Trama golpista: STF marca datas para ouvir testemunhas de Bolsonaro e réus do 'núcleo 1'

Política
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou nesta quarta-feira, 7, as datas para que as testemunhas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos outros sete réus por suposta tentativa de golpe de Estado sejam ouvidas. As oitivas ocorrerão entre os dias 19 deste mês e 2 de junho.

Ao todo, serão ouvidas, entre testemunhas de acusação e defesa, 81 pessoas, entre as quais os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), além de senadores, deputados, militares e ex-integrantes de alto escalão do governo Bolsonaro.

Essa é uma das fases da instrução processual, ou seja, ainda não é o julgamento decisivo da ação penal, que ainda não tem data marcada. A Primeira Turma do Supremo tornou todos os integrantes do chamado "núcleo crucial" do golpe em réus, por unanimidade, em 26 de março.

As audiências serão realizadas via videoconferência, e as defesas são responsáveis por apresentar suas testemunhas, independentemente de intimação, conforme decidido pelo relator e de acordo com a jurisprudência da Corte.

A decisão de Moraes também estabeleceu que se comunique às autoridades superiores para liberar servidores públicos e militares arrolados. Já governadores e parlamentares, conforme a lei, poderão escolher o horário que serão ouvidos, dentro da janela disponibilizada pela Corte.

A lista das testemunhas designadas para oitiva inclui seis testemunhas de acusação, sete testemunhas do delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e 68 testemunhas arroladas pelas diversas defesas, algumas por mais de uma defesa. Confira quem são e as datas que devem ser ouvidas:

TESTEMUNHAS DE ACUSAÇÃO: 19/5, ÀS 15H

- Éder Lindsay Magalhães Balbino (testemunha também da defesa de Walter Souza Braga Netto)

- Clebson Ferreira de Paula Vieira;

- Adiel Pereira Alcântara;

- Ibaneis Rocha Barros Júnior (testemunha também da defesa de Anderson Gustavo Torres);

- Marco Antônio Freire Gomes (testemunha também das defesas de Mauro César Barbosa Cid, Almir Garnier dos Santos, Jair Messias Bolsonaro e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira);

- Carlos de Almeida Baptista Júnior (testemunha também das defesas de Almir Garnier dos Santos, Jair Messias Bolsonaro e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira).

Testemunhas do colaborador Mauro Cid: 22/5, às 8h

- Flávio Alvarenga Filho;

- João Batista Bezerra;

- Edson Dieh Ripoli;

- Julio Cesar de Arruda (testemunha também da defesa de Jair Messias Bolsonaro);

- Fernando Linhares Dreus;

- Raphael Maciel Monteiro;

- Luís Marcos dos Reis;

- Adriano Alves Teperino.

TESTEMUNHAS DE DEFESA

Testemunhas de Alexandre Ramagem Rodrigues

- Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho - 23/5, às 8h

- Frank Márcio de Oliveira - 23/5, às 8h

- Rolando Alexandre de Souza - 23/5, às 8h

- Alexandre de Oliveira Pasiani - 23/5, às 8h

Testemunhas de Walter Souza Braga Netto

- Waldo Manuel de Oliveira Aires - 23/5, às 8h

- Éder Lindsay Magalhães Balbino - sem data definida

- Hamilton Mourão - 23/5, às 14h

- Marcelo Antonio Cartaxo Queiroga - 26/5, às 15h

- Rogério Marinho - 2/6, às 15h

Testemunhas de Augusto Heleno Ribeiro Pereira:

- Hamilton Mourão - 23/5, às 14h

- Alex D'Alosso Minussi - 23/5, às 14h

- Gustavo Suarez da Silva - 23/5, às 14h

- Carlos José Russo Penteado - 26/5, às 15h

- Ricardo Ibsen Pennaforte de Campos - 26/5, às 15h

- Marcelo Antonio Cartaxo Queiroga - 26/5, às 15h

- Antonio Carlos de Oliveira Freitas - 26/5, às 15h

- Amilton Coutinho Ramos - 26/5, às 15h

- Ivan Gonçalves - 26/5, às 15h

- Valmor Falkemberg Boelhouwer - 26/5, às 15h

- Christian Perillier Schneider - 26/5, às 15h

- Osmar Lootens Machado - 26/5, às 15h

- Asdrubal Rocha Saraiva - 26/5, às 15h

Testemunhas de Anderson Gustavo Torres

- Ibaneis Rocha Barros Júnior - sem data definida (poderá escolher horário entre 15h e 19h)

