Ato de Bolsonaro por anistia reúne 4 mil pessoas em Brasília, diz Monitor da USP

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu cerca de 4 mil pessoas em Brasília nesta quarta-feira, 7, em um protesto pela defesa da anistia política aos envolvidos na trama golpista que culminou nos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de Janeiro.

A estimativa é do Monitor do Debate Público do Meio Digital, formado por pesquisadores do CEBRAP e da USP, com apoio da ONG More in Common. A contagem foi feita no momento de pico da concentração, próximo à Catedral Metropolitana, às 16h30, a partir de fotos aéreas analisadas com software de inteligência artificial.

A chamada "Caminhada pela Anistia Humanitária" foi o primeiro ato promovido pelo ex-presidente na capital federal desde os ataques de 8 de Janeiro. Essa caminhada soma-se a outras manifestações liderados por Bolsonaro este ano, como em Copacabana (Rio) e Avenida Paulista (São Paulo).

Porém, o protesto desta quarta foi o menor em público até o momento. Veja a evolução do público nos atos bolsonaristas, segundo estimativas do Monitor do Debate Público do Meio Digital:

Fevereiro de 2024, em São Paulo - 185 mil

Setembro de 2024, em São Paulo - 45 mil

Março de 2025 - no Rio de Janeiro - 18,3 mil

Abril de 2025, em São Paulo - 44,9 mil

Maio de 2025, em Brasília - 4 mil

Um dos organizadores da caminhada, o pastor Silas Malafaia disse antes da manifestação que a caminhada teria uma proposta distinta de protestos como o de Copacabana. "Uma manifestação é diferente: para reunir multidões de 50, 100, 200 mil pessoas, tem que ser sábado ou domingo", afirmou.

"Amanhã (hoje) é dia útil, dia normal de trabalho, então é outra coisa. Por isso estamos fazendo uma caminhada, com um trio elétrico à frente puxando, vários parlamentares, todos discursando. O objetivo é claro: pressionar deputados e senadores para aprovar uma anistia humanitária, cuja urgência já foi aprovada pela maioria na Câmara", disse.

Em reunião com o Governo do Distrito Federal, a organização do ato bolsonarista informou uma previsão de 2,5 mil a 5 mil participantes para o evento.

Durante o evento, Bolsonaro descumprindo recomendação médica, subiu no carro de som e voltou a defender a anistia dos acusados de envolvimento no 8 de Janeiro. Ele disse que se o projeto que livra da punição os condenados pelos atos extremistas for aprovado no Congresso não poderá haver qualquer contestação dos demais Poderes.

"Anistia é um ato político e privativo do Parlamento brasileiro. Se o Parlamento votou, ninguém tem que se meter em nada, tem que cumprir a vontade do parlamento, que representa a vontade da maioria do povo brasileiro", disse.

A declaração vem como recado ao Supremo Tribunal Federal, corte em que ministros têm se pronunciado contra a anistia dos condenados.

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O secretário de Saúde do Reino Unido, Wes Streeting, negou nesta quarta-feira, 12, estar conspirando para derrubar o primeiro-ministro Keir Starmer, em meio à crescente inquietação no Partido Trabalhista diante da queda nas pesquisas, menos de 18 meses após a vitória eleitoral do partido.

Streeting classificou como "autodestrutivos" e "contraproducentes" os rumores sobre um desafio à liderança, após assessores de Starmer afirmarem à imprensa que o premiê enfrentaria qualquer tentativa de afastamento. "É um boato totalmente contraproducente, até porque não é verdade", disse à Sky News.

Ele ironizou que "quem está espalhando isso tem assistido demais a 'Celebrity Traitors'", em referência ao reality show sobre traições.

Considerado um dos comunicadores mais eficazes do governo e cotado como possível sucessor, Streeting recebeu defesa pública de Starmer, que rebateu acusações da líder conservadora Kemi Badenoch sobre uma "guerra civil" no governo. "Somos uma equipe unida", afirmou, sob risos da oposição.

Rumores de rebelião surgem após pesquisas apontarem o Trabalhismo atrás do partido de direita Reform UK, de Nigel Farage, embora ainda à frente dos conservadores. A tensão deve crescer com o Orçamento de 26 de novembro, que pode incluir alta do imposto de renda.

