Ex-BBB Adélia Soares será alvo de condução coercitiva para CPI das Bets

Política
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A advogada e influenciadora Adélia Soares, que representa a também advogada e influenciadora Deolane Bezerra, será conduzida coercitivamente para depor como testemunha na CPI das Bets. Adélia havia sido convocada para depor no dia 29 de abril, mas não compareceu. A condução foi autorizada pela Justiça Federal de São Paulo, a pedido da comissão, que investiga crimes relacionados a casas de apostas on line ilegais. A defesa de Adélia foi procurada, mas não retornou aos contatos da reportagem.

Adélia é sócia da empresa Payflow Processadora de Pagamentos LTDA e, segundo requerimento da relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa. As investigações apontam que a advogada teria colaborado com uma organização estrangeira para estruturar e operar ilegalmente jogos de azar no Brasil, utilizando a Playflow como fachada.

A Playflow teria sido usada para realizar movimentações financeiras suspeitas, com fortes indícios de lavagem de dinheiro e transações irregulares em desacordo com as normas do Banco Central. As operações envolveriam documentos falsos e mecanismos fraudulentos. A empresa também estaria ligada a uma companhia registrada nas Ilhas Virgens Britânicas, o que sugere a internacionalização das atividades ilícitas.

CPI

A CPI das Bets foi estendida por mais 45 dias além do prazo inicial, até o dia 30 de abril. Apesar da sobrevida negociada com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), a investigação, após os primeiros 130 dias, se encaminha para uma "pizza", sem resultados expressivos.

Em 29 de abril, dia anterior à formalização da extensão de prazo, a comissão prendeu em flagrante um homem que havia sido convocado como testemunha. Apontado como "laranja" de uma intermediária de jogos ilegais, ele foi acusado de falso testemunho durante o depoimento.

Entre parlamentares contrários à CPI, a avaliação é a de que a comissão buscou criar um fato para justificar a falta de resultados. E para isso acabou mirando um "peixe pequeno" no universo das empresas de apostas. Por outro lado, auxiliares da relatora da comissão, Soraya Thronicke (Podemos-MS), afirmam que o esquema no qual Adélia é investigada pode ter movimentado R$ 2 bilhões em dois anos. Pouco antes da prisão, entretanto, assessores se queixavam de a medida ser aplicada contra o homem que é "só o laranja".

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, em publicação na Truth Social, que uma eventual decisão desfavorável da Suprema Corte sobre as tarifas de importação poderia gerar um impacto superior a US$ 3 trilhões.

Segundo Trump, o valor inclui investimentos já realizados, previstos e devoluções de recursos. "A Suprema Corte recebeu números errados. O 'desmonte', em caso de decisão negativa sobre as tarifas, seria superior a US$ 3 trilhões."

O presidente acrescentou que o país não teria como compensar uma perda dessa magnitude, classificando o cenário como um "evento de segurança nacional intransponível" e "devastador para o futuro" dos Estados Unidos.

Passageiros aéreos nos Estados Unidos devem enfrentar mais cancelamentos e atrasos nesta semana, mesmo que a paralisação do governo termine, segundo a Administração Federal de Aviação (FAA). A agência está ampliando os cortes de voos em 40 dos principais aeroportos do país, em meio à escassez de controladores de tráfego aéreo não remunerados há mais de um mês.

O planejamento do órgão regulador é de aumentar a redução para 6% nesta terça; 11,% na quinta, 13; e, atingir os 10% na próxima sexta, 14. Na segunda-feira, 10, as companhias aéreas cancelaram mais de 2,3 mil voos, e outros mil previstos para hoje já estavam suspensos.

O presidente norte-americano Donald Trump usou as redes sociais para pressionar os controladores a "voltarem ao trabalho agora", prometendo um bônus de US$ 10 mil aos que permaneceram em serviço e sugerindo cortar o pagamento dos que faltaram. As declarações foram criticadas por parlamentares democratas, que afirmaram que os profissionais merecem apoio, e não ameaças. O sindicato da categoria acusou o governo de usar os controladores como "peões políticos" na disputa orçamentária.

Embora o Senado tenha aprovado uma proposta para reabrir o governo, a medida ainda precisa ser votada pela Câmara. O secretário de Transportes, Sean Duffy, afirmou que os cortes de voos continuarão até que os níveis de pessoal se estabilizem. (Com informações da Associated Press)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu não saber de onde virão os recursos para bancar os bônus de US$ 10 mil prometidos a controladores de voo que permaneceram trabalhando durante a paralisação do governo federal. A declaração foi feita nesta segunda-feira, 10.

No mesmo dia, o Senado dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei para encerrar a paralisação governamental mais longa da história do país, que chegou a 41 dias. "Não sei. Vou conseguir de algum lugar. Sempre consigo dinheiro de algum lugar. Não importa", afirmou Trump em entrevista à apresentadora Laura Ingraham, da Fox News.

Mais cedo, o presidente havia proposto o pagamento dos bônus como forma de reconhecer os profissionais que não faltaram ao trabalho, mesmo sem receber salários há mais de um mês. A paralisação levou a Administração Federal de Aviação (FAA) a reduzir o tráfego aéreo em 40 dos principais mercados do país.

Trump já havia redirecionado recursos de pesquisa e desenvolvimento do Pentágono para garantir o pagamento de salários de militares durante a paralisação. (Com informações da Associated Press)