- Braulio do Carmo Vieira - 27/5, às 8h

- Luiz Flávio Zampronha - 27/5, às 8h

- Alberto Machado - 27/5, às 8h

- George Estefani de Souza - 27/5, às 8h

- Djairlon Henrique Moura - 27/5, às 8h

- Caio Rodrigo Pelim - 27/5, às 8h

- Saulo Moura da Cunha - 27/5, às 8h

- Thiago Andrade - 27/5, às 14h

- Fabricio Rocha - 27/5, às 14h

- Marcio Nunes - 27/5, às 14h

- Leo Garrido de Salles - 27/5, às 14h

- Alessandro Moretti - 27/5, às 14h

- Marcos Paulo Cardoso - 27/5, às 14h

- Victor Veiga Godoy - 27/5, às 14h

- Cintia Queiroz de Castro - 27/5, às 14h

- Antonio Ramiro Lourenzo - 28/5, às 8h

- Gustavo Henrique Dutra - 28/5, às 8h

- Marcio Phurro - 28/5, às 8h

- Jorge Henrique da Silva - 28/5, às 8h

- Rosivan Correia de Souza - 28/5, às 8h

- Bruno Bianco - 29/5, às 8h

- Paulo Guedes - 29/5, às 8h

- Celio Faria - 29/5, às 8h

- Wagner Rosário - 29/5, às 8h

- Adler Anaximandro Cruz e Alves - 29/5, às 8h

- Adolfo Sachsida - 29/5, às 8h

- Ciro Nogueira - 30/5, às 8h

- João Hermeto - 30/5, às 8h

- Valdemar Costa Neto - 30/5, às 8h

- Espiridião Amin - 30/5, às 8h

- Eduardo Girão - 30/5, às 8h

- Ubiratan Sanderson - 30/5, às 8h

- Marcos Montes - 2/6, às 15h

- Sandro Nunes Vieira - 2/6, às 15h

- Ana Paula Marra - 2/6, às 15h

- Saulo Luis Bastos - 2/6, às 15h

Testemunhas de Jair Messias Bolsonaro

- Julio Cesar de Arruda - sem data definida

- Marco Antônio Freire Gomes - sem data definida

- Carlos de Almeida Baptista Júnior - sem data definida

- Hamilton Mourão - 23/5, às 14h

- Tarcisio Gomes de Freitas - 30/5, às 8h

- Amauri Feres Saad - 30/5, às 14h

- Wagner de Oliveira - 30/5, às 14h

- Renato de Lima França - 30/5, às 14h

- Gilson Machado - 30/5, às 14h

- Jonathas Assunção Salvador Nery - 30/5, às 14h

- Ricardo Peixoto Camarinha - 30/5, às 14h

- Giuseppe Dutra Janino - 30/5, às 14h

- Eduardo Pazuelo - 30/5, às 14h

- Ciro Nogueira - 30/5, às 8h

- Rogério Marinho - 2/6, às 15h

Testemunhas de Almir Garnier dos Santos

- Marco Antônio Freire Gomes - sem data definida

- Carlos de Almeida Baptista Júnior - sem data definida

- Marcos Sampaio Olsen - 23/5, às 14h

- Antonio Capistrano de Freitas Filho - 23/5, às 14h

- José Aldo Rebelo Figueiredo - 23/5, às 14h

- Marcelo Francisco Campos - 23/5, às 14h

Testemunhas de Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira

- Marco Antônio Freire Gomes - sem data definida

- Carlos de Almeida Baptista Júnior - sem data definida

- Hamilton Mourão - 23/5, às 14h

- Ciro Nogueira - 30/5, às 8h

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A matéria publicada anteriormente continha erros de grafia na identificação de um dos personagens nos parágrafos 9, 10, 11 e 13. O nome correto é Michael Wolff, não Michael Wokff como havia sido grafado. Segue a versão corrigida:

Os democratas do Comitê de Fiscalização da Câmara dos Estados Unidos divulgaram nesta quarta-feira, 12, uma série de e-mails do empresário Jeffrey Epstein em que ele afirma que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "sabia das meninas", muitas das quais eram menores de idade, e teria "passado horas" com uma das vítimas dos crimes cometidos por Epstein.