Desde julho de 2024, o governo Starmer tem lutado para cumprir promessas de reativar a economia e reduzir o custo de vida, com inflação persistente e desemprego em 5%, o maior nível desde 2016. Fonte: Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

O rei da Espanha, Felipe VI, e o presidente da China, Xi Jinping, assinaram nesta quarta-feira, 12, acordos sobre intercâmbio linguístico, economia e exportação de produtos aquáticos, durante a primeira visita de Estado do monarca espanhol ao país. Ambos prometeram reforçar a cooperação bilateral.

A visita ocorre enquanto a Espanha, quarta maior economia da zona do euro, busca estreitar laços com Pequim e atrair investimentos chineses, em meio a tensões com os Estados Unidos sob o governo de Donald Trump. Em abril, o primeiro-ministro Pedro Sánchez já havia se reunido com Xi, defendendo "relações mais equilibradas entre a União Europeia e a China".

"Pequim está pronta para trabalhar lado a lado com Madri para construir uma parceria estratégica mais estável, dinâmica e influente", afirmou Xi, segundo a agência oficial Xinhua, acrescentando que a China importará mais produtos espanhóis.

Felipe VI também deve se reunir com o premiê Li Qiang e com Zhao Leji, presidente do principal órgão legislativo chinês. Antes de chegar a Pequim, o rei participou em Chengdu de um fórum empresarial Espanha-China com ministros e líderes empresariais.

A Espanha tem adotado uma postura menos confrontacional com a China e busca reduzir o desequilíbrio comercial. O país, que gera mais da metade de sua eletricidade com fontes renováveis, depende de matérias-primas críticas e tecnologias verdes chinesas, e Xi disse ver espaço para ampliar a cooperação em energia renovável e inteligência artificial (IA). Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

A polícia da Índia anunciou nesta quarta-feira, 12, que pelo menos cinco pessoas foram detidas e serão interrogadas após a explosão de um carro, que deixou 12 mortos e mais de 30 feridos em Nova Délhi. As prisões ocorreram durante uma série de batidas realizadas desde a noite de terça-feira, 11, no distrito de Pulwama, na região da Caxemira. O caso é investigado como um possível ataque terrorista - uma medida que amplia a liberdade dos investigadores para efetuar prisões.

Se o incidente for confirmado como um ataque terrorista, ele se tornará o mais mortal em Nova Délhi desde 2011. A explosão ocorreu na segunda-feira, 10, perto do Forte Vermelho, um ponto turístico popular da capital indiana. Inicialmente, a polícia havia confirmado oito mortos e 20 feridos, mas os números foram atualizados para 12 mortos e mais de 30 feridos nesta quarta-feira pelo diretor médico do hospital LNJP, Ritu Saxena.

O incidente ocorreu horas depois de a polícia de Caxemira - que é controlada pela Índia - ter anunciado o desmantelamento de um grupo militante que atuava na região e nos arredores de Nova Délhi. A imprensa indiana especula que os casos possam estar relacionados, mas a polícia afirma que a investigação ainda está em andamento.

As autoridades suspeitam que o veículo que explodiu era dirigido por um médico ligado ao grupo militante de Caxemira. Elas investigam se o motorista provocou a explosão deliberadamente para evitar a prisão ou se os explosivos detonaram acidentalmente.

A mãe e dois irmãos do médico foram interrogados na segunda-feira. A cunhada dele, Shagufta Jan, afirmou que não tem notícias do homem desde a última sexta-feira, 7, quando ele contou à família que estava sendo procurado pelo polícia. "Ele ligou para nós na sexta-feira, e eu disse para ele voltar para casa. Ele disse que viria depois de três dias", disse Shagufta. "Essa foi a última vez que falamos com ele."

Parte da região da Caxemira é controlada pela Índia, enquanto outra é administrada pelo Paquistão. O governo indiano acusa o país vizinho de apoiar ataques em seu território e alega que esses atentados são realizados por criminosos baseados no lado paquistanês da fronteira.

Grupos militantes na parte da Caxemira sob controle indiano lutam contra o domínio de Nova Délhi desde 1989. No entanto, as autoridades indianas insistem que essas organizações são grupos terroristas patrocinados pelo Paquistão, que negam as acusações. (Com informações de agências internacionais)