PSDB autoriza discussões para fusão com o Podemos e marca decisão para junho

Política
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O PSDB deu início oficial às discussões para uma possível fusão com o Podemos. A decisão foi aprovada pela Executiva Nacional do partido nesta terça-feira, 29, por unanimidade. Como mostrou o Estadão em fevereiro, a união com o partido comandado pela deputada federal Renata Abreu (SP) encontra consenso entre parlamentares, lideranças históricas e dirigentes.

Com a aprovação da Executiva, a expectativa é que o partido inicie uma rodada de consultas formais às diversas instâncias internas. Além disso, a Executiva convocou uma Convenção Nacional para o dia 5 de junho, quando a proposta de fusão e eventuais mudanças no estatuto partidário serão discutidas e votadas.

"A ideia é construir uma nova alternativa de centro democrático, distante dos extremos, com foco na retomada do desenvolvimento do País", disse o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, por meio de nota enviada à imprensa. "PSDB e Podemos continuarão se reunindo nas próximas semanas para construir as convergências necessárias à consolidação de nossa união de estruturas e, principalmente, de propósitos", acrescentou ele.

Já Renata Abreu disse, em nota, que a soma de forças entre as siglas representa não apenas o crescimento das estruturas partidárias, mas a "união de propósitos e valores que colocam o interesse público acima de disputas ideológicas e extremismos".

As tratativas com o Podemos ganharam força após o PSDB recuar de uma incorporação ao PSD, cujo resultado prático seria a extinção da legenda tucana. Interlocutores de Perillo tratavam a incorporação ao partido de Gilberto Kassab como certa, mas o dirigente precisou voltar atrás após forte resistência de tucanos históricos e de deputados federais, como o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG).

A fusão com o Podemos conta com o apoio das principais lideranças do partido, incluindo Marconi, Aécio, o deputado federal Beto Richa (PSDB-PR) e o presidente da Executiva Estadual do PSDB de São Paulo e ex-prefeito de Santo André, Paulo Serra.

"Aqueles que apostaram no fim do PSDB estão testemunhando um recomeço, um renascimento de um movimento partidário importante para o Brasil e que vai trazer, não tenho dúvida, uma alternativa longe dos extremos para os Estados e para o País", disse Paulo Serra.

Para os tucanos favoráveis, a aliança com o Podemos garantiria o fôlego necessário para superar a cláusula de barreira na próxima eleição, além de posicionar o novo partido em um patamar mais elevado para futuras negociações com outras legendas.

Estudo encomendado pelo Podemos e obtido pelo Estadão aponta que, em caso de fusão, o novo partido teria um Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) de cerca de R$ 380 milhões, tornando-se o sétimo maior do País, à frente do Republicanos. Já o fundo partidário chegaria a R$ 90 milhões, ocupando a quinta posição entre as legendas e superando PSD, Republicanos e MDB.

A pesquisa também revela que a fusão entre Podemos e PSDB formaria a quinta maior força partidária nas Câmaras Municipais. Em número de prefeitos, a nova sigla contaria com 400 chefes de Executivo e ultrapassaria PT, PSB e PDT. Em população, isso representa 16 milhões de brasileiros governadores. No Congresso, se não houver desfiliações, o partido teria uma bancada de 30 deputados e 7 senadores.

Outro ponto positivo para os tucanos da fusão com o Podemos é o apoio de Renata Abreu à ideia de uma candidatura própria à Presidência em 2026. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, um dos principais quadros do PSDB, já manifestou publicamente o desejo de disputar o Planalto.

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