As mensagens foram trocadas após o acordo de confissão firmado por Epstein em 2008, na Flórida, quando o magnata admitiu comandar rede de tráfico sexual. Segundo o governo americano, o bilionário explorou sexualmente mais de 250 meninas.

Onze anos depois, o caso voltou à tona, o acordo foi considerado inválido e a prisão do bilionário por tráfico sexual foi determinada. Segundo as autoridades, ele se matou poucos dias depois de ser preso.

Os documentos, de acordo com os congressistas, foram selecionados de milhares de páginas e levantam novas dúvidas sobre o relacionamento entre Trump e Epstein, que mantiveram contato por anos antes do escândalo de exploração sexual vir à tona.

Após a divulgação, a Casa Branca acusou os democratas de conduzirem uma campanha de difamação. "O fato é que o presidente Trump expulsou Jeffrey Epstein de seu clube décadas atrás por assediar suas funcionárias, incluindo Giuffre", afirmou a secretária de imprensa Karoline Leavitt, em nota.

Veja os e-mails divulgados na íntegra:

Em um e-mail endereçado a Ghislaine Maxwell, sócia e namorada de Epstein, em abril de 2011, o empresário menciona o presidente americano.

"Quero que você perceba que aquele cachorro que não latiu é Trump." Ele acrescentou que uma vítima não identificada "passou horas na minha casa com ele, ele nunca foi mencionado uma única vez." "Tenho pensado nisso," escreveu Maxwell, em resposta.

Em outro e-mail que Epstein enviou a Michael Wolff, o empresário afirmou: "Trump disse que me pediu para renunciar, nunca fui membro, é claro que ele sabia sobre as meninas, pois pediu a Ghislaine para parar", escreveu.

Um terceiro e-mail divulgado mostra Epstein questionando Wolff sobre como abordar o relacionamento deles, já que o republicano estava se tornando uma figura de relevância nacional.

"Ouvi dizer que a CNN planeja perguntar ao Trump esta noite sobre sua relação com você, seja ao vivo ou em entrevista coletiva após o evento", escreveu Wolff.

"Se pudéssemos elaborar uma resposta para ele, qual você acha que deveria ser?", questionou Epstein.

"Acho que você deveria deixá-lo se enforcar. Se ele disser que não participou do plano nem foi à casa, isso lhe dará um valioso capital político e de relações públicas.", respondeu Wolff.

"Você pode enforcá-lo de uma forma que potencialmente gere um benefício positivo para você ou, se realmente parecer que ele pode ganhar, você pode salvá-lo, gerando uma dívida. É claro que é possível que, quando questionado, ele diga que Jeffrey é um ótimo sujeito, que foi injustiçado e é vítima do politicamente correto, que será proibido no regime de Trump", concluiu.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que o presidente americano, Donald Trump, só deve concordar com um novo encontro com o líder da Rússia, Vladimir Putin, se houver uma chance real de encerrar o conflito no Leste Europeu, em comentários para repórteres após a reunião dos ministros das Relações Exteriores do G7 no Canadá.

"Houve concordância de ambos os lados de que, na próxima vez em que os presidentes se encontrarem, precisa haver um resultado concreto - precisamos saber de antemão que temos uma chance real de obter algo positivo", mencionou.

Rubio também alegou que parte da estratégia de Moscou na guerra é "minar a moral e a vontade de lutar dentro" da Ucrânia e, por isso, os americanos têm discutido armas de defesa com Kiev.

À medida que os ataques renovados da Rússia à infraestrutura energética da Ucrânia causam apagões antes do inverno, um grande escândalo de desvio de verbas e subornos envolvendo a empresa estatal de energia nuclear colocou altos funcionários sob escrutínio. A situação está se tornando uma das crises governamentais mais significativas desde a invasão em grande escala de Moscou.

Em resposta à reação pública, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu a demissão dos ministros da Justiça, Herman Halushchenko, e da Energia, Svitlana Grynchuk, em meio à investigação, e a primeira-ministra do país, Yuliia Svyrydenkoles, afirmou que eles apresentaram suas renúncias.

"Entre outras coisas, trata-se de uma questão de confiança", disse Zelensky em um vídeo publicado em seu canal no Telegram.

*Fonte: Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícas em tempo real do Grupo Estado.