Lula e comitiva chegam a Roma para o funeral de papa Francisco; veja quem viajou

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a Roma às 8h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira, 25, para participar do funeral do papa Francisco no sábado, 26. A comitiva é composta por quatro ministros de Estado, os chefes dos Três Poderes e dez parlamentares. Além deles, estão a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e o embaixador Celso Amorim, assessor-chefe da assessoria especial da Presidência da República.

Até o início da semana, a agenda prevista do presidente na Europa era apenas o comparecimento ao funeral do papa, sem encontros bilaterais.

Como o governo havia divulgado no começo da semana, os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), também estão no Vaticano.

A presença deles na comitiva ocorre em meio a envios de projetos importantes do governo ao Congresso, e a viagem é vista como uma oportunidade também para alinhar as votações das propostas.

O papa Francisco morreu na segunda-feira, 21, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC), seguido de insuficiência cardíaca. No dia anterior, o argentino, de 88 anos, apareceu em público no Vaticano em uma missa de Páscoa, quando fez a última saudação aos fiéis.

Lista da comitiva brasileira para funeral do papa

1 - Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira;

2 - Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski;

3 - Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira;

4 - Ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo;

5 - Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP);

6 - Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB);

7 - Presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso;

8 - Embaixador Celso Amorim, assessor-chefe da assessoria especial da Presidência;

9 - Senador Renan Calheiros (MDB-AL);

10 - Senadora Leila Barros (PDT-DF);

11 - Senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS);

12 - Deputado Luis Tibé (Avante-MG);

13 - Deputado Odair Cunha (PT-MG);

14 - Deputado Padre João (PT-MG);

15 - Deputado Reimont (PT-RJ);

16 - Deputado Luiz Gastão (PSD-CE);

17 - Deputado Dagoberto Nogueira (PSDB-MS);

18 - Deputada Professora Goreth (PDT-AP).

Em outra categoria

Luigi Mangione, acusado da morte a tiros do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, declarou-se inocente das acusações federais nesta sexta-feira, 25, em um caso que pode o levar à pena de morte.

Mangione enfrenta acusações que incluem o uso de uma arma de fogo para cometer assassinato, perseguição interestadual e disparo de uma arma de fogo equipada com silenciador. Alguns de seus partidários, que se agarraram ao caso devido à frustração com o setor de seguros, sentaram-se atrás dele na galeria lotada do tribunal.

Os promotores federais apresentaram na quinta-feira, 24, uma notificação formal de que pretendem pedir a pena de morte. No início deste mês, a Procuradora Geral Pam Bondi ordenou que eles fizessem isso, chamando o suposto crime de "assassinato premeditado e a sangue frio que chocou os Estados Unidos".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cobrou a finalização de um acordo estratégico entre o país e a Ucrânia envolvendo terras raras, minerais essenciais para a produção de tecnologias avançadas. O acordo faz parte das negociações para o fim da guerra Rússia-Ucrânia, mediadas pelos americanos, e para garantias de segurança para os ucranianos após o conflito.

"A Ucrânia, liderada por Volodymyr Zelensky, ainda não assinou os documentos finais sobre o importante acordo de terras raras com os Estados Unidos. O atraso é de pelo menos três semanas. Espera-se que seja assinado IMEDIATAMENTE", escreveu em publicação na Truth Social.

Além disso, o republicano mencionou avanços nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. "O trabalho no acordo geral de paz entre a Rússia e a Ucrânia está indo bem. O SUCESSO parece nos esperar no futuro!"

O ex-deputado George Santos, filho de brasileiros que caiu em desgraça após mentir sobre sua história de vida e terminou expulso do Congresso, foi condenado a mais de sete anos de prisão nos Estados Unidos por corrupção nesta sexta-feira, 25.

Depois que as mentiras vieram a tona, ele passou a ser investigado e foi acusado de falsificar registros financeiros da campanha, fraudar doadores e receber seguro-desemprego indevidamente.

Em sentença emitida nesta sexta-feira, 25, a juíza concordou com a pena de 87 meses pedida pelos promotores. O departamento de Justiça afirmou que, mesmo após se declarar culpado no ano passado, Santos "repetidamente tentou transferir a culpa para outros" e não demonstrou nenhum remorso genuíno. Ele também foi condenado a pagar mais de US$ 370 mil em restituição às vítimas e multa de US$ 205 mil.

John Durham, promotor interino dos EUA para o Distrito Leste de Nova York, disse que Santos estava sendo responsabilizado por anos de engano e roubo. "Ele vai para uma prisão federal e será punido por sua fraude impressionante", disse em frente ao tribunal.

George Santos, por sua vez, deixou a corte sem falar com a imprensa. Ele deve se apresentar para cumprir a pena em 25 de julho.

No tribunal, Santos pediu clemência, dizendo entre lágrimas que estava "humilhado" e "castigado", reconhecendo que traiu a confiança de seus eleitores. Ele já havia se declarado culpado por fraude e roubo qualificado de identidade. "Ofereço minhas mais profundas desculpas", disse. "Não posso reescrever o passado, mas posso controlar o caminho à frente."

Seus advogados haviam pedido pena de dois anos de prisão, alegando que ele havia assumido a responsabilidade por suas ações. A defesa escreveu em documentos judiciais que seus atos derivavam, em grande parte, de um desespero equivocado relacionado à sua campanha política, e não de uma malícia inerente.

Mas a juíza distrital Joanna Seybert não se mostrou convencida. "Onde está seu remorso? Onde eu vejo isso?", perguntou ela ao condená-lo.

A sentença desta sexta-feira marcou o desfecho da história de ascensão e queda de George Santos, filho de brasileiros eleito como deputado pelo Partido Republicano em 2022 e expulso do Congresso no ano seguinte.

Santos admitiu ter enganado doadores e roubado a identidade de quase uma dúzia de pessoas, incluindo familiares, para financiar sua campanha vitoriosa.

"Desde o momento em que declarou sua candidatura ao Congresso, Santos usou sua campanha para enriquecimento e benefício financeiro próprios", disse o promotor John Durham.

George Santos foi eleito conquistando republicanos de um distrito rico de Nova York que abrange partes do Queens e de Long Island.

Logo depois, descobriu-se que o político até então desconhecido havia inventado boa parte de sua biografia, apresentando-se falsamente como empresário de sucesso que trabalhou em prestigiadas firmas de Wall Street.

Na realidade, Santos enfrentava dificuldades financeiras e até ameaças de despejo. As revelações levaram a investigações criminais e parlamentares sobre como ele havia financiado sua campanha.

"Ele contou mentira após mentira até que isso o alcançou - até que nós o alcançamos e o expusemos pelo que ele realmente era: um oportunista e um fraudador", disse a promotora do condado de Nassau, Anne Donnelly, republicana, do lado de fora do tribunal nesta sexta. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)