político do ex-mandatário, que está inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral e responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

Assim como para Ratinho, a construção da candidatura dos quatro ainda tem um longo caminho pela frente. Nesta terça-feira, 8, o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) decidiu por unanimidade aceitar o recurso apresentado por Ronaldo Caiado contra a inelegibilidade. Ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Já no caso de Zema, a candidatura estaria condicionada, segundo o presidente do partido Novo, Eduardo Ribeiro, à ausência de Bolsonaro do cenário eleitoral.

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O exército de Israel anunciou, neste sábado, 26, que lançamentos aéreos com ajuda começarão a ser feitos esta noite na Faixa de Gaza. Além disso, corredores humanitários serão estabelecidos para os comboios de ajuda enviados pela Organização das Nações Unidas (ONU), após relatos crescentes de mortes relacionadas à fome na região.

Não foi especificado, entretanto, quando os corredores humanitários para os comboios da ONU seriam abertos ou onde exatamente. As operações de combate ao Hamas na região continuam, disse o exército israelense.

Mais mortos

Ataques aéreos israelenses mataram, pelo menos, 53 pessoas em Gaza desde esta madrugada, a maior parte delas enquanto buscava ajuda, de acordo com autoridades de saúde palestinas e o serviço de ambulâncias local.

Esta madrugada, as forças israelenses feriram outras 120 quando dispararam contra multidões que tentavam obter comida de um comboio da ONU que entrava, disse o Mohamed Abu Selmiyah, diretor do hospital Shifa. "Estamos esperando que os números aumentem nas próximas horas", disse.

Negociações de cessar-fogo paralisadas

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ontem que seu governo estava considerando "opções alternativas" para as negociações de cessar-fogo. Um oficial do Hamas, no entanto, disse que as negociações devem ser retomadas na próxima semana e chamou a retirada das delegações de uma tática de pressão. Fonte:

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast.

O Reino Unido está se preparando para realizar entregas aéreas de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e evacuar "crianças que necessitam de assistência médica", informou Downing Street neste sábado, 26.

O anúncio foi feito após uma conversa telefônica entre o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Friedrich Merz.

"O primeiro-ministro explicou como o Reino Unido também implementará planos para colaborar com parceiros como a Jordânia para lançar ajuda aérea e evacuar crianças que necessitem de assistência médica", indicou um comunicado de Downing Street.

Na véspera, Paris, Berlim e Londres pediram ao governo israelense que "levante imediatamente as restrições ao envio de ajuda".

Israel enfrenta crescente pressão internacional devido à grave situação humanitária no território palestino.

No final de maio, o governo israelense suspendeu parcialmente o bloqueio total imposto em Gaza no início de março. Os mais de dois milhões de moradores enfrentam grandes dificuldades para acessar alimentos, medicamentos e outros produtos essenciais.

De acordo com o Programa Mundial de Alimentos, a agência da ONU responsável pela ajuda alimentar, aproximadamente um terço dos habitantes da Faixa passa dias sem comer.

Um funcionário israelense declarou na sexta-feira à agência AFP que as entregas aéreas de ajuda humanitária seriam retomadas rapidamente em Gaza, um território devastado por mais de 21 meses de guerra e ameaçado pela fome.

Essas entregas devem ser realizadas "sob coordenação dos Emirados Árabes Unidos e da Jordânia", declarou sob condição de anonimato.

A Rússia e a Ucrânia trocaram ataques aéreos na madrugada deste sábado, resultando em duas mortes em cada país e feridos em ambos os lados, segundo autoridades locais.

De acordo o Ministério da Defesa russo, foram atingidas instalações militares ucranianas que "fabricam componentes para armas de mísseis, além de produzir munições e explosivos".

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou, via redes sociais, que "não pode haver absolutamente nenhum silêncio em resposta a tais ataques, e drones de longo alcance ucranianos garantem isso".

"Empresas militares russas, logística russa, aeroportos russos devem sentir que a guerra russa tem consequências reais para eles", escreveu Zelensky.

Drones da Ucrânia também alvejaram Moscou, mas foram abatidos, de acordo com o prefeito Sergei Sobyanin.