Bolsonaro reitera Tarcísio e Mourão e amplia lista de testemunhas em ação do golpe; veja lista

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reiterou nomes e acrescentou duas novas testemunhas na ação penal do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a trama golpista. Na segunda-feira, 28, Bolsonaro enviou ao Supremo a defesa prévia do processo após ser intimado na semana passada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, onde se recupera de uma cirurgia no intestino.

Como mostrado pelo Estadão, Bolsonaro já havia indicado políticos como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o ex-vice-presidente, general Hamilton Mourão, e o ex-ministro da Saúde e deputado federal, Eduardo Pazuello. Também constam outra vez na lista os ex-comandantes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior.

As novidades são Giuseppe Dutra Janino, ex-servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e Ricardo Peixoto Camarinha, ex-médico da Presidência da República no governo Bolsonaro.

Confira a lista completa das 15 testemunhas arroladas por Bolsonaro:

- Amaury Feres Saad

- Brigadeiro Carlos de Almeida Batista Júnior

- Ciro Nogueira

- Coronel Wagner Oliveira da Silva

- Eduardo Pazuello

- General Júlio César de Arruda

- General Marco Antônio Freire Gomes

- Gilson Machado

- Giuseppe Dutra Janino

- Hamilton Mourão

- Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro

- Renato de Lima França

- Ricardo Peixoto Camarinha

- Rogério Marinho

- Tarcísio Gomes de Freitas

No documento enviado ao STF, Bolsonaro também reclamou de ter sido intimado na UTI do hospital. "A citação foi realizada de forma contrária ao quanto estipula o artigo 244 do CPC e ocorreu contra a orientação e apesar das advertências dos médicos responsáveis pelo tratamento e internação do peticionário, situação que, todavia, não foi registrada nos autos na certidão lavrada", afirmou a defesa.

No dia 11 de abril, o ministro Alexandre de Moraes ordenou a notificação de todos os acusados do núcleo 1 que se tornaram réus após a decisão da Primeira Turma do STF. As notificações foram finalizadas entre os dias 11 e 15 de abril, com exceção de Jair Bolsonaro, que passou mal no dia 12 e precisou passar por cirurgia nos dias seguintes.

Considerando essa situação, o Supremo aguardava o momento oportuno para notificá-lo. No entanto, após o ex-presidente aparecer em uma live transmitida diretamente da UTI na terça-feira, 22, a Corte determinou que um oficial de Justiça fosse ao hospital no dia seguinte para realizar a intimação.

Quem são as novas testemunhas arroladas?

Giuseppe Dutra Janino foi servidor do Tribunal Superior Eleitoral por 25 anos e se aposentou em 2021. Em novembro de 2018, quando ocupava o cargo de secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal, ele acionou a Polícia Federal para que investigasse um ataque hacker à rede interna da Justiça Eleitoral.

Seu nome circula em meio a apoiadores do ex-presidente com a falsa acusação de que ele seria responsável pela invasão hacker nas urnas eletrônicas e que teria atuado como assessor do ministro Luís Roberto Barroso.

Como verificado pelo Estadão, as afirmações são falsas. Janino nunca foi considerado um dos suspeitos da invasão hacker, tampouco foi assessor pessoal do ministro Luís Roberto Barroso.

Já Ricardo Peixoto Camarinha, foi médico da Presidência da República enquanto Jair Bolsonaro era presidente. O cardiologista visitou assinou alguns dos boletins médicos do ex-presidente em 2019.

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Um júri da Flórida considerou que a Tesla foi parcialmente culpada por uma colisão fatal em 2019 envolvendo um veículo equipado com o software de piloto automático da empresa, concedendo aos demandantes quase US$ 329 milhões em danos. Isso marca a primeira vez que um júri concede danos em um processo relacionado aos recursos de assistência de direção da Tesla e um grande revés para a empresa de Elon Musk.

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*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

O ex-presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, foi condenado a 12 anos de prisão nesta sexta-feira, 1º, em um processo por suborno e fraude processual, ligados às atividades de grupos paramilitares no país. Além disso, o antigo mandatário não poderá ocupar cargos públicos em 100 meses, segundo a decisão, sobre a qual cabe recurso.

A medida pede prisão domiciliar imediata e detenção imediata. Aliados criticaram a decisão, como no caso do também ex-presidente Iván Duque, que afirmou que não há provas para tal condenação, e que anunciou um pedido para observação internacional da decisão em uma postagem no X.

Nesta semana, o presidente Gustavo Petro pediu para que os Estados Unidos não interferissem na justiça colombiana após comentários de autoridades de Washington sobre o julgamento. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que "o único crime do ex-presidente colombiano Uribe foi lutar incansavelmente e defender sua pátria".

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O governo dos Estados Unidos anunciou na quinta-feira, 31, que a construção de um novo e enorme salão de festas de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1,10 bilhão na cotação atual) começará em setembro e estará pronta antes do fim do mandato do presidente americano Donald Trump, no início de 2029.

Essa será a mais recente mudança na Casa Branca desde que o republicano voltou ao cargo em janeiro. Também será a primeira mudança estrutural na mansão desde a adição da varanda Truman em 1948.

Trump redecorou o Salão Oval com a adição de ornamentos dourados e querubins, retratos presidenciais e outros itens, e instalou enormes mastros nas gramas norte e sul para hastear a bandeira americana. Os trabalhadores estão atualmente concluindo um projeto para substituir a grama do Rose Garden por pedras.

'Sou bom em construir coisas'

Trump promete há meses construir um salão de festas, com a justificativa de que a Casa Branca não tem espaço suficiente para grandes eventos. Ele também zombava da ideia de receber chefes de Estado e outros convidados em tendas no gramado, como os governos anteriores faziam para jantares oficiais com centenas de convidados.

A Sala Leste, a maior sala da Casa Branca, pode acomodar cerca de 200 pessoas. O republicano disse que vem planejando a construção há algum tempo.

"Há mais de 150 anos que querem um salão de festas na Casa Branca, mas nunca houve um presidente que fosse bom em salões de festas ", afirmou Trump aos repórteres nesta quinta-feira. "Sou bom em construir coisas e vamos construir rapidamente e dentro do prazo. Vai ficar lindo, top, top de linha."

Ele afirmou que o novo salão de festas não interferirá na mansão em si. "Ele ficará próximo, mas não encostará nela e respeitará totalmente o edifício existente, do qual sou o maior fã", acrescentou ele sobre a Casa Branca. "É o meu favorito. É o meu lugar favorito. Eu o adoro."

Trump disse que o salão de festas servirá aos futuros governos. "Será um grande projeto de legado", disse ele. "Acho que ficará realmente lindo."

Arrecadação de US$ 200 milhões

O salão de festas de 8.361 metros quadrados será construído onde fica a Ala Leste, com capacidade para 650 pessoas sentadas. A Ala Leste abriga vários escritórios, incluindo o da primeira-dama. Esses escritórios serão temporariamente realocados durante a construção e essa ala do edifício será modernizada e renovada, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt. "Nada será demolido", afirmou ela.

A chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles, informou que o presidente, cuja carreira inicial foi no setor imobiliário e de construção, e sua equipe da Casa Branca estão "totalmente comprometidos" em trabalhar com as organizações apropriadas para preservar a "história especial" da mansão.

"O presidente Trump é um construtor nato e tem um olho extraordinário para os detalhes", disse Wiles em comunicado.

Leavitt disse em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira que Trump e outros doadores se comprometeram a arrecadar os cerca de US$ 200 milhões necessários para os custos de construção. Ela não revelou os nomes dos outros doadores.

Simulações de como será o futuro salão de baile foram publicadas no site da Casa Branca.

O presidente escolheu a McCrery Architects, com sede em Washington, como arquiteta principal do projeto. A equipe de construção será liderada pela Clark Construction. A engenharia será fornecida pela AECOM.

Trump também tem outro projeto em mente. Ele disse à NBC News em uma entrevista que pretende substituir o que ele chamou de banheiro "terrivelmente" reformado no famoso Quarto Lincoln por um que tenha um estilo mais próximo do século XIX. (COM INFORMAÇÕES DA AP)

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.